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A duas semanas do Consuni que decidirá sobre a sucessão na Reitoria da UFRJ, não está completa a  Comissão Coordenadora da Pesquisa para cargos de Reitor e Vice-Reitor. Uma lista inicial foi publicada no boletim da UFRJ do dia 25 de janeiro, mas sem  representantes de alguns centros, como o CCJE, e do Sintufrj. A comissão proporá ao Consuni  regras do processo de sucessão, e o Consuni decidirá. Algumas questões estão em discussão, como quem conduz a consulta à  comunidade acadêmica e se ela deve ser paritária. Em dezembro, o MEC exigiu que a consulta repita os pesos do Colégio Eleitoral, no qual o segmento docente tem peso de 70%. Gerly Miceli, da direção do Sintufrj, integra a Comissão como suplente dos representantes do Consuni. Ela disse que os técnicos estão preocupados com o processo eleitoral.  “Alguns setores questionam a paridade, e estamos procupados em mantê-la”, afirmou. O Sintufrj propõe que a consulta seja feita pelas entidades sindicais, e não pela comissão, para evitar que o MEC questione o processo.  O Sintufrj fará assembleia na quarta-feira (6 de fevereiro) para indicar seus nomes. O pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, diz que o atraso na montagem da comissão se deve ao fato de alguns centros ainda não terem indicado seus nomes. Segundo ele, a comissão já funcionará com esses membros, e o trabalho não será prejudicado. A expectativa é concluir todas as indicações até a semana que vem.   *********   Nomes que já fazem parte da comissão, publicados na portaria 548, de 25 de janeiro de 2019, e no boletim 4 da UFRJ, publicado em 25 de janeiro de 2019:   Representantes do Consuni:   Titular: Maria  Cristina Miranda da Silva; Suplente: José Sérgio Leite Lopes Titular: Vera Lúcia Valente de Freitas; Suplente: Gerly Miceli Titular: Natália Huppes Borges; Suplente: Ana Beatriz Dantas Duarte   Representantes do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG): Titular: Bruno Lourenço Diaz; Suplente: Denise Maria Guimarães Freire Titular: Marcelo Luiz R.de Campos; Suplente: Aloysio de Moraes Rego Fagerlande   Representantes do Conselho de Ensino de Graduação (CEG): Titular: Vinícius CArvalho Cardoso; Suplente: Joana Maria de Angelis Titular: Nathalie Henriques Silva Canedo; Suplente: Victor Davidovich   Representantes docentes do CCMN   Titular: Selene Alves Maia; Suplente: Sérgio de Paula Machado   Representantes docentes do CT   Titular: Átila Pantaleão Silva Freire; Suplente: Paulo Laranjeiras da Cunha Lage   Representantes docentes do CCS   Titular: Antonio Mateo Solé-Cava; Suplente: Waleska da Silveira   Representantes do Corpo Discente:   Titular: Julia Brandes Azevedo; Suplente: Caíque Azael Ferreira da Silva Titular: Juliana dos Santos Paiva; Suplente: Thallys Albert G.Leal Titular: Thaís Rachel George Zacharia; Suplente: Rafaela Corrêa da Silva Henrique Titular: Alice Maciel Domingues; Suplente: Theo Louzada Lobato Titular: Otto Hebeda; Suplente: Eloah Oliveira Correa Titular: Camila Putzke; Suplente: Bernardo Gimenes Fantini Titular: Sergio Martín Páez; Suplente: Daniel Aparecido Veneri Titular: Mateus Pinto Medrado; Suplente: Juliana Mota Coutinho Titular: Nina Medeiros de Sá; Suplente: Gabriel Guimarães Batista    

