Após Consuni, novas mobilizações agitam a greve do segmento
Samantha Su. Estagiária e Redação
Após o Consuni que reconheceu a legitimidade da greve estudantil (leia mais na página 3 desta edição), mas não suspendeu o calendário acadêmico de 2015, o segmento realizou assembleia na tarde do dia 11, na Escola de Música. E o corpo discente da UFRJ deliberou por mais mobilização: “Nós não vamos nos submeter à decisão do Consuni. Todas as falas foram para indicar a intensificação da greve e voltar para as pautas primordiais: a assistência estudantil e o absurdo corte de verbas na educação”, declarou Gabryel Henrici, representante do DCE.
Neste sentido, os alunos propuseram, para esta segunda, dia 15 (data do fechamento desta edição), uma assembleia comunitária junto de professores e técnicos-administrativos, às 14h, no hall da reitoria (assim que possível, seu resultado será divulgado no site e nos perfis da Adufrj-SSind nas redes sociais) e, logo depois, uma reunião do Comando Estadual de Greve, às 17h, no IFCS. Além disso, estão marcadas duas atividades: um para lembrar o descaso com os cursos novos, frutos do Reuni (“Quem Entrou Quer Ter Lugar”), para o prédio da reitoria, às 16h do dia 18; outro, um ato unificado no estado pela “Educação e Assistência Estudantil - Passe Livre Intermunicipal Já!”, com início na Candelária, dia 19 (ainda sem horário).
Uerj: alunos vão “enterrar” o reitor
Nesta terça-feira, dia 16, o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, será simbolicamente enterrado pelo movimento estudantil. O evento pretende escancarar as críticas à gestão da universidade. A atividade foi deliberada em assembleia do corpo discente, em 11 de junho. Nova reunião, em 25 de junho, decide sobre possível deflagração de greve estudantil.
Está prevista uma ocupação cultural na Concha Acústica da universidade, logo após o “enterro” do reitor. E um ato no Hospital Universitário Pedro Ernesto, às 10h de quarta-feira, 17, em defesa da Saúde Pública. No fim da tarde da mesma data, ocorre o evento “Por que somos contra a redução (da maioridade penal)”, no campus Maracanã. (Samantha Su)
Política de genocídio dos jovens pobres é comum a toda a América Latina, concluem participantes de encontro que reuniu, no Rio de Janeiro, familiares de alguns dos alunos desaparecidos no México em 2014
Leia mais: Familiares de alunos desaparecidos no México fazem relato do genocídio
Negociação sem enrolação
CNG do Andes-SN divulga documento contra discurso do governo que classifica movimento como “precipitado”
Tentativas de diálogo existem desde o fim da greve de 2012
O Comando Nacional de Greve dos Docentes Federais divulgou, no último dia 9, um documento com o histórico das tentativas de negociação do Andes-SN com o governo. O levantamento foi feito desde a suspensão da greve de 2012.
De acordo com o documento intitulado “Reunião sem proposta não é negociação, é enrolação!”, a deflagração da greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE), em 28 de maio de 2015, consiste em uma resposta política à indignação que tomou conta da categoria. “O Andes-SN acredita que a greve é o recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos para a educação pública e dar respostas ao total descaso diante do aprofundamento na precarização das condições de trabalho e ensino nas IFE, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar adequadamente”, afirma o Comando Nacional de Greve.
Em uma tabela anexa à carta (que pode ser acessada em http://migre.me/qeeP4), os docentes detalham todo o processo de agendamento, cancelamento e reuniões infrutíferas com representantes do Ministério da Educação e do Planejamento desde 2012. Na última reunião com o MEC, em 22 de maio deste ano, após o anúncio de deflagração da greve para o dia 28, o Sindicato Nacional foi recebido pelo Ministro da Educação em exercício e pelo Secretário da Secretaria de Educação Superior “que, além de não apresentarem nenhuma proposta à pauta dos docentes, negaram o acordo anteriormente firmado entre a Sesu/MEC e o Andes-SN, em 2014”.
Segundo o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, o quadro desmonta o discurso do MEC de que a greve foi precipitada e de que o governo estava aberto ao diálogo. “Em 2014, a SeSu/MEC firmou um acordo com o Andes-SN sobre os princípios da carreira, e não aceitamos que, agora, o Ministério da Educação negue o acordo que foi feito. O que foi firmado são as bases de uma negociação e, negando isso, o governo rompeu com o processo. Esperamos que ele seja o mais rapidamente retomado”, disse. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)
Pauta
A pauta de reivindicações da categoria traz, entre seus eixos, a defesa do caráter público da universidade, condições de trabalho, garantia da autonomia, a reestruturação da carreira docente e a valorização salarial de ativos e aposentados.
Andes-SN e Fasubra cobram ação de reitores
Representantes do Andes-SN e da Fasubra participaram, dia 11, da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O objetivo era expor aos reitores das universidades federais os motivos que levaram à deflagração da greve dos docentes e técnico-administrativos e solicitar pressão junto ao governo federal para abertura de negociação com as entidades sindicais.
No conselho, foram distribuídos documentos aos reitores comprovando as inúmeras solicitações de abertura de negociações com o MEC pelas duas entidades e, ainda, cópia do acordo firmado entre a Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu/MEC) e o Andes-SN, em 2014 (agora negado pelos atuais representantes do ministério).
Tanto Andes-SN quanto Fasubra reforçaram a necessidade de envolvimento dos reitores na luta em defesa da educação pública, pois como gestores eles também estão sendo diretamente afetados pelos cortes impostos pelo governo no orçamento do MEC. Os representantes das entidades cobraram, ainda, da Andifes a interlocução junto à SESu/MEC para a retomada de diálogo com as categorias.
