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Após três meses de imobilismo e muitas trocas de cargos, o Ministério da Educação tem uma nova equipe mais alinhada ao Ministério da Economia, afastada dos militares e sem relação direta com a área Após três meses de imobilismo e muitas trocas de cargos, o Ministério da Educação tem uma nova equipe mais alinhada ao Ministério da Economia, afastada dos militares e sem relação direta com a área. Abraham Weintraub, antes secretário-executivo da Casa Civil, substituiu Ricardo Vélez no comando da pasta. Próximo ao presidente Jair Bolsonaro, seguidor do escritor de extrema direita Olavo de Carvalho, Weintraub tem pouca experiência em gestão pública e em educação. Economista com mestrado em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, é professor licenciado de Ciências Contábeis na Unifesp, onde ingressou em 2014. Com carreira no setor financeiro - trabalhou por 18 anos no Banco Votorantim e depois foi sócio de uma empresa de investimentos -, cuidava da reforma da Previdência na equipe de transição de Bolsonaro. Weintraub trocou quase todo o secretariado com nomes da Casa Civil e do Ministério da Economia, formado em sua maioria por economistas ou especialistas em finanças. Dos escolhidos, apenas um tem experiência na área educacional, mas ligada a instituições particulares do ensino superior. Ficaram nos cargos os atuais secretários de Alfabetização e de Modalidades Especializadas. Durante sua posse, o ministro ameaçou quem não estiver afinado com as diretrizes do governo. “A gente vai pacificar o MEC. Como funciona a paz? A paz a gente está decretando agora que o MEC tem um rumo, uma direção, e quem não estiver satisfeito com ela, por favor avise, que vai ser tirado.” Há duas semanas, quando o tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira foi nomeado para a Secretaria-executiva, presumia-se que a ala militar ganharia força no MEC contra os olavistas. O militar, porém, durou dez dias na função. Antes de sair, concluiu decreto que retirou a orientação de adotar o método fônico de alfabetização, defendido por olavistas. Na avaliação do professor emérito da Unicamp Dermeval Saviani, a mudança no MEC equivale a “trocar seis por meia dúzia”. “Ele é tão ou mais reacionário que o anterior”, afirmou, ao citar um vídeo no qual o novo ministro aparece ao lado do irmão Arthur e defende que se deve responder com xingamentos quando se falar em comunismo ou em socialismo. Os dois faziam uma palestra sobre como “vencer o marxismo cultural nas universidades” na Cúpula Conservadora das Américas, em dezembro. “Estamos em uma situação de retrocesso, com orientação ultraneoliberal. Já antevemos que a educação vai sofrer privatizações, terceirizações e redução dos recursos públicos”, disse Dermeval. O Professor Titular da Faculdade de Educação da UFRJ Luiz Antônio Cunha, analisa as mudanças como “uma tentativa de substituir um ministro marcado pela inação por alguém que vai mostrar muita atividade sobre aquilo que ele mais entende, as finanças”. Na sua avaliação, Weintraub tem uma característica financista que deve “convergir com a orientação máxima do ministro da Economia, Paulo Guedes: a desvinculação do orçamento, especialmente da Educação”.

Especialistas em finanças na educação

ANTONIO PAULO VOGEL DE MEDEIROS Novo secretário-executivo do MEC. Era adjunto de Weintraub na Casa Civil. Atua em finanças públicas há 20 anos e foi secretário de Fernando Haddad na Prefeitura de SP. JANIO CARLOS ENDO MACEDO Novo Secretário de Educação Básica. Aposentado do Banco do Brasil, estava na pasta da Economia, onde foi adjunto da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal. ARNALDO BARBOSA DE LIMA JUNIOR Novo Secretário de Educação Superior, Economista e servidor, era diretor da Funpresp. Atuou nas pastas da Fazenda e do Planejamento nos governos Lula e Dilma.

