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CINEAJosué de Medeiros, docente do IFCS e diretor da AdUFRJ, foi o convidado da segunda sessão temática do CineAdUFRJ sobre o universo do trabalho. A primeira, em 27 de maio, tratou da sociedade industrial. “Na sessão passada, vimos uma história que já acabou. Mas o trabalho não acabou. Estamos no meio do furacão dessas novas relações que os filmes tentam apresentar”, afirmou.

pompeiaCom pesar, o Hospital Clementino Fraga Filho se despediu do servidor Carlos Roberto de Moraes, o Seu Pompeia. Aos 75 anos, dos quais 53 dedicados à UFRJ, ele era considerado o “anjo do HU”. “Se você fosse ao hospital e encontrasse com ele no corredor, sempre perguntava se precisava de uma ajuda. Era o anjo do HUCFF. E os anjos também morrem”, publicou o professor Hélio de Mattos em uma rede social.

pg5AULAS SERÃO A DISTÂNCIA até que a UFRJ entenda ser possível a retomada das atividades presenciaisPor apenas um voto de diferença – 11 x 10 – o Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) adiou para o dia 19 de junho a votação do calendário acadêmico para a pós-graduação. A ideia é que ao longo da semana os conselheiros discutam junto aos seus programas e Centros a proposta apresentada pelo GT Calendário, no dia 5. E que apresentem alternativas, caso as datas não atendam às necessidades dos programas. A maior parte dos conselheiros entendeu que o CEPG ainda não estava suficientemente esclarecido para decidir o calendário. A preocupação é que a proposta seja o mais inclusiva possível.
Esta é a segunda vez que o CEPG adia a decisão. Na semana passada havia uma expectativa de que o colegiado aprovasse as datas propostas pelo grupo de trabalho que debateu o tema. Mas ainda havia muitas dúvidas sobre a adequação dos programas de pós às datas previstas de reinício letivo. E, principalmente, de condições de acesso remoto aos estudantes. A discussão foi retomada neste dia 12, porém não se chegou a um consenso sobre excepcionalidades.
“O tempo que estamos destinando a esta reflexão ainda é insuficiente. Uma semana não me parece criar prejuízo”, defendeu a professora Hebe Signorini Gonçalves, representante do CFCH. “Acredito que aprovarmos agora, sem antecipar os eventuais problemas que poderão surgir, pode nos trazer maiores prejuízos”, afirmou.
As aulas precisarão ser a distância, até que a universidade entenda que é o momento de retomar as atividades presenciais. Por enquanto, o plano é contar com o auxílio da administração central para dar acesso à internet para alunos que não tenham condições de acompanhar aulas online. A reitoria deve lançar na próxima semana um edital para aquisição de até dez mil chips para serem distribuídos entre alunos de graduação e pós. A expectativa, segundo o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha, é de que até o início de agosto esta distribuição seja realizada para permitir o reinício acadêmico do semestre.
Denise Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, pediu o apoio da Associação de Pós-Graduandos para ajudar a mapear os estudantes de mestrado e doutorado que necessitem da ferramenta para acesso às aulas remotas. “Esta parceria é fundamental para que a gente atenda quem realmente necessita e que a gente chegue a todos”, afirmou, durante a reunião do colegiado.
Por enquanto, as datas seguem o cronograma proposto pelo GT, adiantado na edição passada do Jornal da AdUFRJ.
Para programas semestrais, o primeiro período de 2020 se estenderá de 3 de agosto a 14 de novembro; o segundo período, de 30 de novembro a 27 de março de 2021. Programas trimestrais, que têm, em geral, cargas horárias maiores, precisarão iniciar mais cedo o primeiro período de 2020: em 6 de julho, com término previsto para 3 de outubro. O segundo período aconteceria de 13 de outubro a 16 de janeiro de 2021.
A proposta sugere que o terceiro período aconteça em concomitância com os cursos de verão promovidos por esses programas: de 1º de fevereiro a 24 de abril de 2021.
Já os bimestrais, que possuem, portanto, quatro períodos dentro do ano letivo, teriam a seguinte divisão: 2020.1 inciaria em 3 de agosto, com término em 19 de setembro; 2020.2 seria realizado entre 28 de setembro e 19 de novembro; 2020.3, entre 30 de novembro e 30 janeiro; o último bimestre ficou previsto para 08 de fevereiro a 1º de abril de 2021. Pelo planejamento apresentado, o calendário da pós-graduação deve ser normalizado a partir de março 2022.
Apesar da decisão, muitos conselheiros consideraram que o adiamento em mais uma semana causa mais prejuízos à pós-graduação. O professor Bruno Diaz, representante do CCS, defendeu que as datas já haviam atingido um nível de consenso importante no colegiado e que ficasse para depois somente a discussão – e eventual aprovação – de resoluções auxiliares que tratassem de casos excepcionais. “Este conselho sempre esteve aberto a discussões. Não vejo que aprovar o calendário hoje inviabilizará a continuidade dos debates”.