“Queremos ser aliados dos reitores na defesa das verbas para as instituições federais, porque os cortes são efetivos e estão impedindo o pleno funcionamento das instituições. Esperamos que os gestores tomem um posicionamento firme e mostrem ao governo e à opinião pública o quadro real da educação federal: que as universidades estão numa situação inadministrável”, avaliou Rizzo.
Novo pedido de audiência com o MEC
No mesmo dia 11, à tarde, o Comando Nacional de Greve dos docentes federais do Andes-SN encaminhou carta ao ministro da Educação, Renato Janine, solicitando audiência. No documento, os docentes, em greve desde 28 de maio, ressaltam que o movimento paredista, já deflagrado em 29 Seções Sindicais, é resultado da insatisfação da categoria com a ausência de resposta à pauta de reivindicações. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)
No último dia 11, moradores da Vila Autódromo foram à Prefeitura para entregar a Eduardo Paes um abaixo-assinado: o objetivo era solicitar audiência de diálogo sobre a situação da comunidade, ameaçada de remoção. No dia 3 de junho, a Guarda Municipal — acompanhada de funcionários da Prefeitura — promoveu uma tentativa ilegal de despejo. Durante a ação, oito moradores ficaram feridos.
Atendidos pelo subsecretário de governo, David Carlos Pereira Neto, os moradores apresentaram sua demanda por urbanização da comunidade e reconhecimento do seu direito à permanência. O subsecretário se comprometeu a marcar a audiência solicitada com o prefeito, mas não deu um prazo (com informações do Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas).
CNG do Andes-SN divulga documento contra discurso do governo que classifica movimento como “precipitado”
Tentativas de diálogo existem desde o fim da greve de 2012
O Comando Nacional de Greve dos Docentes Federais divulgou, no último dia 9, um documento com o histórico das tentativas de negociação do Andes-SN com o governo. O levantamento foi feito desde a suspensão da greve de 2012.
De acordo com o documento intitulado “Reunião sem proposta não é negociação, é enrolação!”, a deflagração da greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE), em 28 de maio de 2015, consiste em uma resposta política à indignação que tomou conta da categoria. “O Andes-SN acredita que a greve é o recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos para a educação pública e dar respostas ao total descaso diante do aprofundamento na precarização das condições de trabalho e ensino nas IFE, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar adequadamente”, afirma o Comando Nacional de Greve.
Em uma tabela anexa à carta (que pode ser acessada em http://migre.me/qeeP4), os docentes detalham todo o processo de agendamento, cancelamento e reuniões infrutíferas com representantes do Ministério da Educação e do Planejamento desde 2012. Na última reunião com o MEC, em 22 de maio deste ano, após o anúncio de deflagração da greve para o dia 28, o Sindicato Nacional foi recebido pelo Ministro da Educação em exercício e pelo Secretário da Secretaria de Educação Superior “que, além de não apresentarem nenhuma proposta à pauta dos docentes, negaram o acordo anteriormente firmado entre a Sesu/MEC e o Andes-SN, em 2014”.
Segundo o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, o quadro desmonta o discurso do MEC de que a greve foi precipitada e de que o governo estava aberto ao diálogo. “Em 2014, a SeSu/MEC firmou um acordo com o Andes-SN sobre os princípios da carreira, e não aceitamos que, agora, o Ministério da Educação negue o acordo que foi feito. O que foi firmado são as bases de uma negociação e, negando isso, o governo rompeu com o processo. Esperamos que ele seja o mais rapidamente retomado”, disse. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)
Pauta
A pauta de reivindicações da categoria traz, entre seus eixos, a defesa do caráter público da universidade, condições de trabalho, garantia da autonomia, a reestruturação da carreira docente e a valorização salarial de ativos e aposentados.
Andes-SN e Fasubra cobram ação de reitores
Representantes do Andes-SN e da Fasubra participaram, dia 11, da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O objetivo era expor aos reitores das universidades federais os motivos que levaram à deflagração da greve dos docentes e técnico-administrativos e solicitar pressão junto ao governo federal para abertura de negociação com as entidades sindicais.
No conselho, foram distribuídos documentos aos reitores comprovando as inúmeras solicitações de abertura de negociações com o MEC pelas duas entidades e, ainda, cópia do acordo firmado entre a Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu/MEC) e o Andes-SN, em 2014 (agora negado pelos atuais representantes do ministério).
Tanto Andes-SN quanto Fasubra reforçaram a necessidade de envolvimento dos reitores na luta em defesa da educação pública, pois como gestores eles também estão sendo diretamente afetados pelos cortes impostos pelo governo no orçamento do MEC. Os representantes das entidades cobraram, ainda, da Andifes a interlocução junto à SESu/MEC para a retomada de diálogo com as categorias.
“Queremos ser aliados dos reitores na defesa das verbas para as instituições federais, porque os cortes são efetivos e estão impedindo o pleno funcionamento das instituições. Esperamos que os gestores tomem um posicionamento firme e mostrem ao governo e à opinião pública o quadro real da educação federal: que as universidades estão numa situação inadministrável”, avaliou Rizzo.
Novo pedido de audiência com o MEC
No mesmo dia 11, à tarde, o Comando Nacional de Greve dos docentes federais do Andes-SN encaminhou carta ao ministro da Educação, Renato Janine, solicitando audiência. No documento, os docentes, em greve desde 28 de maio, ressaltam que o movimento paredista, já deflagrado em 29 Seções Sindicais, é resultado da insatisfação da categoria com a ausência de resposta à pauta de reivindicações. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)