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Um dos nomes de maior trânsito na UFRJ, o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, fez um apelo à unidade e cobrou que os grupos abram mão de alguns pontos para chegar a um consenso. Um dos nomes de maior trânsito hoje dentro da UFRJ, o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, fez um apelo à unidade e cobrou que os grupos abram mão de alguns pontos para chegar a um consenso. Como o senhor analisa a criação de uma Frente Ampla na UFRJ? Foi uma iniciativa louvável da reitoria, tendo em vista a conjuntura desfavorável, que exige efetiva união do mais amplo leque de pessoas que acreditam na ciência, na tecnologia e no ensino laico.   As negociações por uma chapa única estão emperradas. Haverá consenso? O professor Roberto Leher não retira sua candidatura nem se coloca. Para nós, está claro que ele é candidato, e acho legítimo que ele seja candidato. Mas poderiam deixar isso mais claro. A gente fica buscando nomes, quando, na verdade, ele é candidato. Tive com ele uma relação republicana, embora discorde e tenha críticas à sua administração. Mas muita gente aqui acha, e eu me incluo entre essas pessoas, que o professor Roberto Leher não unifica a UFRJ.   Qual o risco de uma implosão da Frente Ampla? A professora Denise abriu mão de sua candidatura em busca de um nome de consenso. Não vi essa mesma disposição no grupo do professor Leher. Podemos ter duas chapas ligadas à Frente Ampla, mas ficará a pergunta: quem dividiu a Frente Ampla? Não fomos nós.

Na sucessão da UFRJ,  a forma como será feita a consulta à comunidade acadêmica ainda provoca muitas dúvidas, bem como o peso da  representação de docentes, técnicos e estudantes nessa consulta. Na sucessão da UFRJ,  a forma como será feita a consulta à comunidade acadêmica ainda provoca muitas dúvidas, bem como o peso da  representação de docentes, técnicos e estudantes nessa consulta. Nota técnica do MEC de dezembro do ano passado determina que a consulta deve obedecer ao que diz a lei 9.192, de 1995, que regulamenta as eleições para reitores das federais. Pela lei, a escolha é feita em Colégio Eleitoral composto por pelo menos 70% de professores. Do colégio eleitoral sai a lista tríplice a ser enviada ao MEC. O presidente da República nomeia um dos integrantes da lista. A legislação também diz que “em caso de consulta prévia à comunidade, nos termos estabelecidos pelo colegiado máximo da instituição, prevalecerá o peso de setenta por cento do pessoal docente”. Assim, duas perguntas surgem:   HAVERÁ PARIDADE?   A paridade, com pesos iguais entre os segmentos, é uma conquista democrática. Porém, diante do risco de o MEC anular a consulta paritária caso entenda que ela desrespeita a lei, há quem defenda, num recuo estratégico,  separar totalmente a consulta do Colégio Eleitoral.   COMO SERÁ A CONSULTA? A escolha do reitor é feita em três etapas. Na primeira, estudantes, técnicos e professores participam, com peso de 1/3 para cada segmento. Na segunda, quem vota é o Colégio Eleitoral, com peso de 70% para docentes, 15% para alunos e 15% de técnicos. Pela nota do MEC, se a consulta for em parâmetros distintos do  Colégio Eleitoral, é passível de anulação. Juristas consultados pela Adufrj alertaram para risco de intervenção caso isso ocorra. Uma possibilidade é que a consulta seja feita de modo totalmente separado do Colégio Eleitoral, conduzida por entidades de professores,    

Ações judiciais movidas pela Adufrj e pelo Sintufrj garantiram adicionais ocupacionais Os adicionais ocupacionais vão voltar a ser pagos no próximo mês. É o que garante a Pró-reitoria de Pessoal. A próxima prévia do contracheque, disponível a partir do dia 20 deste mês, já apresentará os adicionais de insalubridade, periculosidade ou radiação ionizante. Os valores são consideráveis e podem chegar a 20% do salário-base de professores e técnicos-administrativos. A Adufrj e o Sintufrj entraram com ações judiciais exigindo a recomposição imediata dos benefícios. Mais de seis mil servidores — desses, 1.300 docentes— tiveram os