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Proposta que altera resolução do Consuni sobre critérios de progressão e promoção provocou intensa polêmica entre professores. Pró-reitoria de Extensão defende a mudança Uma proposta de mudança na resolução do Consuni que trata do desenvolvimento na carreira docente provoca polêmica na UFRJ. O documento, que circula nas unidades e centros, mexe na parte de Extensão da universidade e muitos professores manifestaram preocupação com um possível cerceamento às atividades da área. Já a Pró-reitoria de Extensão (PR-5) argumenta que o objetivo é aperfeiçoar a legislação. A professora Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica, estava no Conselho Universitário quando a resolução nº 08, de 2014, foi aprovada. Segundo ela, após muita discussão: “Tentamos que o texto ficasse o mais amplo possível, mas sem deixar muito livre. A UFRJ é muito grande, muito diversa”, afirmou. Denise não entende a iniciativa para reformulação do texto, sem demanda das unidades. Para a professora, a proposta restringe o número de atividades que hoje são consideradas de Extensão. Diretora do Instituto de Matemática, a professora Walcy Santos critica a obrigatoriedade de registro no sistema da PR-5 para a progressão na carreira. Ela deu como exemplo a palestra que fez em uma escola, a pedido de um colega que possui projeto na área: “Atualmente, essa atividade conta; não sei como ficará com as novas regras”, observou. Hoje quando um docente apresenta um relatório de progressão, a pontuação referente a projetos de extensão relativos à integração com a comunidade, como aulas em escolas públicas, pode ser aprovada tanto pela unidade quanto pelo sistema da reitoria. Com a mudança proposta, a pontuação só ocorrerá para projetos registrados na PR-5. A pró-reitora Maria Malta esclarece que haverá pontuação se o projeto estiver cadastrado no sistema e que isso é uma forma de dar transparência e institucionalidade ao processo. Segundo ela, o trecho da resolução está sendo discutido desde 2016 num fórum de coordenadores da área, a chamada Plenária de Extensão. “Estamos nos preparando para quando a discussão retornar ao Consuni”, disse. A proposta, formulada por uma comissão com um representante de cada Centro, foi distribuída às unidades em agosto, mas sucessivos pedidos de adiamento impediram uma definição. Em 7 de maio, será feito um novo cronograma. Maria Malta diz que os novos parâmetros, se aprovados, respeitam a diversidade das unidades.

O Salão Pedro Calmon, no campus da Praia Vermelha, foi o palco de uma celebração especial, na noite do último dia 24: o aniversário de 88 anos da ex-deputada federal e professora emérita da UFRJ, Maria da Conceição Tavares. Teve bolo e flores para a homenageada. Mas o grande presente, para ela e para o público, foi o lançamento de um documentário sobre sua vida e obra.

Ao longo de 72 minutos de “Livre Pensar”, título da recém-produzida cinebiografia, o espectador pode acompanhar a obstinada trajetória da economista em defesa da justiça social. Uma busca que acontece nas universidades onde deu aulas, no Congresso Nacional e no governo de José Sarney. Em uma das entrevistas, de 1995, reproduzidas no filme, a professora critica o discurso de que uma economia precisa, primeiro, estabilizar, depois crescer e depois distribuir: “Nem estabiliza, cresce aos solavancos, e não distribui. E essa é a história da economia brasileira desde o pós-guerra”, criticou à época. Ao final da exibição, a homenageada soprou as velinhas de um bolo, fez um breve discurso de agradecimento e elogiou o trabalho do cineasta José Mariani.

“No meu caso, os filmes vão se desdobrando, um vai gerando o outro. Fiz um filme sobre o Celso Furtado. Filmei um depoimento fantástico dela. Fiz outro filme, ‘Um Sonho Intenso’, filmei ela de novo. A gente vai descobrindo um caminho, essa mulher é um personagem, tem carisma”, explicou Mariani à reportagem da Adufrj. Ele contou que a cinebiografia consumiu dois anos de intenso trabalho. O alvo do filme é o público universitário, mas existem negociações para levar a obra para a TV fechada e para o circuito de cinema.

O diretor do Instituto de Economia, David Kupfer, foi só elogios para o filme e a homenageada: “A Conceição é a alma do Instituto de Economia. Sempre foi a vibração, a imaginação, o conhecimento e a combatividade das ideias daqui”, disse. Ele destacou que o filme é feito numa linguagem acessível para o público em geral. “Não é só para acadêmicos”, completou.

Maria da Conceição Tavares assistiu ao filme ao lado de Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação: “Eu conheci a professora Maria da Conceição Tavares, em 1975, quando ainda era estudante de Economia. São 43 anos de convivência”, afirmou. Segundo Aloizio, a economista contribuiu muito para o pensamento crítico brasileiro: “Extremamente combativa e sempre comprometida com o Brasil, com a distribuição de renda, com a justiça social. O filme vai servir como inspiração para a nova geração ter a mesma garra e o mesmo compromisso com o país”, observou.

