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043 dpa-pa 148C7800FC95EBB1Foto: DPA / Michael Kappeler - 25/01/2015A vitória do partido de esquerda Syriza, liderado por Alexis Tsipras (foto), que há duas semanas assumiu o governo na Grécia, é a primeira alternativa popular ao neoliberalismo nas últimas décadas na Europa. A política de austeridade, que empurra os trabalhadores europeus (especialmente dos países pobres) ao desemprego e à miséria, administrada pela chamada troika*, deixa de existir na Grécia. Veja, aqui, as primeiras medidas do governo de Tsipras:

  • O governo propôs o aumento do salário mínimo. Hoje, ele está fixado em 580 euros para maiores de 25 anos, enquanto os jovens recebem apenas 490 euros. Depois de aprovada a nova lei, todos passarão a receber 751 euros.
  • Nos últimos anos, aumentou o número de gregos que deixaram de tomar medicação devido à falta de dinheiro. O novo governo anunciou que vai aumentar a participação estatal no preço dos remédios e abolir taxas de saúde.
  • O subsídio de Natal antes pago a pensionistas que recebem menos de 700 euros, uma espécie de décimo terceiro, será restabelecido. O mesmo irá ocorrer com o subsídio de 360 euros por mês aos agricultores sem acesso a seguro.  
  • O governo do Syriza considera inconstitucional a demissão de 10 mil funcionários públicos – uma exigência da troika que, de um dia para o outro, deixou sem trabalho grupos inteiros de professores, empregados de segurança ou limpeza. Agora, serão recontratados. 
  • Foi desde já paralisada a privatização de 67% do Porto de Pireu e da empresa pública de eletricidade. O governo diz que fará o mesmo com todos os ativos do setor energético.

* Formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, representantes do grande capital.

 

Espanha, a próxima?

Um imenso mar humano povoou as ruas de Madri (foto) no último sábado. Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se, atendendo a um chamado do partido-movimento Podemos, criado há menos de um ano. Esperançosas após a vitória eleitoral do Syriza, na Grécia, elas sinalizaram que a Europa vai continuar tremendo, nos próximos meses. Que já não será fácil manter “ajustes fiscais” e “austeridade”, na Europa, que cortam direitos e mantêm as rendas financeiras (Carta Maior).

000 DV1953305AFP / Pedro Armestre - 31/01/2015

Faculdade de Educação divulga homenagem a aluno assassinado

Samantha Su. Estagiária e Redação

Os professores, funcionários técnico-administrativos e alunos da Faculdade de Educação da UFRJ divulgaram, na página eletrônica da Unidade, uma homenagem ao estudante Alex Schomaker Bastos, morto durante uma tentativa de assalto nas proximidades do campus da Praia Vermelha, em 8 de janeiro. “Em comunhão com a humanidade e o cosmos, Alex partiu em busca da sabedoria que não encontrou no mundo dos vivos, mas que certamente o espera ‘acima dos rubis’.  Que seu exemplo de integridade e determinação, além de seu amor ao conhecimento, seja inspiração para o fortalecimento de laços acadêmicos e humanitários na UFRJ e fora dela. Na contramão da desumanização que produz e naturaliza tragédias como a de sua perda violenta e prematura, nós, professores, pesquisadores e funcionários da Faculdade de Educação, reafirmamos nosso compromisso de formar professores e pesquisadores comprometidos com a produção de conhecimentos que fundamentem uma sociedade mais justa e uma escola pública democrática e de qualidade. Repudiamos, veementemente, a violência que nos rouba diariamente dezenas de jovens e não daremos trégua às autoridades até que garantam segurança no interior e no entorno de nosso campus. Chega de descaso!”, diz um trecho.

Para tentar dar conta de reivindicações como esta, a Prefeitura Universitária informou que o 2º Batalhão de Polícia Militar, de Botafogo, irá aumentar o patrulhamento da região com motocicletas. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, aproximadamente 20 policiais circularão pela área. Além disso, uma viatura deverá ficar parada na entrada do campus da PV.

Segurança também afetada pela crise orçamentária

Em outubro de 2014, como noticiado pelo Jornal da Adufrj, após a repercussão de casos de assédio no mesmo local, a Prefeitura Universitária disse que instalaria câmeras de segurança na entrada do campus. Segundo o prefeito Ivan Carmo, as câmeras já foram compradas, mas ainda faltam os cabos e o sistema de transmissão de dados. Ele destacou: “É de notório conhecimento que estamos em um período de contingenciamento de recursos imposto pelo governo federal, mas a meta é de instalação de câmeras até o fim de março”. 

DCE cobra outra política

O DCE Mário Prata manifestou preocupação com o tempo de implantação do sistema de vigilância. O Diretório divulgou em sua página outras sugestões, como a criação de concursos públicos para uma guarda desmilitarizada com o objetivo de: “atender às demandas de cada campus, combatendo a precarização da DISEG (Divisão de Segurança da UFRJ) e dando melhores condições de trabalho à divisão, por meio de renovação de quadro, troca e regularização de equipamentos”, diz o texto. Os estudantes também reivindicam melhor iluminação nas imediações e um sistema de transporte (municipais, intermunicipais e intercampi) que permita uma regular circulação de pessoas.

