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Estudantes foram impedidos de entrar na Unidade para realizar ato político. Os que entravam eram revistados por seguranças para não permitir o acesso de alto-falantes, caixas de som, microfones e instrumentos de percussão

Até a PM foi chamada pelo administrador da Escola

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Na tarde do dia 8, estudantes da Escola de Educação Física e Desportos foram impedidos de entrar na Unidade para realizar um ato político-cultural contra o diretor Leandro Nogueira. Por ordens dele, o portão principal foi fechado com cadeado e, por um acesso lateral conhecido como “varanda”, as pessoas só passavam após uma revista dos seguranças. Quando a reportagem do Jornal da Adufrj chegou ao local, o administrador da EEFD, Luiz Henrique Drummond, barrava todos os estudantes que portavam instrumentos de percussão, caixas de som, alto-falantes ou microfones.

O ato “Fora, Leandro!” acabou sendo realizado do lado de fora da EEFD, junto ao portão lateral. O estudante Rian Ferreira Rodrigues informou que havia autorização da Prefeitura Universitária para realizar a atividade política, que ocorria desde a parte manhã, com calouros. “Está claro que essa atitude de fechar as portas da Unidade é para impedir a livre manifestação do movimento estudantil. Ele (Leandro) fechou a Escola minutos antes do horário em que estava marcada a concentração do nosso ato”.

Histórico complicado

Há quase um ano, o diretor e o movimento estudantil local vivem em conflito. O professor Leandro chegou a chamar a polícia militar para retirar o aluno Rian que, segundo ele, não estaria regularmente inscrito (mas estava) na Escola. E, ainda no primeiro semestre deste ano, decidiu não reconhecer a legitimidade do Centro Acadêmico local para a escolha de representantes discentes para a Congregação. Na tarde deste dia 8, a PM foi novamente chamada. Dessa vez, pelo administrador, que foi à delegacia prestar queixa contra um estudante por “crime de desobediência”, como ele mesmo afirmou ao Jornal da Adufrj.

Adufrj-SSind cobra respeito ao movimento estudantil

A Seção Sindical esteve representada na atividade pelos diretores Cláudio Ribeiro e Luciano Coutinho e pela conselheira Vera Salim. Cláudio afirmou que o movimento estudantil deve ser respeitado “para aprofundar a democracia na universidade”. E que atitudes antidemocráticas, como o fechamento da EEFD, não serão toleradas pela entidade.

Gregory Costa, pela Associação dos Pós-Graduandos da UFRJ (APG) reforçou o apoio aos estudantes da Educação Física. Ele informou que a APG levará ao Conselho Universitário um manifesto exigindo a saída do diretor da Unidade. Pelo DCE Mário Prata, falou Julio Anselmo. “O que assistimos é uma arbitrariedade sem tamanho”, declarou.

Prefeito universitário e decana estiveram no local

O prefeito da Cidade Universitária, Ivan Carmo, e a decana do Centro de Ciências da Saúde, Maria Fernanda Quintela, estiveram na EEFD durante a confusão e foram direto ao gabinete do diretor. A reportagem tentou contato com eles, mas, até o fechamento desta edição, não conseguiu declarações sobre o episódio.

Diretor tenta se justificar

Em nota, o diretor Leandro Nogueira informou que a Unidade fecharia suas portas porque os estudantes convidam “indivíduos e grupos estranhos à unidade para apoio ao referido ‘ato político’, o que abre, entre outras perigosas possibilidades, a invasão da EEFD por elementos ligados ao movimento bad block (sic) ou outros de mesma inspiração neofascista”.  