Diante das mortes em Brumadinho, professores da UFRJ alertam para a rotina de práticas danosas na mineração e os impactos ambientais duradouros. Fernanda da Escóssia e Silvana Sá   Em meio à tristeza pelas vidas perdidas no rompimento da barragem de Brumadinho, professores da UFRJ alertam para a rotina de práticas danosas na mineração e os impactos ambientais duradouros. Pelo menos dois estudos da UFRJ atestam contaminação do Rio Doce por metais e microorganismos muito tempo depois do vazamento de Mariana, em 2015. “Que ótica é essa do Brasil ficar sempre com a lama, com o pior?”, questiona João Paulo Machado Torres, professor titular do Instituto de Biofísica e coordenador do Laboratório de Micropoluentes. Especialista em contaminação por metais, ele afirma que, em regiões como Brumadinho e Mariana, as empresas estão remineirando áreas de rejeitos, o que torna o terreno mais instável. Por isso havia, diz ele, tanta gente perto da barragem de Brumadinho. “Em função das flutuações do preço e da evolução da tecnologia, áreas de rejeitos voltam a ser remineiradas. É a questão básica dos dois acidentes”, explica. Os efeitos da contaminação por metais são sentidos na água, nos alimentos e na poeira, causando doenças. Níveis elevados de ferro  bloqueiam a ação das enzimas no organismo humano, “oxidando” as células. Torres coordenou, em parceria com o Greenpeace, estudo que apontou a concentração de ferro e manganês no Rio Doce depois do vazamento da barragem de Mariana. Já pesquisou o vazamento de cádmio e intoxicações crônicas por bauxita. Associa casos como o de Brumadinho à à busca por lucro, mas também à falta de punição. “Somos homo sapiens ou homo burrus? Não tem lógica destruir a sua casa. Se botasse a casa dos gerentes dessas empresas embaixo das barragens, tudo bem?”, questiona. Outro estudo da UFRJ, este da Coppe, apontou os efeitos duradouros da contaminação do Rio Doce depois do vazamento da barragem de Mariana. Coordenada pelo professor Fabiano Thompson, a pesquisa mostrou a presença de nitrogênio e ferro na água até dezembro de 2017, causando a proliferação de bactérias nocivas à saúde. Originário da dissertação de mestrado da aluna Marcelle Carneiro, o trabalho teve participação da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense). “Vamos buscar os dados mais recentes, e é certo que os resíduos estarão lá”, afirma Thompson. Com base nesse estudo, ele questiona a versão divulgada pelas empresas de que a lama das barragens é inerte, ou seja, não causa danos ambientais. “A lama só é inerte para quem está bem longe dela”, afirma. Segundo Maurício Ehrlich, coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Coppe, o que provocou o rompimento da barragem de Feijão é um mistério, mas a resposta virá em breve.  “Há algo não explicado. Ou  a Vale não tem conhecimento, ou esconde”, destaca. Ehrlich considera difícil a barragem não ter dado sinais de colapso. Mesmo após longo período sem utilização, uma barragem pode romper por um fenômeno físico chamado de “fluência”, quando os materiais deformam se sujeitos a cargas ou tensões permanentes.  Por isso,  inspeções são tão importantes. Para Ehrlich, é preciso responsabilizar os profissionais. “Profissionais e empresas são responsáveis. A legislação deve forçar projetos mais seguros, e os profissionais não devem se submeter a imposições das empresas”. Quatro engenheiros que assinaram laudos sobre a barragem foram presos.

Recursos foram depositados em dezembro via Programa de Excelência Acadêmica (PROEX)   Os seis programas de pós-graduação do Museu Nacional terão um respiro com o aporte de R$2,5 milhões injetados pela CAPES via Programa de Excelência Acadêmica (PROEX). O depósito, realizado em dezembro, visa atenuar os impactos do incêndio de 2018. São R$2 milhões em recursos para investimento de capital (equipamentos, por exemplo) e R$ 533 mil para custeio (manutenção das atividades). As prioridades, de acordo com o coordenador do Programa em Ciências Biológicas – Zoologia, Alexandre Pimenta, são garantir a conclusão de cursos dos mestrandos e doutorandos e reequipar minimamente os laboratórios. “Muitos pesquisadores perderam toda coleta de campo e precisam repor o material”, explica Pimenta. Segundo o coordenador, muitas pesquisas tiveram que mudar completamente o foco ou serem adaptadas. “Mesmo assim, algumas viagens precisarão ser feitas. Não queremos que ninguém desista do seu trabalho, esse é nosso principal objetivo”, completa. Em relação aos laboratórios afetados pelo incêndio de 2018, o alívio é pequeno. Pelo cálculo dos programas de pós do Museu, são necessários valores em torno de R$ 20 milhões para repor efetivamente as perdas. A divisão dos recursos entre os programas leva em conta o tamanho dos cursos e as perdas diretas e indiretas provocadas pelo fogo. “Alguns têm cerca de vinte alunos, outros têm cem. Nem todos concentravam as atividades no Palácio (prédio incendiado em setembro). Sem falar que para alguns laboratórios são fundamental, e para outros não”, exemplificou Pimenta. Para o docente, o investimento, na prática, representa uma retomada de autonomia dos laboratório.: “Desde setembro, alguns programas estavam se mantendo graças à solidariedade de outras unidades como o Instituto de Biologia. Agora, voltaram a funcionar com infraestrutura própria”, justifica.