percentuais suspensos. A Justiça concedeu liminar favorável aos sindicatos, o que obrigou a UFRJ a cadastrar todos os beneficiários num sistema de ações judiciais. Pedro e Sá, superintendente da PR-4, contou que foi formada uma força-tarefa para que este cadastro fosse finalizado ainda nesta semana. “O prazo permitiu que desse tempo de os adicionais entrarem na próxima prévia”. Em paralelo, a PR-4 continua a realizar laudos periciais para inserir no sistema Siape-Saúde. Até o momento, cerca de 400 servidores tiveram suas informações passadas, em definitivo, para o novo sistema. A suspensão dos adicionais se deu porque a UFRJ não cumpriu o prazo de oito meses dado pelo Ministério do Planejamento para  migrar as informações para o novo sistema. Quem seguir com o problema deve enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A apenas dez dias do prazo final para inscrição das chapas que irão disputar a reitoria, em 18 de fevereiro, a UFRJ está longe do consenso necessário para lançar uma candidatura única. Ana Beatriz Magno e Fernanda da Escóssia A apenas dez dias do prazo final para inscrição das chapas que irão disputar a reitoria, em 18 de fevereiro, a UFRJ está longe do consenso necessário para lançar uma candidatura única, que agregue os dois principais grupos políticos da universidade.   A cisão ficou explícita na plenária realizada na tarde de quinta-feira (7), no Centro de Ciências da Saúde. A reunião começou com a leitura de um esboço de programa da candidatura de uma Frente Ampla, elogiado e aceito por todos, mas, já no segundo ponto de pauta, a discussão de nomes expôs divisões que ameaçam implodir a unidade. O reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, não disse claramente que é candidato — mas, para quem assistiu à plenária, ficou claro que seu grupo defende a reeleição e dificilmente abrirá mão da cabeça da chapa, o que dificulta a negociação. Pedro Lagerblad, professor do Instituto de Bioquímica Médica, explicitou o temor de que Leher não seja nomeado e a subsequente crise para a UFRJ: “A gente não vai conseguir confrontar as regras da eleição, os nomes, chamando o governo para o confronto no momento de sua maior força”, afirmou. Para Lagerblad, insistir com Leher é estratégia de alto risco. “Não acho que ele seja palatável para este governo. E não dá para a gente insistir com ele, dizendo ‘a unidade c’est moi’”, afirmou Lagerblad,  numa referência à  histórica frase do monarca francês Luís XIV, “o Estado sou eu”. COMISSÃO VAI MEDIAR NOMES Um dos nomes cogitados pela oposição é o da professora Denise Pires de Carvalho (Instituto de Biofísica), que foi derrotada por Leher na eleição de 2015, mas venceu entre os professores. Na tentativa de costurar um acordo com a reitoria, Denise chegou a retirar a candidatura. Seu grupo e setores da Coppe apresentaram, então, uma composição aos negociadores de Leher. Ela tinha José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico, como reitor, e Francisco Esteves, um dos responsáveis pela criação do campus da UFRJ em Macaé, como vice. A reitoria rejeitou. “Era uma chapa absolutamente ótima! Por que ela foi rejeitada pela reitoria?”, indagou a professora Ligia Bahia, diretora da Adufrj que ressaltou a posição genrosa da colega que abriu mão de concorrer.  Com a negativa, vários setores tem defendido o retorno de Denise à disputa. Do outro lado, a professora Selene Maia, da Matemática, foi uma das maiores defensores da chapa de Leher. Ela afirma que não é uma questão pessoal sobre José Carlos Pinto, mas que não vê nele perfil de reitor. Disse que não é possível, por medo ou covardia, barrar o nome de Leher. “Meu reitor é alguém que não se intimidou”, afirmou. O pró-reitor Agnaldo Fernandes, principal articulador político de Leher, disse que ainda não está decidido se o reitor vai ou não se lançar e que há espaço para negociar até “16 horas do dia 18”. Afirmou que não houve veto a nomes, mas explicitou a dificuldade das conversas: “Vamos falar com franqueza. A gente não se atura no dia a dia da UFRJ. A gente só está junto negociando porque está