 
 
Cartas
Em atenção à matéria publicada na edição nº 824 do Jornal da Adufrj, esta Pró-reitoria gostaria de informar que a Faculdade de Farmácia conta, em seu quadro de servidores, com 75 (setenta e cinco) docentes e 95 (noventa e cinco) Técnicos-Administrativos.
Desde julho de 2011 (início da gestão do Professor Carlos Levi), a Faculdade de Farmácia aumentou seu quadro de servidores, tanto docentes como técnicos administrativos, só tendo diminuição do quadro em 5 (cinco) cargos: Almoxarife; Assistente em Administração; Técnico de Laboratório/Área; Técnico em Assuntos Educacionais e Técnico em Contabilidade, sendo que para os cargos de Almoxarife; Assistente em Administração e Técnico de Laboratório/Área a redução foi em consequência da movimentação de servidores, que foram colocados à disposição da Reitoria pela Direção da Faculdade de Farmácia.
A Pró-reitoria de Pessoal reconhece a necessidade de pessoal da Faculdade de Farmácia, assim como das demais unidades da UFRJ, e tem buscado prover, dentro dos limites de vagas do Quadro de Referência dos Servidores Técnicos-Administrativos (QRSTA), as demandas de todas.
Por fim, a Pró-reitoria de Pessoal informa que está à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários.
Roberto Gambine
Pró-reitor de Pessoal
 
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Manifestação ocorreu no último dia 5

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A manhã de 5 de novembro foi agitada em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). As entidades representativas de segmentos da UFRJ (Adufrj-SSind, DCE Mário Prata e Sintufrj), além de organizações ligadas à Saúde, como o Conselho Regional de Medicina do Rio, o Sindicato dos Médicos e o Sindsprev, participaram de um ato público em defesa daquela Unidade.

A maior preocupação é o discurso da atual diretoria do hospital que prevê o fechamento do HUCFF, caso os problemas de infraestrutura, financiamento e de pessoal não sejam resolvidos. Os segmentos da universidade consideram que esta postura representa uma pressão para que seja aprovada, pela UFRJ, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), proposta de gestão privatizante do governo federal. 

No início de outubro, o reitor Carlos Levi anunciou que a discussão a respeito da empresa está suspensa na UFRJ, enquanto a administração central estuda uma possível solução autônoma. No entanto, os setores pró-Ebserh continuam atuando de maneira a forçar uma futura adesão. Essa foi a avaliação de Francisco Carlos, coordenador do Sintufrj. 

Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, destacou a importância do HU para a população carioca e afirmou que a Ebserh age de maneira autoritária: “Dinheiro público tem sido usado para comprar equipamentos antes mesmo de a empresa administrar os hospitais. Equipamentos que ficam estocados nos corredores por não terem condições de serem instalados”, disse.

Tradição de luta

Sidnei Ferreira, professor do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), também criticou a tentativa de privatização da Saúde e afirmou que a UFRJ resistirá: “Temos uma tradição de luta. Sou médico do IPPMG há 35 anos e nunca vi ataques como esses”.

Romildo Bomfim, diretor da Adufrj-SSind, lembrou que apenas seis universidades em todo o Brasil aderiram à Ebserh, ao contrário das 36 anunciadas pela empresa e pelo governo federal. “Na verdade o que há é uma intenção de adesão. Todas as universidades precisam que seus Conselhos Universitários aprovem a empresa, para só então o contrato definitivo ser assinado”. 

O atual processo eleitoral também foi lembrado: “A gestão do professor Raso (José Marcus Raso Eulálio) teve como estratégia a sabotagem do hospital. Precisamos ter uma nova gestão que potencialize as condições de atendimento e funcionamento do HU”, afirmou Carol Barreto, dirigente do DCE Mário Prata.


Apenas um candidato respondeu ao Jornal da Adufrj

O Jornal da Adufrj procurou os dois nomes que disputam a direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho para que fizessem uma apresentação inicial de seus programas. Eduardo Côrtes, de oposição à atual gestão, falou; Luiz Feijó, insistentemente procurado e contatado (inclusive antes e depois do primeiro debate da campanha eleitoral) não respondeu às perguntas da reportagem até o fechamento desta matéria.

Quais serão suas primeiras ações à frente do HUCFF, caso eleito?