Pela primeira vez, a maior universidade federal do país será comandada por uma mulher, a professora titular Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica. O professor titular Carlos Frederico Leão Rocha, do Instituto de Economia, será o vice-reitor Pela primeira vez, a maior universidade federal do país será comandada por uma mulher. A professora titular Denise Pires de Carvalho (Instituto de Biofísica), 54 anos, foi eleita em primeiro turno com votos de professores, técnicos e alunos da universidade. A apuração entrou pela madrugada. Denise agradeceu o apoio de todos e disse que pretende levar à frente o trabalho na administração central dialogando com todos e em busca de união da comunidade universitária." A UFRJ vai ser muito diferente", disse.  A chapa vencedora, Chapa 10, A UFRJ vai ser diferente, conta com o professor titular Carlos Frederico Leão Rocha, 54 anos, (Instituto de Economia) para o cargo de vice-reitor, que já foi vice-presidente da Adufrj. Os candidatos da chapa 40 reconheceram a vitória em primeiro turno da chapa adversária. "Denise, fica tranquila porque nós não vamos apresentar nossos nomes na lista tríplice", afirmou o professor Oscar Rosa Mattos, em referência à votação no Colégio Eleitoral, dia 30.

Diretoria da Adufrj enfatiza a importância do comparecimento de toda a comunidade acadêmica à votação para legitimar e fortalecer a autonomia da universidade A UFRJ realiza nos próximos dias 2, 3 e 4 o primeiro turno da pesquisa para a escolha da nova reitoria. Professores, estudantes e técnicos podem votar nas 42 seções eleitorais espalhadas pelos vários campi. Se nenhuma das chapas obtiver maioria, haverá segundo turno. O resultado da votação será encaminhado para o Colégio Eleitoral, formado pelos integrantes do Conselho Universitário (Consuni), do Conselho de Ensino de Graduação (CEG), do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) e do Conselho de Curadores. O Colégio Eleitoral encaminhará ao governo federal a lista tríplice. Caberá ao presidente da República a nomeação dos novos dirigentes da UFRJ, que assumirão um mandato de quatro anos. Quanto maior engajamento da universidade nesse processo, maior será o custo político de uma eventual arbitrariedade. A diretoria da Adufrj enfatiza a importância do comparecimento de toda a comunidade acadêmica, essencial para legitimar e fortalecer a autonomia da universidade na atual conjuntura. É fundamental que os eleitos tenham respaldo para enfrentar as adversidades, que são muitas. As restrições orçamentárias para a Educação, Ciência e Tecnologia são gigantescas, a liberdade de cátedra está ameaçada, a reforma da previdência paira sobre o nosso futuro. Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ servirá de referência para outras instituições de ensino superior. Nessa edição especial de oito páginas do Boletim da Adufrj, trazemos as propostas de todas as três chapas para os principais desafios da universidade. Os textos foram escritos pelos candidatos. A ordem das respostas segue a das inscrições no processo eleitoral. A Diretoria da Adufrj afirma assim seu papel de produzir informação de qualidade e isenta para subsidiar as decisões dos eleitores. Conclamamos professores, alunos e técnicos a votar e defender uma UFRJ pública, gratuita e de qualidade. Boa leitura e bom voto! Diretoria da Adufrj

Que UFRJ os candidatos esperam encontrar e que UFRJ esperam deixar ao final de um mandato de quatro anos? E quais são as propostas para os principais desafios da universidade? Reunimos as expectativas e as propostas da três chapas para os principais desafios da universidade. Os textos foram escritos pelos candidatos. A ordem das respostas segue a das inscrições no processo eleitoral

QUE UFRJ ESPERA ENCONTRAR ?

