Accessibility Tools
Roberto Medronho e Cássia Turci comemoram o resultado - Foto: Fernando SouzaO professor Roberto de Andrade Medronho é o reitor eleito da UFRJ. Até o fechamento desta edição, com a totalidade das urnas eletrônicas apuradas, restando apenas computar os votos em separado, a chapa de Medronho e de sua vice Cássia Turci havia conquistado uma vitória irreversível contra a chapa 20, dos professores Vantuil Pereira e Katya Gualter. A resposta das urnas, após três dias de eleição, não deixa dúvidas sobre o caminho escolhido pela comunidade acadêmica para os próximos quatro anos. Medronho e Cássia venceram com larga margem entre os professores — até o fechamento desta edição eram 2.073 votos, contra 794 de seus oponentes. Entre os técnicos, a dupla de professores titulares foi também bem votada, perdendo apenas no segmento estudantil. “Foi uma vitória da democracia. As divergências foram discutidas num processo muito respeitoso. Quero agradecer não só aos nossos eleitores, mas também aos professores Vantuil e Katya, pelo debate franco. Agora é hora de estarmos unidos em torno do fortalecimento da UFRJ”, disse o professor Roberto Medronho após a última urna eletrônica, a de docentes do Museu Nacional, ser totalizada. O candidato derrotado, Vantuil Pereira, reconheceu a vitória de seu oponente: “Foi um processo dos mais democráticos e participativos da universidade. Temos compromisso, sim, de mostrar as diferenças, mas respeitaremos o resultado. Ainda que tenhamos diferenças, desejo sucesso ao professor Medronho, porque o sucesso dele é o sucesso da UFRJ”, disse o professor. A abstenção entre alunos foi alta: quase 80% não compareceram às urnas. O comparecimento dos técnicos ficou em torno de 50%. Já entre os professores, onde a consagração da chapa 10 foi cristalina, o comparecimento às urnas chegou a 70%.
Presidente da AdUFRJ, o professor João Torres comentou o resultado. “A comunidade universitária escolheu a chapa Medronho-Cássia de forma madura e responsável. Experiência, currículo e comprometimento com a coisa pública são fundamentais para conduzir a maior universidade federal do Brasil.
Na próxima edição do Jornal da AdUFRJ, você confere mais detalhes sobre o pleito, o mapa completo dos resultados da eleição e um balanço da comissão eleitoral.
CENAS DA ELEIÇÃO
Foto: Fernando Souza
Foto: João Laet
Foto: Bruno de Lima
Foto: Alessandro Costa
Foto: João Laet
Foto: Fernando Souza
Foto: Fernando Souza
Vice-presidente da AdUFRJ, a professora Mayra Goulart fala sobre os 44 anos da entidade, fundada em 26 de abril de 1979.
A comunidade acadêmica tem até amanhã (27) para escolher a próxima reitoria da UFRJ. Duas chapas estão na disputa: a 10, dos candidatos Roberto Medronho e Cássia Turci; e a 20, dos candidatos Vantuil Pereira e Katya Gualter.
O Colégio Eleitoral da UFRJ é constituído de aproximadamente 80.000 (oitenta e mil) eleitores.
Serão 39 Seções de Pesquisa presenciais e 5 Seções de Pesquisa virtuais. Além disso, serão utilizadas urnas de lona em todas as Seções de Pesquisa para acolher votos em separado, no caso da não inclusão de possíveis eleitores nas listagens oficiais emitidas pela Administração Central.
A forma de votação utilizada nas trinta e nove seções presenciais será por meio de urnas eletrônicas, enquanto nas cinco seções virtuais será utilizado o E-Voting System (Sistema Hélios). Os colégios eleitorais vinculados à votação eletrônica, são constituídos de estudantes dos cursos de graduação dos Polos EAD, pós-graduação lato sensu residência (médica e multiprofissional), pós-graduação lato sensu (especialização e aperfeiçoamento), pós-graduação stricto sensu e dos professores(as) eméritos(as).
O resultado do processo de votação será constituído dos votos de cada categoria (docentes, técnico-administrativos em educação e discentes), com base na paridade.