diante desse governo, mas na real a gente não se atura”, admitiu, provocando imediata reação da plateia. “É muito dificil começar uma negociação nos termos do ‘se aturar’. Precisamos estar à altura do nosso desafio”, criticou o professor Eduardo Raupp, do Coppead e diretor da Adufrj. “Consensos são construídos. Não podemos deixar nas mãos do governo uma solução para a UFRJ, por um erro nosso”, destacou. Ao final do encontro, foi criada uma comissão de mediação para tentar chegar a um acordo sobre candidatos. Há, inclusive, a possibilidade de que da Frente Ampla saiam duas chapas. Último a falar, o professor Roberto Medronho, diretor da Faculdade de Medicina, fez um apelo à unidade. Articulador da candidatura de Denise Pires de Carvalho e depois da chapa Pinto-Esteves, disse que  todos precisam abrir mão de algumas coisas.  “Precisamos definir três pontos: temos condição de bancar algo diferente do que diz a lei? Haverá segundo turno? Se tiver, será mantido um acordo de cavalheiros, pela não agressão?”, indagou. Medronho alertou para o risco de, sem acordo, a UFRJ eleger um reitor que não consiga tomar posse, numa vitória de Pirro — daquelas que causam tantas baixas que, ao final, têm sabor de derrota.

Dados da Unesco revelam que apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. Como forma de combater problema, o dia 11 de fevereiro é dedicado a mulheres e meninas na ciência Ser  cientista não é “coisa de menina”. Meninos é  que são bons em matemática. Repetidas frequentemente, frases assim ajudam a construir o estereótipo que afasta meninas e mulheres do campo científico. Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) revelam que apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. Para reduzir essa diferença, a Unesco criou em 2015 o ‘Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência’, celebrado em 11 de fevereiro. Segundo o relatório “Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)”, o interesse de meninos e meninas pelas ciências é praticamente o mesmo  na infância. É na adolescência que elas começam a se desligar de temas ligados à matemática e às demais ciências. O relatório destaca que professoras das áreas de ciência, matemática, tecnologia e engenharia influenciam positivamente no desempenho e envolvimento das alunas. Por outro lado, a aprendizagem é comprometida quando docentes questionam as habilidades a partir de estereótipos ou crenças machistas. Segundo a professora Tatiana Rappoport, do Instituto de Física da UFRJ, o afastamento da mulher do campo científico se inicia cedo. “Meninas são criadas para cuidar da casa e da família e isso faz com que, ao longo dos anos,  se interessem menos por matemática e ciências”, afirmou. Para a professora Viviane Gomes, do Instituto de Química, esse padrão educacional parte da família e da escola. A  professora Débora Foguel, do Instituto de Bioquímica Médica, elogia a iniciativa da Unesco. “É importante termos um dia para falarmos sobre e darmos mais visibilidade a esse tema”, disse. Segundo as pesquisadoras, políticas públicas e privadas implementadas nesse contexto são incipientes. “As ações são pontuais. Precisamos de mudanças no olhar que a família e a sociedade têm para com as meninas”, ressaltou Viviane. Tatiana, ganhadora do prêmio “Para Mulheres na Ciência”, em 2007, oferecido pela L’Oréal Brasil, em parceria com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), concorda que o ensino deve ser mais inclusivo. “A ciência deve ser ensinada pensando na diminuição dessas diferenças”. Na UFRJ, projetos de extensão voltados para mulheres e ciência buscam incentivar alunas de escolas públicas do Rio de Janeiro a ingressarem nas áreas científicas e tecnológicas. “Queremos fomentar o interesse delas para que se sintam aptas a trabalhar nessas áreas”, explicou Viviane, coordenadora do projeto ‘Meninas na Química’. “A parte mais importante é poder apresentar possibilidades que não fazem parte do cotidiano delas”, reforçou Tatiana, co-criadora do projeto ‘Tem Menina no Circuito’.

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