As diretoras da Adufrj Maria Lúcia Werneck e Ligia Bahia prestigiaram o evento. Maria Lúcia Werneck, professora aposentada do Instituto de Economia, considerou muito justa a homenagem. “A própria ideia do Instituto foi dela. Ela montou isso aqui”, lembrou. Ela ressaltou a passagem do filme em que Maria da Conceição fala da tolerância com ideias diferentes: “Esse é o espírito da universidade, que, infelizmente, hoje está se perdendo”.

A vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, ressaltou o simbolismo de Maria da Conceição Tavares como professora emérita da UFRJ: “Que nós possamos, esta noite, celebrar a trajetória de uma acadêmica que representa nossa universidade”.

Na manhã desta terça (24), o bloco A do CT recebeu o evento “Agita CT”, uma caravana itinerante que realiza atividades de promoção e prevenção da saúde desde 2016 na UFRJ. O tema de hoje foi a hipertensão arterial, com foco na alimentação saudável, atividades físicas, DSTs e abuso de álcool. Profissionais mediram pressão e glicose dos participantes. O projeto é uma parceria entre o Centro de Tecnologia, a Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST), o Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) e o Espaço Saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj). Samantha Alegria, fisioterapeuta da CPST, explica um pouco dos objetivos do evento: ”A gente passa informação de saúde, previne doenças mais graves e trabalha para que todos sejam multiplicadores da informação”, afirma. De acordo com a profissional, o objetivo é levar a caravana para outros locais da UFRJ. Denise Oliveira, terapeuta ocupacional, destaca a divulgação dos serviços de que a universidade dispõe. “Essa atividade é para criar consciência, mas também apresentar o serviço. A partir desse contato, as pessoas sabem que estamos lá para atendê-las”, conclui. Para mais informações, confira o site do CPST:http://cpst.pr4.ufrj.br/

Objetivo é valorizar conhecimento produzido por e para mulheres, facilitando acesso à produção acadêmica; uma disciplina e um curso de extensão sobre gênero estão nos projetos do grupo Professoras da UFRJ lançaram agora há pouco, na Faculdade de Letras, o Fórum de Mulheres da universidade, com o objetivo de discutir o conhecimento acadêmico produzido por mulheres e sobre mulheres. O grupo lançou três ideias que já começam a ser postas em prática: um banco de dados, para facilitar o acesso à produção acadêmica de mulheres e a citação dessa produção em trabalhos acadêmicos; um projeto permanente de debates, intitulado "Contraepistemologias", com palestras de professoras de várias áreas; e um curso de extensão intitulado "Pensando Gênero". O Fórum se diferencia de outros coletivos de mulheres já existentes já UFRJ por privilegiar a questão epistemológica, ou seja, a forma de produzir e disseminar conhecimento. "A gente vai abordar diretamente a produção do conhecimento, aumentar repertório para tirar essa confusão entre ideologia de gênero e teoria de gênero, que é fundamental. Quem sacaneia o feminismo fica falando de uma ideologia. A gente tem conhecimento a produzir, a bandeira do Fórum é essa", esclareceu a professora Heloisa Buarque de Hollanda, diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/LETRAS/UFRJ). A partir dessa finalidade, o Fórum privilegiará a discussão do conteúdo científico produzido por mulheres. "A gente só estuda homem", resumiu Heloisa, que participou do lançamento.  Beatriz Resende, professora titular da Faculdade de Letras e também integrante do grupo criador do fórum, disse que a ideia é trazer docentes de várias áreas para discutir não só o feminismo, mas a produção de mulheres em várias áreas acadêmicas.  

Seis painéis foram espalhados pela cidade; cinco linhas de ônibus também estão circulando com cartazes exigindo investigação dos assassinatos, ocorridos há mais de um mês   Seis painéis foram fixados no Rio de Janeiro como parte da campanha “Apuração Já”, que cobra o andamento das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Pedro Gomes, no dia 14 de Março. Mais de um mês após o ocorrido, poucas informações foram divulgadas sobre os assassinos e as motivações do crime. Os painéis podem ser identificados na Av Brasil, em frente à FioCruz Manguinhos, na saída 11 da linha Vermelha (Bonsucesso), na Avenida Eng. Tromposwski (entrada da Ilha do Governador), no Catumbi, próximo ao túnel Santa Bárbara e na Avenida Venceslau Brás, em Botafogo. As artes, de autoria de André Hippert, também ilustram outras ações da campanha, como os “busdoors” de cinco linhas de ônibus, que circulam na Zona Norte e na Zona Sul. Além disso, uma faixa foi colocada na Faculdade de Direito, no Centro do Rio, e banners foram espalhados pelo campus do Fundão da UFRJ.

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