CHAPA 20 REITOR: ROBERTO BARTHOLO - Coppe VICE-REITOR: JOÃO FELIPPE CURY MARINHO MATHIAS - Instituto de Economia NÓS TEMOS GRAVES problemas na UFRJ. Existe um nó entre o estrangulamento orçamentário do Brasil que atinge a UFRJ e o anacronismo e a disfunção da gestão da nossa universidade. Estes aspectos se entrelaçam, um agravando o outro. As prioridades adotadas até o presente não foram felizes em lidar com estes problemas, menos ainda em reconhecer esse nó. Essa atitude explica tragédias como o Museu Nacional, explica os pequenos e médios desesperos e desastres em cada lugar e em tantos momentos, explica a distância entre o que se anuncia, o que se promete e o que acaba se tendo de fato. TODOS CONCORDAM que tem-se menos dinheiro do que se precisa, Tem-se mau uso do pouco dinheiro que se tem. MAS A CHAPA 20 entende que apenas a sua proposta compreende que se tem mesmo é um nó, que não há caminho lidando com cada aspecto em separado, que adianta pouco oferecer solução para uma parte de cada aspecto, para soar otimista e positivo, ao invés de encarar o nó em sua totalidade. ESSA É A SITUAÇÃO e o rumo para a continuada degradação da nossa infraestrutura, do empobrecimento de nossas atividades, do desestímulo a se empenhar que atinge a todos nós, docentes, técnicos, administradores e estudantes. Por erros de prioridade na situação atual ou nas propostas para a reitoria sentimos ainda o quanto de nosso tempo e energia são gastos com coisas que não deveriam ser prioridade ou mesmo ter lugar em nossas vidas. Tantas coisas faltam, tantas coisas subtraem o que deveria ser disponível e articulado para a busca e a realização das coisas que valem a pena. Foi talvez inevitável que nessa situação se tenha, por vezes, a manipulação de apetites ou de medos para obter vantagem ou influência – para depois deixar de lado a quem se iludiu. TEMOS QUE LIDAR com isso, buscar desatar o nó em termos de recursos, em termos de gestão, em termos de prioridades. Em termos de recursos, há que se ter claro que não há perspectiva de um aumento substancial de recursos orçamentários. Em termos de gestão, há coisas que precisam ser reconhecidas e mudadas – o anacronismo e a disfunção em processos, padrões e modelos de gestão de tantos aspectos da vida universitária da UFRJ. Em termos de prioridades, não é possível imaginar solução quando se oferece e promete ou bem continuidade como se ela fosse boa, ou bem possível prioridade para todos os lugares em que se passa para obter apoio. É ASSIM QUE A CHAPA 20 avalia a situação da UFRJ. CHAPA 10 REITORA: DENISE PIRES DE CARVALHO - Instituto de Biofísica VICE-REITOR: CARLOS FREDERICO LEÃO ROCHA - Instituto de Economia A UFRJ ESTÁ EM CRISE. É uma das maiores e melhores universidades do Brasil e da América Latina. O arcabouço acadêmico tem sido muito pouco afetado pois houve reposição dos quadros de docentes e técnicos nos últimos anos. No entanto, as gestões acadêmica e administrativa da universidade não têm sustentado os avanços necessários para garantir o seu protagonismo. As equipes que têm ocupado a administração central não têm sido capazes de implementar políticas inovadoras e de vanguarda. Portanto, a UFRJ da atualidade encontra-se defasada e precisa reencontrar o rumo da excelência acadêmica. FUNDAMENTALMENTE, temos uma universidade incapaz de se discutir. Os Conselhos Superiores estão esvaziados. Deixaram de tratar as pautas relevantes. A universidade carece de institucionalização, transparência e democracia, na medida em que não são discutidos os temas relevantes que a devem guiar. SOB O PONTO DE VISTA ORÇAMENTÁRIO, a universidade está quase quebrada. Receberemos uma universidade com pagamentos atrasados que ultrapassam 50% de seu orçamento. Para resolver essas questões, é necessário redimensionar o orçamento, renegociar dívidas e encontrar alternativas que permitam um aumento de sua arrecadação. AS