Ao final do processo, a Comissão Coordenadora da Pesquisa (CCP) enviará ao Conselho Universitário o resultado final da Pesquisa. A partir desta etapa, se realizará uma votação nominal dos integrantes dos Colegiados Superiores (Conselho Universitário, Conselho de Ensino de Graduação, Conselho de Ensino para Graduados, Conselho de Extensão Universitária e Conselho de Curadores) que elaborarão duas listas tríplices – uma para Reitor(a) e outra para Vice-Reitor(a) – a serem encaminhadas ao Ministério da Educação, para posterior nomeação pela Presidência da República. (fonte: site da UFRJ)
Confira alguns registros do primeiro dia de votação no Fundão, Praia Vermelha, IFCS e Macaé.
Presidente Lula na cerimônia de anúncio da recomposição orçamentária das IFES - Foto: Ricardo Stuckert/PRMaltratada até o último minuto do governo Bolsonaro, a educação superior federal recebeu um afago na quarta-feira (19). Em pouco mais de cem dias de mandato, o presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram um aporte de R$ 2,44 bilhões para universidades e institutos. O valor permitirá uma retomada do orçamento global das instituições em 2019, último ano antes da pandemia. Só a UFRJ terá um aumento de R$ 64 milhões. Ainda que insuficientes para fechar as contas do ano.
“A nossa expectativa, em janeiro, era receber o orçamento de 2019, corrigido pela inflação. Recebemos o orçamento de 2019 a preços correntes”, resume o reitor da UFRJ, Carlos Frederico Leão Rocha. “No entanto, é um avanço em relação ao orçamento inicial enviado ao Congresso”.
Na prática, o que o reitor chama de orçamento de 2019 corrigido pela inflação seria um suplemento de R$ 1,7 bi. Sem a correção, o que as universidades vão receber é R$ 1,3 bi.
“Todo mundo sabe que nenhum país do mundo se desenvolveu sem antes investir em educação, ciência e tecnologia”, disse Lula. “O que estamos anunciando aqui hoje é uma semente que estamos colocando na educação. Esperem que ela vai crescer, florescer e dar os frutos de que o nosso país tanto precisa”, completou.
A semente plantada já foi motivo de comemoração. Vice-presidente da AdUFRJ e coordenadora do Observatório do Conhecimento, a professora Mayra Goulart acompanhou a cerimônia de anúncio da recomposição orçamentária, no Palácio do Planalto, em Brasília.“Este é o melhor presente que o Observatório poderia ter ganho no seu aniversário de quatro anos, que é hoje”, afirmou. A retomada do orçamento nos índices de 2019 era um dos pleitos do Observatório. “É uma conquista nossa, no tocante ao orçamento geral para pesquisa, ciência, tecnologia e ensino superior”.
Por enquanto, uma conquista com ressalvas. “Na verba referente às universidades, a recomposição ficou aquém do desejado”, acrescentou.
O pró-reitor de Finanças da UFRJ, professor Eduardo Raupp, também comemorou a inversão de tendência, após quatro anos de reduções do orçamento. A universidade terá um aumento das receitas de R$ 313,6 para R$ 377 milhões. “A gente sabia que não daria para recompor tudo logo no início do governo, mas há o esforço de recomposição e a perspectiva de continuar recompondo nos próximos anos”, disse.
A UFRJ tinha uma previsão de ficar com quatro meses em aberto ao final do ano, antes do anúncio. “Devemos ficar com dois. Já é uma situação bem mais administrável do que a que o orçamento deste ano nos colocava”, completou o dirigente.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ainda não tinha uma análise completa dos valores destinados às universidades até o fechamento desta edição, mas valorizou o anúncio das novas receitas. “No segundo semestre do ano passado, quando foi enviada a proposta orçamentária de 2023, reitores e reitoras entraram num estado de total apreensão. Vimos que 2023 seria impossível”, afirmou o presidente da entidade, professor Ricardo Marcelo Fonseca. “Essa recomposição vai viabilizar o funcionamento das nossas universidades”.
Havia uma expectativa para o recebimento de R$ 1,725 bilhão, conversada durante a formulação da PEC de Transição — que viabilizou o atual aporte. Seriam R$ 1,5 bilhão de custeio e R$ 250 milhões para investimentos. “Esses R$ 250 milhões vieram. Mas desse R$ 1,5 bilhão, houve descontos para cobrir outras despesas do MEC na educação superior, como bolsas de residência ou reajuste de bolsas da Capes”, afirmou o presidente da Andifes. As rubricas não contavam com os respectivos recursos, por defeito da proposta orçamentária enviada pelo governo anterior. “As universidades ficarão sem esses valores como orçamento direto, mas como benefício indireto”, concluiu.