Côrtes: “São várias as prioridades. Fica difícil enumerá-las, porque há carências importantes em várias áreas, que, inclusive, se sofrerem uma pane, param todo o hospital. Mas o que vamos atacar em primeiro lugar é a área de recursos humanos, muito cara para nós. Devemos investir nessas pessoas, fazer um grande trabalho de resgate. Essas pessoas precisam voltar a ter esperança e a acreditarem na instituição. Os recursos humanos são nosso bem maior e é com eles que conseguiremos reerguer nosso hospital. São duas frentes de atuação: uma é conseguir as pessoas, resolver o problema dos extraquadros; outra é a conquista de vagas, cobrando a responsabilidade do governo federal, que precisa dar as condições de pleno funcionamento para a universidade. Estamos falando de hospital, de vida. É inacreditável que um país como o Brasil tenha chegado a esse ponto”.

O senhor considera a Ebserh uma solução para resolver os atuais problemas do hospital?

 

Côrtes: “Com relação à Ebserh, eu acredito que o governo encontrou uma saída muito ruim. Não é possível que uma estatal centralizada em Brasília seja melhor do que uma administração descentralizada, com estabelecimento de metas feitas pelas próprias universidades. O governo quer flexibilizar a legislação para a Ebserh, mas não quer flexibilizar para as universidades. Vamos trabalhar muito, dentro da lei, do espírito universitário, para que a gente resolva os problemas dos hospitais universitários de uma vez por todas sem esse paliativo que é a Ebserh. Tecnicamente, inclusive, ela é muito ruim. Pouco propositiva, sem história, sem histórico, pretensiosa, querendo assumir todos os hospitais ao mesmo tempo sem nenhuma experiência para isso. E do ponto de vista político e social, a Constituição delegou às universidades autonomia. Temos que respeitá-la e segui-la. Ela diz que a universidade tem autonomia e que não se pode dissociar ensino, pesquisa e extensão. Portanto, estamos também defendendo a Constituição”. 

O quadro de professores da UFRJ foi reforçado nesta terça-feira, 5, com a posse de 58 novos profissionais. A diretoria da Adufrj-SSind deu as boas-vindas: “Para nós, é uma alegria recebê-los. E, ao mesmo tempo, uma responsabilidade, pois os desafios na universidade são muitos e as condições ainda mais duras para os que ingressam hoje”, disse Cláudio Ribeiro, presidente da seção sindical. “A carreira de vocês não é a mesma que a minha. Nós realizaremos o mesmo trabalho, mas o tratamento será distinto. É preciso que, quanto antes, vocês busquem se informar para compreender as mudanças em curso na universidade”, afirmou.

Dentre os novos integrantes da carreira do magistério superior, está Henrique Cazes, o primeiro professor do bacharelado em cavaquinho concursado da história: “O primeiro curso deste tipo, no mundo, não poderia ser em outro lugar”, observou, em referência à inovação da UFRJ. Músico há 37 anos, Cazes confessou a emoção: “É muito bom saber que toda essa experiência agora poderá ser passada a diante”.

 

A matéria completa poderá ser lida na próxima edição do Jornal da Adufrj.

Candidatos à direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Eduardo Côrtes e Luiz Augusto Feijó começaram a mostrar seus programas em debate direcionado aos professores que atuam naquela Unidade

Próximo encontro dos dois será com os estudantes, dia 13

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O primeiro debate entre os dois candidatos à direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) aconteceu no último dia 7. E nele começou a ficar mais claro para a comunidade acadêmica o que cada um pensa sobre a proposta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), modelo de gestão que o governo federal tenta impor aos HUs federais

Luiz Augusto Feijó, chefe da Divisão Médica, foi escorregadio ao responder sobre sua postura diante de eventual contratação da Ebserh. Afirmou apenas que seu “posicionamento com relação à empresa é acatar o que for decidido no Conselho Universitário da UFRJ”.

Já Eduardo Côrtes, chefe do Núcleo de Pesquisa em Câncer, embora tenha afirmado que não desrespeitará o colegiado superior da universidade, foi enfático nas críticas à empresa: “Temos a proposta da Ebserh de um lado e, do outro, a autonomia universitária. Não podemos aceitar que uma universidade como a UFRJ não faça proposições para administrar-se”.

