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WEBpoetaFoto: Fernando Souza POETA NEGRO Carlos de Assumpção, um dos maiores poetas brasileiros em atividade, esteve na UFRJ no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, para um encontro organizado pelo grupo Transcultura. Uma roda de conversa debateu racismo, negritude, poesia como resistência e visibilidade negra na academia. “Acho que a universidade precisa nos defender enquanto negros e brasileiros. Somos 54% da população e não somos reconhecidos. O problema do racismo afeta a todos”, declarou Assumpção. O evento teve apoio da AdUFRJ. O Transcultura é um grupo de estudos de estudantes negros da Faculdade de Letras e da Escola de Belas Artes. Na próxima edição do Jornal da AdUFRJ, haverá uma entrevista com Carlos de Assumpção.

WEBobs 1O Observatório do Conhecimento lançou uma cartilha com dados que demonstram a importância dos investimentos em educação, ciência e tecnologia. O documento, de seis páginas, apresenta números e gráficos que indicam o crescimento da pós-graduação no Brasil, entre 2010 e 2018, o orçamento dos principais fundos de apoio à pesquisa científica e tecnológica nos últimos 20 anos, além de análises sobre o investimento brasileiro na área. Para se ter uma ideia, o baixo aporte na educação levou o Brasil a ser o terceiro país com menor percentual de sua população com ensino superior entre os anos de 2013 e 2014. O país fica atrás, apenas, da África do Sul e da Indonésia, que têm números abaixo dos 10%.
Apesar do pouco incentivo, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste lideram o crescimento no número de programas de pós-graduação. Nessas regiões, o percentual de crescimento foi de 78%, 70% e 64%, respectivamente.
O material está disponível nas redes sociais do Observatório e pode ser acessado pelo endereço eletrônico: www.observatoriodoconhecimento.org.br.

WEBlixoFoto: João LaetNa última terça-feira, dia 10, aconteceu um mutirão de limpeza na Ilha do Fundão. O evento foi organizado pela Polen, empresa que funciona na incubadora de empresas da Coppe, em parceria com a UFRJ, Ambev e L’Óreal. Cerca de 60 voluntários, entre técnicos e alunos da universidade e funcionários das empresas, dividiram-se em duas frentes de trabalho: uma na Escola de Educação Física e outra na orla do Parque Tecnológico.
O mutirão tinha dois objetivos. O primeiro era limpar – no que fosse possível – parte das áreas onde aconteceu o trabalho. O segundo era propor aos participantes uma reflexão sobre a produção de lixo e seu principal efeito direto, a poluição. Ao mesmo tempo, explicar as vantagens da reciclagem.
A ação no Fundão é parte do projeto ReciclaOrla, organizado pela empresa em parceria com a concessionária Orla Rio, que administra quiosques nas praias cariocas. O projeto já realizou mutirões de limpeza na orla da Zona Sul, e tem postos de coleta fixos nas praias de Ipanema e do Leblon.
A estudante de mestrado da UFRJ, Mariana Menezes, formada em biologia marinha, participou do mutirão como voluntária. Para ela, a poluição, especialmente dos mares, é um problema real e deve ser enfrentado pela sociedade. “A ação da maré traz todo tipo de lixo para cá, especialmente os de grande volume”, explicou. “A população mundial cresce, e a poluição cresce junto. Essa iniciativa é importante para mostrar, pelo menos para quem está aqui, que é importante reciclar”.
Garrafas, copos e sacos plásticos, pneus, tapetes e até uma televisão foram coletados. Depois foi feita uma pré-triagem, com a separação por tipo de matéria-prima. A Prefeitura Universitária cedeu um caminhão para transportar todo o resíduo até uma central de triagem. Lá será dada a destinação para cada material, que pode ser o descarte ou a reciclagem. Para Fernanda Barreiros, aluna de Arquitetura, participar do mutirão foi uma oportunidade de ver de perto o impacto do lixo no meio ambiente. “São praias muito bonitas, mas nós nem conseguimos ver isso por baixo de todo o lixo”, falou a jovem. Ela revelou que já tinha preocupação com os resíduos que produz em casa. “Acho que todo mundo devia participar de uma limpeza como essa, para – quem sabe – repensar em quanto lixo a gente produz”, concluiu.
A Polen é uma startup que atua na área de manejo e comercialização de resíduos. “A gente agora vem trabalhando para impactar áreas degradadas, e o Fundão é uma dessas áreas, que sofre muito com o descarte irregular de resíduos, tanto o que chega com a maré, quanto de frequentadores da região”, explicou Lucas Sarmento, diretor de operações da empresa. “Esses mutirões são importantes, porque quando as pessoas colocam a mão na massa, elas acabam repensando a sua relação com esse material”, contou.
O lixo ao redor da Ilha do Fundão é um problema grave, e uma das consequências da poluição da Baía de Guanabara. Entre as regiões mais afetadas do campus, estão a Escola de Educação Física e o Parque Tecnológico, não por acaso os locais escolhidos para a realização da ação.