Diferentemente do que apontava o Plano Diretor da universidade, o colégio segue com problemas de infraestrutura: sem banheiros para atender 700 alunos, primeiro semestre letivo só começa em 23 de fevereiro

Longa “novela” da climatização da escola está perto do fim 

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Com previsão de início neste dia 9, as aulas no Colégio de Aplicação da UFRJ só voltam em 23 de fevereiro. Depois do carnaval, portanto. O motivo foi o atraso na reforma do banheiro coletivo do primeiro andar, que deveria ter ficado pronto em 2 de fevereiro — o novo prazo de conclusão é justamente este dia 9 ou, mais tardar, dia 10. A decisão de adiar o começo do ano letivo foi tomada pelo Conselho Pedagógico da escola.

A diretora do CAp-UFRJ, Maria Luiza da Rocha, explica que, atualmente, a instalação é a única capaz de atender os estudantes: “Durante o recesso, usamos o banheiro da sala dos professores. Mas é uma estrutura pequena, que não comportaria toda a escola. Estamos falando de quase 700 estudantes. Seria inviável”. 

O outro banheiro coletivo, localizado no segundo pavimento, “muito mais antigo”, segue interditado. De acordo com a dirigente, a recuperação deste local ficou para as férias de julho. Em ambos os casos, as obras são de grande porte, com recuperação da parte hidráulica, instalação de azulejos, divisórias e chuveiros. O módulo mais antigo necessita ainda de aparelhos sanitários que atendam crianças com necessidades especiais.

Climatização quase lá, após dois anos

De acordo com a dirigente, a climatização é outra questão importante. Apenas algumas salas dispunham de ar-condicionado, nenhuma delas voltada para aulas. Os estudantes e professores contavam apenas com ventiladores nas classes.  “Depois de dois anos de luta”, relata Maria Luiza, este processo “se aproxima de ser concluído”. 

A compra de um novo gerador parece ter sido o capítulo final da longa novela. Segundo a diretora, o equipamento só chegou à escola em 6 de fevereiro. Portanto, não a tempo de atender os alunos no prazo original de início das aulas. Com a postergação do primeiro semestre letivo, a diretora diz ter a expectativa de que, junto das obras do banheiro, a pendência esteja resolvida para o recomeço das aulas. 

Os aparelhos, adquiridos em 2012, aguardaram até o fim do mesmo ano pela constituição de uma rede baseada no fornecimento de energia de um gerador. E apenas um ano depois,em dezembro de 2013, foram instalados. Foi quando se descobriu que o gerador disponível havia estragado. Maria Luiza conta que a decisão de montar uma segunda rede elétrica, além da já existente, baseada no fornecimento de gerador, foi da Prefeitura Universitária. “Foi o que se optou à época, imagino que pensando em agilizar o processo, o que, de fato, não aconteceu”.

IMG 0295Salas do colégio continuarão vazias até depois do carnaval para conclusão das obras de um dos banheiros coletivos. Foto: Kelvin Melo - 17/05/2012

No último dia 29, a diretoria da Adufrj-SSind divulgou uma moção de apoio à Asduerj e à comunidade da Uerj (professores, estudantes e técnicos). Aquela universidade enfrenta grave crise: terceirizados, bolsistas e professores substitutos estão sem receber pagamentos. Além disso, a infraestrutura está bastante precária (o episódio de alunos sem camisa em uma das salas sem refrigeração, que ganhou grande repercussão na mídia, é apenas um elemento) e o reitor Ricardo Vieiralves não dialoga com a comunidade acadêmica. Para piorar, no fim do ano passado, o governador Pezão vetou Emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que destinava 6% da receita corrente líquida do Rio para as universidades públicas estaduais.



Confira abaixo a nota da Adufrj-SSind:

“A Diretoria da Adufrj-SSind apoia a luta dos professores, funcionários e alunos da Uerj por melhores condições de trabalho, salários dignos e orçamento público condizente com a função social que deve desempenhar a universidade pública. 

Somamo-nos à luta necessária para superar a grave crise produzida na educação pública pelo governo do estado que assola as três universidades do Rio de Janeiro. Somente com luta democrática, participativa e solidária, conseguiremos pôr fim ao descaso acumulado por diversas gestões governamentais comprometidas com o capital. 

Diversos meios de criminalização das lutas sociais têm sido utilizados para barrar esta luta, desde a intervenção policial nos campi até a realização de sessão fechada de reunião de conselho universitário. Esta prática aprofunda a crise institucional e demonstra a indisposição de ampliar o debate democrático referente à educação pública, gratuita e socialmente referenciada.

 Todo apoio aos trabalhadores e estudantes da Uerj,

 Diretoria da Adufrj-SSind”

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