Desafios administrativos

Côrtes e Feijó expuseram os principais pontos dos programas das chapas e responderam a perguntas da plateia. A mediação foi realizada pelo professor da Faculdade de Medicina e presidente da comissão eleitoral, Hélio Rocha. Além da Ebserh, os candidatos também foram inquiridos sobre os desafios administrativos do hospital e a política de pessoal. 

Eduardo Côrtes afirmou ser candidato de oposição “a tudo aquilo que levou a instituição a essa derrocada”. Luiz Feijó, embora faça parte da atual gestão, afirmou que não existe “continuísmo”, mas está disposto “a mudar a realidade” do Clementino Fraga Filho.

Nas apresentações, Eduardo Côrtes falou sobre o grupo de estudo criado no HUCFF para tentar solucionar a “mais profunda crise” vivenciada pelo hospital desde sua criação. Relatou ações em Brasília, junto ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público da União, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre outros órgãos da administração pública. Luiz Feijó contou sobre sua experiência à frente da Divisão Médica do hospital e suas ações junto à reitoria para ajudar a solucionar os problemas do HU. Ele informou que realiza estudos e projetos em parceria com a Coppe.

Aumento de leitos

Feijó disse trabalhar para que haja um aumento imediato de 235 para 257 leitos, mantendo-se os extraquadros.  E a ampliação dos leitos de UTI de dez para 24. Também previu a reativação da Ala D do hospital e do 11º andar. Segundo o candidato, o reitor Carlos Levi garantiu que os terceirizados não serão “demitidos da noite para o dia”. Levi teria, ainda, concordado em disponibilizar um administrador para cuidar das áreas de compras e licitações.

Eduardo Côrtes alimentou a perspectiva de aproximadamente 400 leitos, número indicado pela pró-reitora de Gestão e Governança, Araceli Cristina Ferreira, em recentes apresentações sobre os planos de reestruturação do HU.

Transplantes

O HU, um dos maiores hospitais do Brasil, e o mais importante no Rio em alta complexidade vê dia após dia o número de transplantes ser reduzido. Com poucos leitos de UTI em funcionamento, o hospital fica sem suporte para realizar esses procedimentos, além do fato de a emergência, fechada à noite e aos fins de semana, segundo afirmações dos dois candidatos, não oferecer a segurança necessária para o atendimento a um paciente que eventualmente apresente complicações.

Sobre essa questão, ambos os candidatos se demonstraram bastante sensíveis. “É feito um transplante de fígado por mês no HU, enquanto outras instituições fazem 50. É uma exigência da alta complexidade que o hospital tenha uma emergência em funcionamento. Somente recuperando essas áreas do hospital conseguiremos reativar essa parte tão importante para o HU e para a população”, afirmou Côrtes.

Feijó informou que de janeiro a outubro desse ano foram realizados 21 transplantes renais, oito hepáticos e três de córnea e que tem muito interesse em melhorar a área: “O objetivo de qualquer hospital é ampliar seus programas de alta complexidade”.

Considerações finais

Nas considerações finais, Côrtes deixou claro que não é candidato dos sindicatos. Observou ainda que o HU precisa modernizar suas práticas e atuar de forma articulada com as diversas Unidades de Saúde que desempenham atividades no hospital, além da Faculdade de Medicina (FM). Feijó disse que os problemas do Clementino Fraga Filho são antigos, que a responsabilidade não é da atual gestão. Segundo ele, não se deve atacar a imagem do atual diretor, Marcus Eulálio, “que é comprometido com o HU, com a FM e com a universidade”.


Campanha eleitoral

Início em 04/11. Término em 22/11.

Debates: No Auditório Alice Rosa - 12º andar - às 10h

13/11 - para alunos

14/11 - para técnico-administrativos

18/11 - todos os segmentos

Votação: 25, 26 e 27/11  Apuração: 28/11.  Posse: 19/12.


Urnas

As urnas estarão localizadas no saguão dos elevadores, no subsolo do HUCFF. Serão três mesas de Consulta por dia de votação nos seguintes horários:

Mesa 1- para os docentes, das 7h às 17h;

Mesa 2- para os funcionários técnico-administrativos, das 7h às 19h;

Mesa 3- para os alunos, das 7h às 17h.


