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Evento faz parte de campanha de mobilização da associação docente pela apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes A Adufrj realiza nesta quinta-feira, 12 de abril, o debate “Segurança pública, violência e direitos humanos”. O evento é promovido em parceria com professores do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e o Instituto de História. Transmissão será iniciada às 18h30. A atividade faz parte de uma campanha de mobilização da associação docente pela apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Os crimes aconteceram em 14 de março, mas até agora ninguém foi punido. “Será uma discussão sobre as graves violações de direitos humanos em curso. O caso de Marielle é emblemático, mas não é isolado”, explicou a professora Maria Paula Nascimento Araujo, do Instituto de História e diretora da Adufrj. O debate está marcado para as 18h, na sala Celso Lemos (308), no Largo de São Francisco de Paula, nº 1, Centro. Na mesa, estarão Cunca Bocayuva, professor da UFRJ e coordenador da especialização (lato sensu) em Políticas Públicas e Cultura de Direitos do NEPP-DH; Lea Tiriba, educadora e ambientalista da Unirio; Michel Gherman, pesquisador do Núcleo de Estudos da Política da UFRRJ; e Monique Cruz, pesquisadora da ONG Justiça Global. “Nós convidamos tanto professores especialistas em direitos humanos quanto militantes da área, porque avaliamos que a universidade deve ser o espaço de troca de saberes”, complementou Maria Paula.

Mais de 20 dias depois dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ninguém foi responsabilizado pelos crimes. A Adufrj cobra investigação rigorosa. É preciso saber: quem matou Marielle? Por que mataram Marielle? Apuração Já!  

Comunicado informa que jardins das áreas internas da Cidade Universitária serão removidos por causa do corte orçamentário; opção é que gestores dos centros assumam custo de manutenção Um comunicado da Prefeitura da UFRJ causou indignação entre gestores de unidades e centros. Encaminhado no dia 19 de março, o aviso informa que os jardins das áreas internas da Cidade Universitária serão removidos, em função de corte orçamentário imposto pelo governo, ou deverão ficar sob responsabilidade dos administradores dos prédios. “Esta medida será adotada a fim de evitar acúmulo de lixo e proliferação de insetos, motivada pela falta de manutenção”, diz um trecho do documento. Apenas os jardins dos canteiros centrais das vias comuns serão mantidos. O comunicado também fala da mudança na rotina de capina no campus já em vigor este ano: o corte da grama deixou de ser quinzenal e passou a ocorrer uma vez por mês. O motivo seria a redução do valor do contrato com a empresa. O superintendente do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Carlos Quintas, afirmou que o centro só poderia arcar com o custo da jardinagem se houvesse aumento do chamado orçamento participativo – verba que é distribuída a unidades e centros para compra de material de consumo e contratação de serviços, ao longo do ano. “Se não aumentarem, fica impraticável. A parcela de R$ 39 mil que eu recebi este ano já foi toda embora esta semana”, disse. O decano do Centro de Tecnologia, professor Fernando Ribeiro, já se posicionou contrariamente à medida. “Não temos recursos”. Segundo ele, a possibilidade de suprimir jardins do CT também “não é razoável”: “Estamos falando do conforto das pessoas, de áreas de lazer. Isso vai causar uma comoção muito grande. Nós temos que pensar é como recuperar os atuais jardins”, completa. A superintendente do CT, Wilma Almeida, reforçou que os jardins são uma espécie de “cartão de visitas” da universidade. “Todas as áreas verdes são especiais. Estamos conversando com a Prefeitura. Não tem nada decidido ainda”, disse ela. “O orçamento está cada vez menor. Não temos condições de assumir esta tarefa”, completou. A notícia de uma eventual retirada das áreas verdes da UFRJ por falta de recursos financeiros tampouco foi bem recebida pelos estudantes. Mariana Alo, da Licenciatura de Geografia, costuma ir ao jardim do Instituto de Geociências para ler e estudar. “Espero que se encontre uma solução melhor. Com menos áreas verdes, vai ficar mais quente”, observou. A Prefeitura Universitária não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição.

