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Um ano depois, homenagens marcaram a data em que a vereadora e seu motorista foram assassinados. No Rio, Cinelândia foi ocupada por centenas de pessoas “A gente perdeu tudo. Marielle era nossa força, nosso alicerce. Ela era sorriso e resistência”, resumiu Anielle Silva, irmã da vereadora carioca brutalmente assassinada na noite de 14 de março do ano passado. Para marcar o primeiro ano de sua morte, familiares, amigos e movimentos sociais realizaram homenagens ao longo do dia, em todo o país. No Rio, as principais praças da cidade amanheceram com flores e cartazes com a inquietante pergunta: “Quem mandou matar Marielle?”. Confira fotogaleria do ato na Cinelândia As atividades cobraram justiça para Marielle Franco e para Anderson Gomes, motorista da parlamentar que também morreu na emboscada. A polícia prendeu, no último dia 12, dois acusados de serem os autores do crime. Mas ainda não respondeu se há mandantes e qual a motivação do assassinato. Às 10h, a família da vereadora organizou uma missa na igreja da Candelária, também no Centro. Amigos íntimos e parlamentares do PSOL, partido de Marielle, participaram da celebração. Em meio às lágrimas, eles gritaram “Marielle Presente! Anderson Presente! Hoje e sempre”. Já às 14h, as ativistas do movimento negro Thulla Pires (professora de Direito Constitucional da PUC-Rio) e Wania Sant’Anna (ex-secretária de Direitos Humanos do governo Benedita da Silva) foram as convidadas da aula magna “Eu Sou porque Nós Somos”. A atividade ocorreu de frente para a Câmara dos Vereadores, último local de trabalho de Marielle. Thulla Pires apontou a necessidade de completa elucidação do caso. “Nossos corpos não são ‘matáveis’. Há muitas perguntas sem resposta. Não sabemos quem e como desligou as câmeras da região onde Marielle foi assassinada. Não sabemos como armas e munições de uso restrito foram extraviadas. Quem são os mandantes e qual a motivação para o crime”, disse. Wania Sant’Anna destacou as vivências da parlamentar, que tornaram Marielle ícone das causas que defendia. “Ela carregava no corpo suas pautas. Era negra, mulher de favela, lésbica, mãe. Marielle representa a trajetória das mulheres negras deste país. Confronta a questão racial em suas múltiplas existências. Ela é resultado de grandes gerações, de muitas gerações”. Marinete Silva, mãe de Marielle Franco, desabafou: “Nenhuma mãe gostaria de estar aqui. Não é a ordem natural das coisas”, disse, muito emocionada. Para ela, o legado da vereadora é o que dá forças para seguir. “Minha filha germinou. Virou semente e está brotando por todos os espaços. Ela era luz. Fazia política com afeto”. Homenagem na UFRJ A Escola de Comunicação batizou simbolicamente a rua entre o Palácio Universitário e o Centro de Produção Multimídia, no campus Praia Vermelha, de Rua Marielle Franco. A homenagem aconteceu também no dia 14. A intenção agora é formalizar um pedido de nomeação definitiva do espaço junto à Congregação da ECO e ao Conselho Universitário.

Um grupo de aproximadamente vinte terceirizados compareceu à última sessão do Conselho Universitário, dia 14. Os trabalhadores contratados pela firma Proserviços denunciaram atraso no pagamento dos salários e benefícios. “É uma falta de respeito das empresas terceirizadas”, desabafou Luciana Calixto. “Estamos com salário atrasado há um mês. E, por dois meses, a alimentação”, completou. A representante dos funcionários relatou problemas nas condições de trabalho como falta de luvas de proteção e material de limpeza. E solicitou a mediação da administração: “Pedimos ajuda à reitoria. A empresa diz que a universidade não paga, a administração diz que não tem ciência da situação”, disse. O protesto contou com apoio do Sintufrj. A coordenadora do sindicato dos técnicos, Neuza Luzia, cobrou mecanismos de “controle e punição” das empresas. O reitor Roberto Leher informou que a empresa Proserviços “foi notificada e passará por sanções administrativas e econômicas por descumprimento de termos do contrato”. A administração acatou a solicitação de composição de uma comissão entre as pró-reitorias de Planejamento (PR3) e de Governança (PR6) com os funcionários para dar “respostas emergenciais” à situação dos funcionários. Moção de solidariedades aos ex-dirigentes e por Marielle O Conselho Universitário do dia 14 aprovou moção de apoio ao ex-reitor Carlos Levi e mais quatro ex-dirigentes da UFRJ condenados pela Justiça Federal. Cabe recurso da decisão ainda. As acusações dizem respeito à gestão de convênio entre a universidade e o Banco do Brasil, no período de 2005 a 2011. A administração do contrato foi realizada pela Fundação Universitária José Bonifácio. O decano do Centro de Tecnologia, Walter Suemitsu, relacionou “a criminalização de dirigentes” a um “movimento de destruição da universidade pública”: “Precisamos de uma mobilização permanente contra isso”, avaliou. A sessão aprovou ainda uma moção em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) e a seu motorista, Anderson Gomes, assassinados há exatamente um ano.