TAXAS DE EVASÃO cresceram e a permanência estudantil está comprometida. Devemos elaborar um diagnóstico sobre o desempenho dos cursos de graduação e reestruturar as políticas de permanência estudantil visando ao aumento no número de concluintes. A INFRAESTRUTURA PREDIAL está deteriorada afetando as condições de trabalho e a permanência estudantil em nossas instalações, o que claramente tem efeito sobre o nosso desempenho acadêmico. As obras inacabadas e a infraestrutura predial precária devem ser o foco de atuação da futura reitoria. PARA QUE AS ATIVIDADES de ensino, extensão, pesquisa, inovação e internacionalização possam ocorrer com qualidade, é preciso modernizar a UFRJ. Novos sistemas de informação devem ser colocados em prática, além de mecanismos que permitam melhorar a comunicação e a infraestrutura acadêmicas. A UFRJ tem excelentes estudantes, técnicos e docentes. No entanto, eles não têm desenvolvido as suas atividades na plenitude, por falta de capacidade na administração central. UMA SENSAÇÃO PRESENTE na UFRJ neste momento é a insegurança quanto às instalações, à violência urbana, à capacidade de realização de atividades. É esse o sentimento que queremos mudar. CHAPA 40 REITOR: OSCAR ROSA MATTOS - Coppe VICE-REITORA: MARIA FERNANDA QUINTELA - Instituto de Biologia A UFRJ DE HOJE é melhor que a do passado. É melhor porque mantém sua qualidade com mais democracia. Não apenas segue em boa posição entre as melhores universidades da América Latina – segundo aferição da Capes, em rankings (insuficientes) como o Times Higher Education, o Ranking Universitário da Folha e o Academic Ranking of World Universities (Xangai) –; como foi capaz de avançar na produção científica mundial em áreas estratégicas (arboviroses, neurociência, biotecnologia molecular, petróleo e gás, entre outras). A democracia vitaliza nossa universidade. Prova disso é que, apenas no período Vilhena, um reitor que não foi escolhido pela comunidade, com sua suposta política de excelência, os índices de produção científica e a qualidade dos programas de pós-graduação afundaram. NOSSA UNIVERSIDADE MELHOROU justamente quando ocorreu profunda mudança no perfil socioeconômico de seus estudantes. Melhorou porque atende melhor aos interesses da sociedade, apesar das imensas dificuldades que enfrenta. Neste período, a UFRJ criou uma Pró-Reitoria específica para as políticas estudantis, a PR7. Constituiu o seu Complexo de Formação de Professores. Estabeleceu política de qualificação de seus servidores (PQI). Os técnico-administrativos estão mais valorizados, compondo cerca de metade dos cargos da alta administração da instituição. As unidades hospitalares e os institutos especializados estão em franca melhoria. Mais recentemente, a universidade iniciou a democratização da pós-graduação. Esses processos a fizeram melhor. A DESPEITO DISSO TUDO, a universidade sofreu um estrangulamento orçamentário inédito. Em valores constantes, a universidade perdeu R$ 200 milhões ao ano em relação ao orçamento de 2014 a 2016. A pesquisa vem tendo perdas com a crise orçamentária no MCTIC (CNPq, Finep) e na Faperj, agora em retomada. A infraestrutura está exaurida em diversas áreas. Muitos servidores estão apreensivos justamente com a reconfiguração da Previdência. Os desafios não são pequenos. E HÁ MUITO O QUE FAZER. Institucionalizar o campus Macaé e concluir a transferência de Xerém para o campus de Santa Cruz da Serra. Prosseguir e ampliar os esforços de busca de recursos para a reconfiguração do Museu Nacional, juntamente com sua extraordinária equipe. Institucionalizar o Conselho da Extensão, que já é parte do percurso formativo de nossos estudantes. Apoiar a consolidação do novo ramo da biotecnologia do Parque Tecnológico, o qual é referência em todo país. Nós, da chapa 40, enfrentaremos as dificuldades lutando pela qualidade com mais democracia!

QUE UFRJ ESPERA DEIXAR?