CEGA UFRJ tem hoje pelo menos 1.476 alunos em condições de se formar, considerando o primeiro período de 2020. Para que os estudantes concluam os cursos, a instituição precisa ofertar 536 disciplinas teóricas. Os dados foram apresentados pela reitoria ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG), no dia 10. Foram excluídos do levantamento os cursos que dependem de aulas práticas e estágio. A apresentação fez parte do debate sobre a volta às aulas em meio virtual, durante a pandemia.
A pesquisa foi conduzida pelo professor Bruno de Paula, do Núcleo de Ensino à Distância (NEaD), da Pró-reitoria de Graduação. Após uma reunião virtual com representantes de 126 dos 172 cursos de graduação, os coordenadores e diretores de ensino de graduação dos cursos receberam um e-mail pedindo as seguintes informações: quantos alunos se formariam com a oferta de disciplinas remotas no período 2020.1; quantas e quais disciplinas precisariam ser oferecidas e a partir de quando seria possível oferecer essas disciplinas remotamente.
O resultado do relatório não está completo. Dos 172 cursos, 130 responderam. As faculdades de Educação, Letras, Farmácia e a Escola de Química, por exemplo, não apresentaram os dados. A Escola de Comunicação informou o número de possíveis formandos, mas se posicionou afirmando que prefere oferecer disciplinas remotas para todos os alunos, não apenas para os concluintes. A justificativa também foi usada pela Escola Politécnica para não informar nenhum dado, de acordo com Bruno de Paula.
Depois da apresentação da PR-1, o CEG debateu a liberação ou não das aulas remotas para os formandos. Alguns representantes discentes defenderam a oferta de aulas remotas, mas com algumas condições, como garantir aos estudantes equipamentos eletrônicos e acesso à internet, posição defendida pelo DCE em nota publicada na semana passada.
Como a pauta da reunião não previa uma deliberação sobre o tema, a discussão deve voltar na próxima sessão do colegiado.

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Os protestos contra o racismo nos Estados Unidos potencializaram ações antifascistas e antigoverno nas redes sociais no Brasil nos últimos dez dias. Manifestos de intelectuais, artistas, empresários e políticos de múltiplas cores mobilizaram milhares de brasileiros em defesa da democracia e contra a barbárie de Jair Bolsonaro e seus apoiadores.


“Esses manifestos não podem ser chamados exatamente de antifascistas. São manifestos pela democracia”, analisa o professor Josué Medeiros, do Departamento de Ciência Política da UFRJ. “Não há dúvida, no entanto, de que a resistência de esquerda ganhou corpo recentemente com pautas antirracistas e antifascistas, mas não foi essa agenda que juntou os signatários dos manifestos. Eles são muito mais contra Bolsonaro do que a favor de uma determinada agenda concreta. Se apresentarmos uma pauta econômica ou de direitos civis, esse grupo se esfacela”, completa o docente, especializado em estudos sobre a política brasileira contemporânea.


   Na avaliação do professor Ivo Coser, também da Ciência Política, o respeito ao Estado de Direito é o ponto de intersecção entre os signatários dos manifestos. “Não sabemos ainda o significado desses movimentos. Há dúvidas sobre o que pode ser acordado. Mas a plataforma principal são as garantias da Constituição de 1988”, avalia. “De alguma forma, são todos setores que foram beneficiados pelo estado democrático de direito. E que agora receiam ver sucumbir a um processo autoritário”.


Lançado no sábado, 30, o manifesto #EstamosJuntos” cobrou de líderes “afinco e dignidade” diante da “devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país”. As assinaturas digitais alcançaram 280 mil adesões em poucos dias. Entre os apoiadores, um amplo espectro, desde o ex-presidenciável petista Fernando Haddad até a atriz Fernanda Montenegro, o youtuber Felipe Neto, a ex-deputada Manuela D’ávila, a acionista do Itaú Maria Alice Setúbal, o ex-presidente Fernando Henrique e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).


“A questão democrática é vital, uma premissa para a manutenção das lutas e novas conquistas. É fundamental que, com todas as divergências políticas, esse seja um ponto de interseção e convergência nesse momento. E que fique claro que somos a maioria”, justificou Flávio Dino, em entrevista exclusiva ao Jornal da AdUFRJ.  “Com todas as imperfeições, a democracia é a forma superior que permite seu próprio aprimoramento e a liberdade”.


Governador, ex-juiz e docente da Universidade Federal do Maranhão, Dino defendeu a aliança entre “o máximo possível de forças políticas, econômicas e sociais frente ao risco agudo à democracia”. O governador ressaltou que “o estado de direito, previsto pela Constituição de 1988, é a melhor forma institucional de vivência para uma sociedade plural como a brasileira”.


Além do #EstamosJuntos, outro manifesto mobilizou uma multidão. O #Somos70porcento foi lançado pelo economista Eduardo Moreira. O movimento se amparou em pesquisa do Datafolha, publicada dia 28, que indicou que praticamente 70% da população consideram o governo Bolsonaro ruim, péssimo ou regular. Nomes como o do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), da deputada Jadira Feghali (PCdoB-RJ) e da apresentadora Xuxa assinam o documento.


Para o historiador Michel Gherman, são positivas as manifestações da sociedade civil contra o autoritarismo. Ele critica a posição do ex-presidente Lula que, em reunião do Diretório Nacional do PT, ponderou e pediu que os petistas refletissem antes de assinar manifestos que não explicitam o resgate dos direitos perdidos dos trabalhadores. Lula também criticou a aliança com lideranças que, direta ou indiretamente, colaboraram para a eleição de Bolsonaro, reforçando o antipetismo e ou mesmo apoiando o golpe contra a ex-presidente Dilma.


“A esquerda brasileira tem uma dificuldade histórica com a frente ampla desde o apoio de Prestes a Vargas, apesar do envio de Olga (Benário) aos nazistas. O próprio PT demorou o processo da Constituição de 1988. Falta a Lula um pouco mais de Prestes”, analisou Gherman.


Já a professora de Ciência Política, Mayra Goulart, é mais cética em relação às movimentações. “Bolsonaro adota uma linguagem intransigente do livre mercado, assim ele encontra uma blindagem contra instabilidades políticas. Principalmente, do mercado financeiro”, argumenta a pesquisadora do IFCS.

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