Alunos do campus da UFRJ em Duque de Caxias compareceram à reunião do Conselho Universitário desta quinta-feira (14) para protestar contra o atraso das aulas. A falta de infraestrutura elétrica para a instalação de aparelhos de ar-condicionado nas salas fez o conselho deliberativo local adiar o início do ano letivo por duas semanas em relação ao calendário acadêmico geral. O começo está previsto para 25 de março, mas os estudantes temem que haja novo adiamento.

"Desde agosto, quando mudaram o local das salas de aula, havia este problema. E continuamos sem ar condicionado porque a fiação não suporta a carga elétrica", disse o estudante de Nanotecnologia Getúlio Silva e Souza Júnior. As obras estão em andamento, mas a direção da unidade informou que existe a possibilidade de as instalações não estarem prontas até a data prevista. "A direção local disse que talvez as aulas não comecem em 25 de março. É um absurdo. Xerém existe, acontecem pesquisas e queremos que as aulas comecem até o dia 25", completou o estudante.

Durante a reunião, o reitor Roberto Leher disse que já pediu à prefeitura universitária que apresente um cronograma de trabalho das instalações para agendar uma reunião com a direção e os alunos do campus.  "O adiamento das aulas é muito preocupante. A ideia é conversar com a Prefeitura da UFRJ", afirmou.

O campus de Duque de Caxias em Santa Cruz da Serra foi inaugurado em agosto passado e recebeu quatro cursos de graduação que funcionavam no polo de Xerém, também em Caxias, onde as salas de aulas ocorriam em contêineres. Embora as aulas tenham sido transferidas, algumas pesquisas continuaram em Xerém.  O novo campus oferece cursos de graduação em Biofísica, Biotecnologia e Nanotecnologia.

A Adufrj promoveu reunião no CT para esclarecer sobre a possibilidade de migração para o regime complementar de previdência. Confira vídeo da atividade A Adufrj promoveu reunião para esclarecer professores e técnicos-administrativos sobre a possibilidade de migração para o regime complementar de previdência, gerido pelo Funpresp. Servidores públicos federais receberam nesta semana uma carta do Ministério da Economia sobre o assunto, o que gerou uma série de dúvidas. A reunião ocorreu nesta terça-feira na sala D-220, no segundo andar do bloco D do Centro de Tecnologia, no campus do Fundão, e contou com a participação da assessora jurídica da Adufrj Ana Luísa Palmisciano. Confira como foi:  

Diretoria da Adufrj divulga nota em que manifesta indignação com a sentença de condenação, em primeira instância, do ex-reitor Carlos Levi e de mais quatro ex-dirigentes da UFRJ. Eles são acusados de irregularidades na gestão de um convênio entre a universidade e o Banco do Brasil, de 2005 a 2001. Cabe recurso à decisão da Justiça Federal. "A diretoria da AdUFRJ manifesta sua indignação com a condenação, em primeira instância, na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de servidores da UFRJ (professores e técnicos) que atuaram na gestão da Universidade. Não há absolutamente nenhum indício de que tenham enriquecido durante o período relativo à denúncia e, pelo contrário, abundam as evidências de que os recursos mencionados na mesma foram efetivamente aplicados na universidade. A administração de uma estrutura ampla e complexa como a UFRJ interpõe enormes desafios. Num momento especialmente crítico para as universidades brasileiras, esta condenação se soma aos ataques em série que temos sofrido. Reitera uma postura punitiva, pouco comprometida com o entendimento da realidade universitária e que termina por desestimular aqueles que se esforçam por melhorar a gestão em um contexto tão adverso. A diretoria da AdUFRJ se solidariza e se coloca inteiramente à disposição dos nossos colegas para colaborar em todos os caminhos necessários para que tal injustiça não permaneça. E assim será em toda ocasião em que a Universidade, e aqueles que a constroem cotidianamente, forem injustamente atacados."

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