CHAPA 20 REITOR: ROBERTO BARTHOLO - Coppe VICE-REITOR: JOÃO FELIPPE CURY MARINHO MATHIAS - Instituto de Economia UMA UFRJ SAUDÁVEL, uma UFRJ alegre, uma UFRJ querida: uma UFRJ Minerva 2.0. UMA UFRJ EM QUE SE ADOTOU uma perspectiva de pragmatismo visionário. Em que se reconheceu a necessidade de dar conta do nó do estrangulamento orçamentário e das disfunções e anacronismos de gestão e em que se levou adiante uma prioridade suprema e constante na atividade universitária: os cursos de graduação. EM QUE SE TROUXE o gerenciamento de riscos para o centro das políticas acadêmicas e universitárias. Em que se trouxe a gestão da universidade ao estado da arte do século 21 pela incorporação das novas tecnologias de informação e comunicação na gestão. Em que se libertou a universidade para que pudesse ir à sociedade em busca de relacionamentos com organizações extrauniversitárias em colaborações, parcerias e contratos que alavanquem os recursos extraorçamentários de que necessitamos. EM QUE SE DESATOU O NÓ por inovações institucionais pelas quais o funcionamento da universidade ficou mais fácil tendo aliviado a carga de atividades meio em prol de atividades fins mais vibrantes e fecundas. Em que se experimentaram e se seguiu abrindo novas formas de relacionamento com a sociedade e com o mundo, enriquecendo a passagem universitária, alargando oportunidades de ensino-aprendizado e de intervenção, trazendo recursos extraorçamentários capazes de sustentar a universidade que desejamos. EM QUE, AO DESATAR O NÓ e se perseguir a prioridade dos cursos de graduação de mais alta qualidade, que todos, dentro e fora da universidade, tenham visto, sentido, sabido, apreciado e se sentido chamados ao empenho de fazer florescer e seguir fazer florescendo as pequenas coisas. Que as coisas cotidianas tenham passado a ser feitas a contento, com segurança, com saúde, com desfrute, e sim, com alegria. É JUSTAMENTE NESSE SENTIDO que afirmamos o nome de nossa chapa Minerva 2.0. Minerva, fonte originária de nossa identidade como universidade, referência a uma tradição, uma herança, a um legado que estamos comprometidos a zelar e desdobrar suas repercussões no tempo. 2.0, o reconhecer a necessidade de que, para estarmos à altura desse compromisso, necessitamos atualizá-lo, necessitamos fazer da Minerva contemporânea, formando cidadãos livres e competentes. Ofertando a todos aqueles que venham a passar pela Universidade Federal do Rio de Janeiro condições para percursos formativos mais abertos nas relações mais diversificadas, fecundas, provocantes e amplas com o mundo do século 21. CHAPA 10 REITORA: DENISE PIRES DE CARVALHO - Instituto de Biofísica VICE-REITOR: CARLOS FREDERICO LEÃO ROCHA - Instituto de Economia DEVEMOS RESGATAR o orgulho de ser UFRJ. Nosso objetivo é colocar de volta a Universidade no caminho da excelência acadêmica, da criação e da formação de pessoas com qualidade. Queremos entregar uma universidade que possa se discutir e liderar processos. PARA ISSO, OS CONSELHOS superiores pautarão as questões relevantes, dentre as quais aquelas relacionadas às mudanças estatutárias para a necessária institucionalização e regulamentação dos novos campi e dos complexos hospitalar e de formação de professores. Proporemos a criação de novos conselhos superiores de Extensão, de Administração e de Gestão de Pessoas. Instalaremos a comissão temporária de alocação de vagas de servidores técnico-administrativos após o seu dimensionamento. Os concursos para funcionários serão descentralizados, como acontece com os concursos docentes. NO ÂMBITO DO ENSINO, teremos uma universidade com menor evasão e esperamos superar as questões de permanência com ações efetivas de política estudantil. Isso está associado à ampliação dessas políticas para atuação também nas frentes acadêmicas e de convivência. Nosso programa contém uma série de ações como a criação de núcleos de assistência psicológica, criação de superintendência estudantil de desportos. No entanto, mais