Pagamento foi garantido pela Justiça. Administração central diz que benefícios voltam ao contracheque a partir de março. Em ato na Reitoria no último dia 31, o Sintufrj reuniu os técnicos-administrativos para cobrar da administração central o pagamento dos adicionais ocupacionais – a insalubridade é o principal deles — garantidos pela Justiça. O Sintufrj ganhou, no dia 11, uma liminar que mantém os adicionais até que a universidade finalize a migração dos dados para um novo sistema de gestão de informações, chamado Siape-Saúde. Agnaldo Fernandes, pró-reitor de Pessoal, informou que montou uma força-tarefa para cumprir a decisão da Justiça. Está sendo feito um cadastro  no sistema de execuções judiciais, com as informações de quem teria direito ao benefício. Segundo Fernandes, o trabalho seria finalizado até esta sexta, 1º de fevereiro. “Com a iniciativa, os adicionais retornam aos contracheques a partir de março”, afirmou. A Adufrj também moveu ação na Justiça e teve liminar favorável pela recomposição dos adicionais para todos os professores que recebem o benefício. A Procuradoria da UFRJ foi notificada da decisão no dia 25 e, no dia 28, encaminhou à PR-4 para pronta execução. Enquanto isso, a UFRJ segue no trabalho de migrar os dados dos mais de seis mil professores e técnicos-administrativos  para o novo módulo Siape-Saúde. De abril a 31 de dezembro de 2018, quando se encerrou o prazo dado pelo governo, a PR-4 só concluiu o processo de 300 profissionais. Precisamente, 6.019 servidores da UFRJ ficaram de fora e perderam até 20% do vencimento-básico.

Evento marca o início da celebração pelos 40 anos da Adufrj, em abril deste ano. Diretoria leva camisetas comemorativas e materiais utilizados nas últimas campanhas da seção sindical Professores universitários de todas as regiões do país vão se reunir em Belém (PA), de 28 de janeiro a 2 de fevereiro, para o Congresso do Andes. O encontro sindical define as prioridades e o calendário de atividades do movimento docente para 2019. Em uma conjuntura adversa para a educação, o professor e diretor da Adufrj, Felipe Rosa, espera que temas relacionados à defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade sejam bastante discutidos no evento.“Impedir a possibilidade de cobrança de mensalidades é uma questão mais urgente”, explica Felipe. Repetindo uma fórmula que tem dado certo nos últimos anos, a Adufrj estará representada por uma ampla e variada delegação de 24 professores, entre apoiadores e opositores da atual diretoria. A Adufrj tem direito a 13 delegados, ou seja, representantes com direito a voz e voto, além de 11 observadores – apenas com direito a se manifestar –, durante o congresso. A lista completa da delegação pode ser conferida abaixo. O Congresso também vai marcar o início da celebração pelos 40 anos da Adufrj, em abril deste ano. A diretoria vai levar camisetas comemorativas e materiais utilizados nas últimas campanhas da seção sindical. Outras seções sindicais também festejam quatro décadas em 2019 e terão um espaço de exposição. Para Felipe Rosa, a iniciativa aumenta a visibilidade do movimento docente e da atuação das próprias seções sindicais. “Quanto maiores formos, mais chances teremos de lutar contra medidas deletérias contra os professores e contra a universidade”, completa o docente do Instituto de Física.

DELEGAÇÃO São delegados: Maria Lúcia Werneck Vianna (pela diretoria); Ligia Bahia; Eduardo Raupp; Maria Paula Araújo; Fernando Duda; Tatiana Sampaio; Felipe Rosa; Tatiana Roque; Marinalva Oliveira; Luis Acosta; Luciana Boiteux; Glaucia Lélia; Ana Claudia Tavares. São observadores: Ricardo Medronho; André Uzeda; Helio de Matos Alves; Maria Cristina Miranda; Jorge Ricardo Santos Gonçalves; Elidio Alexandre Marques; Fernanda Vieira; Luciano Coutinho; Sara Granemann; Walcyr Barros; e Janete Luzia Leite.

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