CONFIRA A TV ADUFRJ SOBRE O MUTIRÃO DE LIMPEZA EM: https://www.youtube.com/watch?v=Az9ttdkhh28

WEBapgCOMEMORAÇÃO Alguns integrantes da Chapa 2, com apoiadores - Foto: DivulgaçãoA Associação de Pós-Graduandos será comandada pela oposição no próximo ano. A vitória da Chapa 2, “Mãos à obra”, ocorreu no último dia 5. Foram 217 votos contra 182 da Chapa 1. Houve ainda três votos em branco e um nulo.
“O resultado mostra o quanto os pós-graduandos querem se organizar. Infelizmente, as pessoas da gestão anterior não abriam espaço para pessoas novas e com ideias diferentes. Blindavam a APG”, avalia a nova secretária-geral da associação, Kemily Toledo, da Faculdade de Educação.
Kemily divide a secretaria-geral com outros quatro colegas: Igor Alves, Gustavo Diniz, Andret Chagas e Jorge Marçal. O número é maior do que o da gestão anterior, composta por apenas dois nomes.
A ideia de formar uma chapa de oposição surgiu a partir da assembleia realizada em 4 de novembro, que definiu o calendário eleitoral da associação.
“Não concordamos com a eleição no final do semestre, quando a universidade já está esvaziada, aulas da pós encerradas e com defesas de teses e dissertações acontecendo”, argumenta Kemily. “Tivemos apenas uma semana para fazer campanha, já que as chapas puderam se inscrever até 26 de novembro e a eleição aconteceu nos dias 4 e 5 de dezembro”, critica.
As principais bandeiras da nova gestão são: ampliar a democracia nos espaços de decisão da associação e atuar pela promoção da saúde – sobretudo mental – dos estudantes de pós-graduação.
A primeira ação do grupo será formar um seminário de gestão aberto a todos os pós-graduandos. “Nossa ideia é montar um calendário de ações com a participação de todos os nossos representados, estreitar a comunicação e ampliar a presença dos estudantes de pós-graduação na APG”, conta Kemily.
O seminário está previsto para acontecer no início do próximo semestre letivo.

WEBPALACIOFoto: ETU-UFRJFalta de sinalização sonora para pessoas cegas, poucas rampas para cadeirantes e reduzido número de intérpretes da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3), a UFRJ mostra estar distante da plena inclusão de todos os seus estudantes e servidores na vida acadêmica. A situação também expõe uma das consequências mais graves da asfixia orçamentária a que estão submetidas as universidades federais.
A UFRJ conta com uma Diretoria de Acessibilidade (Dirac), ligada ao gabinete da reitora. Criada no final de 2017, atua como instância de acolhimento e integração de alunos, técnicos e professores que tenham necessidades específicas, e executa ações que promovam a acessibilidade, como o replanejamento de espaços ou campanhas de conscientização a respeito do tema. A diretoria não tem os dados completos das pessoas com deficiência ligadas à UFRJ. Um censo começou a ser feito no começo deste mês.
Mas, de acordo com a diretora Amélia Rosauro, a atuação do Dirac acaba limitada por restrições orçamentárias, especialmente para obras de adaptação dos espaços dos campi. Outro problema é a falta de mão de obra, principalmente dos intérpretes de libras. “São apenas quatro intérpretes para atender a toda a universidade, e por questões legais, eles só podem trabalhar quatro horas por dia, em revezamento com outro colega”, explica. Enquanto não supera a barreira do dinheiro, a universidade faz o que pode: um dos programas da Dirac é o de facilitadores de aprendizagem, alunos que recebem um auxílio para se dedicar 20 horas por semana na atenção de um colega com deficiência que precise de suporte para exercer algumas atividades. Hoje são 32 facilitadores atuando para um público estimado de 500 estudantes.
Outras iniciativas são mais antigas. Em 1993, a presença de um aluno cego no curso de computação gráfica provocou o professor José Antonio Borges. Ali começou a pesquisa que criou o Dosvox, sistema que permite aos cegos utilizarem um computador. “O Dosvox é um conjunto de soluções. Na época, os computadores não tinham placas de som. Então criamos um conjunto que transformasse bits em sons”, contou o professor. “Depois começamos a criar novas soluções, para navegação em internet, para jogos, e hoje ele é um sistema muito mais rico e complexo do que o que criamos em 1993”. A experiência foi transformadora para Borges. que hoje é chefe do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, o Tecnoassist. “Minha sensibilidade para pessoas com deficiência aumentou”, revelou.
Mais de 20 anos depois da criação do Dosvox, os benefícios proporcionados pelo sistema fazem diferença na vida de alunos da universidade. Um deles é Patrick Silva Barboza, de 21 anos, aluno do curso de engenharia de computação e informação e integrante do grupo de pesquisa do professor Borges. Patrick perdeu a visão ainda nos primeiros meses de vida. Em 2009, ainda na escola, começou a usar um computador graças ao sistema criado na UFRJ.
Mas, mesmo contando com tecnologias que o ajudam na vida acadêmica, Patrick afirma que há muito espaço para melhorias. Algumas delas dependem dos professores, que precisam repensar os cursos ao lidar com alunos cegos. “A matemática como estudamos ainda é muito visual, então é importante ter adaptações”, explicou.
Patrick mora em Quintino e vem para o campus sozinho. Mesmo assim, ainda passa por dificuldades ao se deslocar nas dependências da universidade. “Não falo só de buracos nas calçadas, porque esse problema afeta a todos, deficientes ou não, mas faz falta uma sinalização melhor para pessoas cegas, como semáforos sonoros e piso tátil”, contou. “Eu sempre preciso de ajuda, por exemplo, para saber onde fica a minha sala de aula ou o banheiro” conta.
Além da falta de sinalização para pessoas cegas, a falta de acessos para cadeirantes é outro grave problema nas instalações dos campi. Nem todos os acessos aos prédios contam com rampas, e em alguns casos, como no CCMN, a rampa só é acessada pelo estacionamento, obrigando quem chega de transporte público a enfrentar dois lances de escada. Há casos como o do Palácio Universitário, na Praia Vermelha, onde todas as entradas são por escada, sem uma opção acessível.

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