importante, devemos ser capazes de discutir formas de ensino alternativas com maior engajamento de pessoas. Na pós-graduação, a universidade terá maior interação entre seus programas e procuraremos elevar a sua qualificação. Uma iniciativa bastante interessante é a criação de programas de pós-graduação do tipo “casadinhos internos”, que promoverão a atuação de orientadores de programas 6 e 7 nos programas avaliados como 3, 4 e 5 pela Capes. COM RELAÇÃO À PESQUISA, nossa primeira ação será a discussão e a normatização do Marco Legal da Ciência e Tecnologia, além da aprovação de uma Política de Inovação. Pretendemos aumentar a capacidade de criação da universidade, tanto no âmbito científico, quanto no cultural. Isso também passará por promover maior segurança jurídica e mais uma iniciativa de institucionalização relacionada à atuação de nossas fundações de apoio. A UFRJ TEM UM CONJUNTO de prédios históricos importantes. Em geral, seu estado de conservação está aquém do desejado. Implantar formas de financiamento para a manutenção desses edifícios é um desafio que pretendemos superar. Isso significa que devemos entregar uma universidade que encontra soluções alternativas. FUNDAMENTALMENTE, queremos entregar uma universidade mais segura e acolhedora, uma universidade capaz de interagir com a sociedade e que se apresente sob os preceitos democráticos, de transparência e de excelência acadêmica que a devem caracterizar. A UFRJ vai ser diferente. CHAPA 40 REITOR: OSCAR ROSA MATTOS - Coppe VICE-REITORA: MARIA FERNANDA QUINTELA - Instituto de Biologia AO FINAL DO MANDATO, pretendemos fazer um balanço comprovando que a excelência seguiu avançando com a universidade democratizada e que os jovens de diversas origens possam se sentir felizes na UFRJ. E que todas e todos estudantes possam concluir seus cursos com amor à ciência, à cultura, à tecnologia e à arte. Com a melhoria das condições de trabalho de nossa comunidade, lutaremos para reduzir fortemente a evasão, tornando possível o sonho dos jovens. Trabalharemos para que o Projeto de Valorização do Patrimônio do BNDES esteja dando seus primeiros frutos, por meio de um inspirador Espaço Cultural da UFRJ, novas moradias estudantis, restaurantes em todos os campi e no Centro, que todos que encontram-se na Praia Vermelha e nas unidades do Centro estejam em condições dignas, da reforma estrutural do CCS e dos novos laboratórios multiusuários. Lutaremos para que o Complexo Hospitalar esteja plenamente concluído e que o mesmo tenha entrado na pauta do Orçamento da União. ESTAREMOS JUNTO COM AS LUTAS democráticas em prol da mudança nas prioridades do orçamento da União, educação, saúde, direitos humanos fundamentais, direitos sociais universais. Nessas lutas, junto com a Andifes, os coletivos estudantis e os movimentos docente e de servidores técnico- -administrativos, pretendemos assegurar a recomposição do orçamento das universidades federais aos valores corrigidos da LOA (2014-2016) e a ampliação da verba do PNAES, transformado em lei. E que as receitas próprias tenham liberação orçamentária imediata. LUTAREMOS PARA QUE O MEC estabeleça um montante orçamentário para custear as obras interrompidas, um compromisso há anos postergado. Lutaremos para entregar à futura gestão uma UFRJ sem obras interrompidas e com o agendamento da data de inauguração de todo complexo do Museu Nacional, prédio central, anexos e acervos e nos emocionar com a festa no país, em que milhares de pessoas estarão se dirigindo para celebrar a sua reconstrução. E que todas as edificações (e campi) estejam em condições de plena segurança, aferida de modo técnico. PRETENDEMOS AVANÇAR NA DIVERSIFICAÇÃO das áreas de atuação do Parque Tecnológico, incluindo a cultura. Muitas de nossas metas dependem, como é perceptível, das lutas democráticas em nosso país. Essa é nossa perspectiva: a universidade somente será melhor em um país melhor, em que o conhecimento, em todas as suas dimensões, seja compreendido como parte de um processo civilizatório e democrático. Leia também as propostas dos candidatos para: ORÇAMENTO E GESTÃO DE SEGURANÇA INFRAESTRUTURA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CANECÃO        

