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Governo propõe reajuste abaixo da inflação para SPF

No dia 25, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) apresentou proposta (rebaixada) apenas para a pauta salarial dos servidores. Percentual de reajuste acumulado seria de 21,3% para os próximos quatro anos (2016 a 1019). Mas a projeção de inflação do Banco Central somente para 2015 é de 9%

Próxima reunião está marcada para 7 de junho

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) e outras entidades sindicais se reuniram dia 25 com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em Brasília (DF), para negociar sua pauta de reivindicações. O MPOG, entretanto, apresentou proposta apenas para reajuste salarial – 21,3% parcelado anualmente de 2016 a 2019 – e não quis tratar das demais reivindicações.

Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho no serviço público do MPOG, falou que o reajuste seria pago anualmente nos meses de janeiro de 2016 a 2019. No primeiro ano, de acordo com a proposta do governo, o aumento seria de 5,5% – nos restantes, seria, em ordem, de 5%, 4,8% e 4,5%. Ressaltou que trataria apenas desse item da pauta de reivindicações, estando, do ponto de vista do governo, a negociação dos demais pontos e as reuniões setoriais dependentes do acordo em relação ao reajuste proposto.

O representante do MPOG afirmou que a proposta se baseia em um estudo realizado pelo governo, que levou em consideração aspectos como o crescimento vegetativo da folha salarial dos servidores e a perspectiva de inflação e de retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Justificou-se também, lembrando que o Brasil passa por uma crise econômica e um processo de ajuste fiscal.

2015062941Na mesa do dia 23, servidores receberam uma proposta de reajuste escalonado até 2019. Foto: Andes-SN - 23/06/2015

Paulo Rizzo, presidente do Andes-SN, esteve presente à reunião e lembrou que os SPF reivindicam reajuste de 27% em parcela única no mês de janeiro de 2016, e também que os trabalhadores querem discutir todos os pontos da pauta de reivindicações, não apenas o reajuste salarial. De acordo com o docente, todas as entidades rechaçaram a proposta apresentada pelo MPOG. “Como vamos nos comprometer com um acordo que estabelece quatro anos de reajuste sem saber qual será a inflação dos próximos anos? Nossa posição é que os acordos salariais devem ter apenas um ano de duração. Queremos que o governo reavalie a proposta, e também que debata os demais pontos da pauta de reivindicações dos SPF”, disse o presidente do Andes-SN. Somente para 2015, o Banco Central projeta uma inflação de 9%.

Os servidores propuseram que uma próxima reunião fosse marcada para 7 de julho, o que foi acordado. Nesse meio tempo, as entidades avaliarão em suas bases a proposição do governo. “Agora é aumentar nossa pressão, como mobilização e crescimento da greve. E trabalhar para que enchamos de gente a Esplanada dos Ministérios no dia 7 de julho, que também é dia da Caravana Nacional da Educação Federal”, concluiu Paulo Rizzo. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

Atividade da greve estudantil cobra finalização das obras de infraestrutura

Samantha Su. Estagiária e Redação

Na atividade chamada “Quem entrou quer ter lugar” da greve estudantil da UFRJ realizada dia 17 no Fundão, o segmento criticou a expansão desordenada dentro do programa governamental Reuni, quando muitos dos cursos novos foram criados.

“Os alunos precisam de estabilidade no ensino. A gente não quer essa modernidade abstrata do curso multiunidades, a gente quer sala de aula, professores próprios por concurso público e assistência estudantil de qualidade”, desabafou Jéssica Cerqueira, do curso de Relações Internacionais.

Dentre as obras reclamadas pelos alunos, está um novo prédio para o Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, prometido para ser entregue em 2013, e ainda no esqueleto. Segundo os estudantes do curso de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico Social (GPDES), a reitoria informou que as obras do CCJE já foram retomadas, mas, enquanto isso, o curso funciona em contêineres sem infraestrutura adequada. A conclusão, várias vezes adiada, das novas residências estudantis, além da reforma do alojamento atual, também foi lembrada.

Marcaram presença, ainda, representantes dos cursos de Biblioteconomia, Ciências Contábeis, Defesa e Gestão Estratégica Internacional: todos funcionam hoje no prédio da Letras.

IMG 9176Alunos perderam a paciência com o atraso nas obras dos novos prédios. Foto: Samantha Su - 17/06/2015


Técnicos vão manter pagamento das bolsas estudantis

Durante a atividade, os técnicos-administrativos declararam apoio à mobilização estudantil. A representação do comando dos técnicos também informou ter sido criada uma comissão especial para atuar na Pró-reitoria de Pessoal e na Pró-reitoria de Governança com a finalidade de garantir o pagamento das bolsas estudantis e os repasses às empresas terceirizadas. O ato, iniciado na reitoria, terminou com um sarau nos jardins da Faculdade de Letras.