Conversar com os colegas, ouvir propostas e verificar condições de trabalho dos professores. Esses são alguns objetivos dos diretores da Adufrj ao realizar um ciclo de visitas às unidades. O local escolhido para começar a iniciativa, no último dia 2, não poderia ser mais emblemático: o setor administrativo da EBA. Um incêndio em outubro de 2016 no prédio da reitoria desalojou parte da EBA. Hoje a direção da Escola está precariamente instalada em uma biblioteca da Faculdade de Letras, sem telefone ou divisória entre setores. Neste cenário, três representantes da associação foram recebidos pela diretora Madalena Grimaldi e pelo vice, Hugo Borges.“É uma das unidades em situação mais crítica”, disse Felipe Rosa, diretor da Adufrj. “É um choque. São condições muito difíceis”, reforçou Maria Paula Araujo.

Coberto de grafites, muro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas na Praia Vermelha conta história da pesquisa científica e relembra grandes cientistas brasileiros e estrangeiros; projeto atrai atenção de quem passa Um muro de 240 metros quadrados que, em vez de separar, une arte e ciência – esta é a aposta do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas do Rio de Janeiro para 2018. Desde janeiro, uma artista plástica dedicou 600 horas de trabalho para transformar o velho muro do CBPF na Urca num gigantesco mural de história das grandes descobertas científicas.   A iniciativa pioneira só ficará pronta em junho, mas já consumiu 120 litros de tinta e 320 latas de spray. Outra ousadia do projeto é usar a linguagem inovadora do grafite para revitalizar a dureza do discurso científico. “Optamos por arte urbana porque queríamos desafiar os jovens”, explica o vice-diretor do CBPF, Márcio Portes de Albuquerque. Além do muro, vizinho ao campus da UFRJ na Praia Vermelha, três portões vão receber desenhos.“A ideia é que as pessoas venham mais de uma vez para conferir o painel. E que toda vez descubram mais coisas”, afirma Márcio. “Espalhamos trinta pistas sobre fatos científicos justamente para estimular a pesquisa posterior”. Um Código QR pintado dará acesso digital a cada detalhe. Spoiler: o painel dedicado aos animais concentra algumas dicas. Nele está a cadela russa Laika, primeiro bicho a orbitar a Terra em 1957. A produção científica latino-americana, a diversidade temática e o respeito às várias formas de saber também se destacam - há representações da contribuição indígena para a observação dos astros. Segundo Cássio Leite Vieira, um dos responsáveis pela divulgação do Centro, estão representados “homens, mulheres de todas as origens étnicas e cientistas de todos os campos de pesquisas”. O mural será dividido em sete painéis. As imagens foram cedidas com exclusividade para a reportagem da Adufrj.     Artista destaca descobertas da história da ciência O mural é da artista e estudante de artes visuais da Uerj Gabriela Tores, de 21 anos. O mergulho no mundo astrofísico abriu um universo desconhecido. O mais marcante para ela foi conhecer a história de quem faz ciência, em especial, as mulheres. Johanna Döbereiner é lembrada com admiração. A brasileira foi indicada ao Nobel na década de 1990 por pesquisas em fixação biológica do nitrogênio.

A sequência narrativa começa no muro compartilhado com a UFRJ. O painel “A curiosidade e a criatividade” abre com a representação da infância como pontapé para a iniciativa científica. Em seguida, o Cosmos é montado num quebra-cabeças em “Construindo o conhecimento”. “Passado, presente e futuro” registra o início da ciência nacional na observação indígena das estrelas. E “Do nano ao macro” passeia pelas descobertas mais impactantes.

Dois painéis são de homenagem. “Construtores da ciência” faz uma releitura estilizada de 100 pesquisadores e inventores. A pintura com estêncil é uma clara referência ao quadro Operários de Tarsila do Amaral. Nele, o rosto de Stephen Hawking foi o último inserido.  Já a pintura “A partícula que mudou o Brasil” destaca a detecção da partícula méson pi pelo pesquisador e fundador do CBPF, Cesar Lattes, uma das mais importantes descobertas da física no século 20.

As pinturas finais “Em busca de mais” e “O mistério” conectam o público com o porvir da ciência, deixando o futuro em aberto para reflexão. O Mural-Grafite da Ciência do CBPF conjuga conhecimento e interatividades. O painel dos pesquisadores deixa espaço para uma self entre Albert Einstein e Milton Santos. Mesmo incompleto, ele já é o trecho que faz mais sucesso com o público.

   

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