Apenas um candidato respondeu ao Jornal da Adufrj

O Jornal da Adufrj procurou os dois nomes que disputam a direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho para que fizessem uma apresentação inicial de seus programas. Eduardo Côrtes, de oposição à atual gestão, falou; Luiz Feijó, insistentemente procurado e contatado (inclusive antes e depois do primeiro debate da campanha eleitoral) não respondeu às perguntas da reportagem até o fechamento desta matéria.

Quais serão suas primeiras ações à frente do HUCFF, caso eleito?

Côrtes: “São várias as prioridades. Fica difícil enumerá-las, porque há carências importantes em várias áreas, que, inclusive, se sofrerem uma pane, param todo o hospital. Mas o que vamos atacar em primeiro lugar é a área de recursos humanos, muito cara para nós. Devemos investir nessas pessoas, fazer um grande trabalho de resgate. Essas pessoas precisam voltar a ter esperança e a acreditarem na instituição. Os recursos humanos são nosso bem maior e é com eles que conseguiremos reerguer nosso hospital. São duas frentes de atuação: uma é conseguir as pessoas, resolver o problema dos extraquadros; outra é a conquista de vagas, cobrando a responsabilidade do governo federal, que precisa dar as condições de pleno funcionamento para a universidade. Estamos falando de hospital, de vida. É inacreditável que um país como o Brasil tenha chegado a esse ponto”.

O senhor considera a Ebserh uma solução para resolver os atuais problemas do hospital?

 

Côrtes: “Com relação à Ebserh, eu acredito que o governo encontrou uma saída muito ruim. Não é possível que uma estatal centralizada em Brasília seja melhor do que uma administração descentralizada, com estabelecimento de metas feitas pelas próprias universidades. O governo quer flexibilizar a legislação para a Ebserh, mas não quer flexibilizar para as universidades. Vamos trabalhar muito, dentro da lei, do espírito universitário, para que a gente resolva os problemas dos hospitais universitários de uma vez por todas sem esse paliativo que é a Ebserh. Tecnicamente, inclusive, ela é muito ruim. Pouco propositiva, sem história, sem histórico, pretensiosa, querendo assumir todos os hospitais ao mesmo tempo sem nenhuma experiência para isso. E do ponto de vista político e social, a Constituição delegou às universidades autonomia. Temos que respeitá-la e segui-la. Ela diz que a universidade tem autonomia e que não se pode dissociar ensino, pesquisa e extensão. Portanto, estamos também defendendo a Constituição”.


Ato público ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na manhã do dia 5 de novembro

As entidades representativas dos segmentos da UFRJ (Adufrj-SSind, DCE Mário Prata e Sintufrj), além de entidades ligadas à Saúde, como o Conselho Regional de Medicina do RJ, o Sindicato dos Médicos do Rio e o Sindisprev, participaram do ato público em defesa do HU da UFRJ na manhã deste dia 5. A maior preocupação é a chantagem feita pela atual direção do hospital, que prevê o fechamento Clementino Fraga Filho, caso os atuais problemas da Unidade não sejam resolvidos.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que sofreu uma primeira derrota na UFRJ, foi novamente criticada como caminho a não ser seguido pela universidade. “A atual gestão quer empurrar a Ebserh e se utiliza do falso argumento da possibilidade de fechar o hospital. Isso não é verdade”, alertou o diretor da Adufrj-SSind, Romildo Bomfim.

O atual processo eleitoral também foi lembrado como possibilidade de o hospital se reerguer: “A gestão do professor Raso (José Marcus Raso Eulálio) teve como estratégia a sabotagem do hospital. Precisamos ter uma nova gestão que potencialize as condições de atendimento e funcionamento do HU. Alguém que o devolva ao patamar em que já esteve. Uma direção que não se utilize do terrorismo como tática política”, afirmou Carol Barreto, dirigente do DCE Mário Prata.

O ato, iniciado na entrada principal do HUCFF, foi finalizado na entrada do Ambulatório.

Mais informações sobre o ato no HU e sobre o processo eleitoral do hospital você encontrará na próxima edição do Jornal da Adufrj.

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