Casa cheia: Comando de greve provisório reúne mais 50 docentes em primeiro encontro  


Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


Com participações de diversas unidades, o Conselho de Representantes da Adufrj-SSind estreou os trabalhos como Comissão Provisória de Greve. A paralisação foi deflagrada oficialmente hoje, terça-feira, 23.

Do encontro, saíram as quatro primeiras comissões para subsidiar o movimento grevista: mobilização, estrutura, comissão e ética. Sendo a última equipe responsável por, entre outras tarefas, indicar as atividades excepcionais, que não devem ser interrompidas. 

Ficou acertada também a realização de reuniões locais para ampliar a mobilização e apontar os nomes que comporão o Comando Local de Greve da UFRJ. Até sexta-feira, 26, quando haverá um novo encontro, o Conselho de Representante atua como Comando Provisório da greve.

Cursos novos pedem atenção

Os cursos criados a partir do Reuni tiveram destaque. Docente do curso de Dança, Sérgio Andrade relatou que, por problemas de estrutura, o curso entra na terceira semana de paralisação. “Os estudantes tiveram protagonismo”, conta ele,  “e antes mesmo da resolução do CEG, os docentes já haviam manifestado publicamente apoio aos estudantes, com abono das faltas e tudo mais”. 

Sérgio relata que a comunidade espera há sete anos por um prédio próprio. Segundo o docente, falta espaço. E o que há é inadequado.  “Temos problemas com o chão impróprio e falta de banheiros”, conta. De acordo com o professor, o curso que chegou a ser ministrado em tendas improvisadas na área externa da EEFD encontrou uma meia solução com adaptação de salas de aulas teóricas em salas de aulas práticas. “Mas com isso abriu-se um novo problema, com as aulas teóricas sendo transferidas para o CCS”.

 Situação similar de precariedade é relatada por cursos multiunidades: “Os estudantes têm uma pauta específica que diz respeito inclusive à relação institucional com a UFRJ”, afirmou Elidio Marques, que dá aulas no curso de Relações Internacionais. “Eles estão questionando inclusive o fracasso do projeto de cursos multiunidades”.

Novo Comando na sexta-feira

Um novo encontro na sexta-feira, 26, bate o martelo sobre o Comando Local de Greve docente. Até lá, o plano é ampliar os debates sobre a crise da universidade e a agenda de greve com reuniões nas unidades na quarta-feira e quinta-feira pela manhã. Na quinta à tarde (25) os docentes se somam à mobilização dos servidores públicos federais em ato, 17h, na Candelária.

 

Dois anos do levante

Este domingo, 20 de junho de 2015, celebra a memória da maior manifestação popular tendo o Rio como cenário, desde o movimento Diretas Já, em 1984. Foi o auge aqui nesta cidade da explosão social que alcançou o Brasil no outono/inverno de 2013. Os números não são precisos, mas, na tarde daquela quinta-feira, não menos do que 500 mil pessoas foram às ruas, enfrentando violenta repressão policial. As previsões mais otimistas que apontavam “os levantes de junho” (assim o fenômeno foi registrado) como um novo marco do movimento de massas e certeiros desdobramentos na conjuntura não se confirmaram. Veja parte do balanço feito, então, pelo Jornal da Adufrj acerca dos protestos. 

"(...) tudo começou com o protesto contra o aumento das passagens. Mas logo as manifestações se espalharam país afora, erguendo pautas múltiplas e ganhando fôlego de levante popular. Investimentos em saúde, educação, melhoria dos serviços públicos, mobilidade urbana emergiam como reivindicações nos cartazes. Os gastos superfaturados com a Copa, a violência da polícia e suas ações de extermínio nas periferias, tudo isso fez ferver o caldeirão político numa dimensão impensável poucas semanas antes. A esquerda tradicional foi pega de surpresa, mas logo se incorporou às lutas – até porque, na essência, as bandeiras nas ruas sempre foram erguidas pelas forças identificadas com as lutas populares. Já os setores reacionários procuraram surfar nas ondas dos protestos – com a poderosa ação política da mídia – para contrabandear sua agenda. O professor da UFRJ Mauro Iasi (que escreveu um dos artigos de livro editado pela Boitempo em busca de interpretação para o fenômeno dos protestos) observou que as múltiplas pautas trazidas às ruas são bloqueadas pela política econômica do governo, com os gastos astronômicos destinados ao financiamento dos juros da dívida pública."

13062411Quinta-feira, 20 de junho de 2013: Av. Presidente Vargas ocupada por milhares. Foto: Rafael Duarte - 20/06/2013

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