Oscar Rosa Mattos, candidato a reitor pela Chapa 40, "Unidade e Diversidade", anunciou mudanças na equipe da reitoria, caso seja eleito: a professora Débora Foguel, do Instituto de Bioquímica Médica, ocupará a Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – ela já ocupou o cargo na gestão de Carlos Levi (2011-2015). Apoiado pela atual gestão da universidade, ele informou que também substituirá o comando das pró-reitorias de Graduação e Extensão. O servidor Luiz Felipe Cavalcanti será mantido no cargo de pró-reitor de Políticas Estudantis. O professor também afirmou que manterá técnico-administrativos à frente da PR-3 (Finanças), PR-4 (Pessoal) e PR-6 (Gestão e Governança), mas não deu nomes. Os anúncios foram feitos durante encontro na Coppe, dia 28. Os professores Oscar Rosa Mattos e Maria Fernanda Quintela fecharam o ciclo de apresentações realizadas pelas três candidaturas, separadamente. Os principais desafios para qualquer das chapas que vencer a disputa, em sua visão, dizem respeito à Emenda Constitucional 95 (do teto de gastos), à Reforma da Previdência, e uma ameaça de ‘lava jato’ da educação. “Não há política de gestão que dê conta de resolver o caos que será a aposentadoria de três mil pessoas. Este é o quantitativo que já está em condições de se aposentar na universidade. Precisamos estar unidos para sobreviver a este momento”, disse. O docente assumiu o compromisso de buscar resgatar um patamar orçamentário “compatível” com as necessidades da UFRJ. “Hoje, nosso orçamento remonta ao de 2011, mas hoje somos muito maiores que em 2011. Os custos também são maiores”. A chapa defendeu a necessidade de “inovar” na captação de recursos próprios, reforçar a atuação junto ao Congresso para a captação de emendas parlamentares e dar continuidade à parceria com o BNDES. A política de assistência estudantil da atual reitoria será mantida, segundo os candidatos. Eles se comprometeram a não estipular políticas sem ouvir os estudantes. “Em caso de ‘cobertor curto’ não tomaremos nenhuma decisão de cima para baixo. Buscaremos o diálogo e consenso”, afirmou o reitorável. Maria Fernanda Quintela criticou a política de Extensão tocada pela atual gestão. Para ela, são necessárias mudanças. “Acreditamos que a discussão precisa vir das Unidades e Centros, porque somos muito diversos. Extensão para a Coppe é diferente do que é Extensão para o programa do CCS que trata a hanseníase na Baixada Fluminense”, comparou a candidata. Outro ponto destacado a respeito do tema é a creditação dos projetos de Extensão para a graduação. “As informações precisam estar sistematizadas. Se não houver 10% de créditos de Extensão no currículo, os estudantes não recebem o diploma”, exemplificou. “Também precisamos responder e sistematizar a creditação para a progressão docente. É uma outra vertente da mesma questão”. Encontros proveitosos Para o diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, o ciclo de encontros com as chapas permitiu que a comunidade acadêmica conhecesse melhor as propostas de cada candidatura. “O formato ajudou muito. Conseguimos ter uma programação em que as chapas apresentaram seus principais eixos de ação e puderam ser interpeladas pelos presentes. Sugiro que seja repetido nas próximas eleições. Considero que este seja o caminho”. A professa Angela Uller, da Coppe, também elogiou a elaboração dos debates. “O formato é muito bom. Pena que não foi replicado em outras unidades”. Para ela, a ação deveria permanecer após as eleições. “Os reitores precisam ouvir a voz de sua comunidade em encontros periódicos, não apenas por mediação de representantes nos conselhos”. Sobre a apresentação da chapa, o que chamou sua atenção foi “o tom conciliador e o discurso de sermos um só”.  

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