facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Aluna de intercâmbio diz ter que responder constantemente a questões preconceituosas sobre a África

Ela foi trazida de Cabo Verde pelo Programa Estudante Convênio de Graduação

Darlan de Azevedo. Estagiário e Redação

Desde a promulgação da Carta Constitucional de 1988, o racismo é declarado como crime inafiançável. No entanto, resquícios histórico-culturais presentes na sociedade brasileira mantêm vivo, mesmo que de forma velada, um intenso preconceito racial por parte da elite branca dominante. 

Em um caso recente envolvendo a UFRJ, o estudante negro Delmar Lopes Siga, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), foi autuado pela Polícia Militar em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por um suposto assalto de celular. De acordo com depoimento apresentado na delegacia, Delmar, natural de Guiné-Bissau (país cuja língua oficial é o francês), pediu informação a uma mulher, que fugiu assustada. Ao passar pelo local, um policial achou que se tratava de um roubo e prendeu o aluno. Atualmente, o guineense responde ao processo em liberdade.

A estudante do 8º período da Escola de Comunicação da UFRJ, Rossana Ribeiro, de 22 anos, cursa Jornalismo desde 2010, quando veio para o Brasil através do mesmo programa que trouxe Delmar, o PEC-G (Programa Estudante Convênio de Graduação). Ela engrossa as críticas ao racismo, por vezes dissimulado, que encontrou no Rio de Janeiro. Natural de Cabo Verde, país localizado na costa ocidental da África, Rossana observou que a chamada “hospitalidade brasileira” não passa de um mito.

Rossana diz que a integração entre os estudantes de países africanos e os brasileiros não é tão aprofundada: “Vejo na verdade maior integração entre os estudantes de origem africana do que propriamente com os brasileiros. É recorrente sairmos juntos e termos amizades mais próximas com quem vivia por lá e acredito que isso não é o propósito de um intercâmbio”, completa.

Para ela, é comum a necessidade de desconstruir muitos dos estereótipos dados ao continente africano, como responder se existem prédios em Cabo Verde. Também nota olhares estranhos quando relata a alguém seu país de origem.

Sonho de estudar no Rio

Apesar dos problemas, Rossana conta que sempre sonhou em morar no Rio de Janeiro e após receber boas indicações de tios, ambos formados na Universidade Federal Fluminense (UFF), escolheu a cidade. “Desde criança eu via o Rio de Janeiro nas novelas e quando descobri a qualidade da UFRJ não pensei duas vezes antes de vir para cá”, confessa. 

 

Programa objetiva criar mão de obra qualificada para países da África e América Latina

Há cerca de 90 alunos com matrícula ativa no PEC-G

O Programa Estudante Convênio de Graduação (PEC-G) atrai estudantes de países da América Latina e do continente africano após completarem o equivalente ao Ensino Médio brasileiro, em seus respectivos países. Ele atende universidades federais, estaduais e até mesmo particulares, porém não cobre nenhum tipo de gasto dos alunos. Eles devem receber bolsas de seus países para se sustentarem aqui durante o curso. Para estudantes de países não lusófonos, também é necessário realizar um curso de proficiência de língua portuguesa durante um ano chamado Celpe-Bras. 

Segundo dados do programa, dos países que mais exportam estudantes, destacam-se na África: Cabo Verde (possui português como língua oficial), além de Togo, Congo e Guiné-Bissau (todos possuem o francês como língua oficial). Já pelo continente americano, alunos de países como Paraguai, Colômbia e Bolívia aparecem com mais frequência. Em relação aos cursos, os mais tradicionais como Direito, Engenharia e Medicina são majoritariamente os mais procurados. Contudo, outras graduações como Arquitetura, Comunicação Social, além de outros cursos da área de saúde também demonstram grande demanda.

Atualmente o programa atende um total de aproximadamente 90 alunos dentro da UFRJ, sendo contabilizados apenas os que possuem matrícula ativa. Chefe da Seção de Seleção e coordenador do PEC-G, Carlos Celano ressalta que muitos desses estudantes estrangeiros vêm para o Brasil com uma educação de base deficitária, o que acarreta em dificuldades para concluírem a graduação. “Notamos que cursos das ciências exatas, por exigirem muito de Matemática e Física nas suas cadeiras, como cálculo e álgebra, dificultam o domínio por parte desses estudantes. Isso ocorre, em outras proporções, também na área de humanas”, afirma. 

Além disso, o alto custo de vida nas grandes capitais do país, isto é, no eixo da Região Sudeste, inviabiliza muitas vezes um bom aprendizado. Celano explica que o programa pretende estender essa parceria com universidades de regiões fora dos grandes centros, pelo custo de vida menor: “Convênios com universidades da região Nordeste devem ser firmados para evitar o elevado número de desistências”. 

Dificuldade em arcar com os custos no Rio de Janeiro

Morar na cidade não está fácil. Mesmo estagiando na Coordenadoria de Comunicação da UFRJ, Rossana Ribeiro destaca que os altos preços dos aluguéis dos imóveis aliados à histórica dificuldade de mobilidade urbana dificultam o acesso à moradia. Principalmente para quem vem de fora, pois outro empecilho é a necessidade de um fiador. Inicialmente, ela se instalou numa república de cabo-verdianos, porém ressalta que rapidamente o local tornou-se insustentável (o imóvel era dividido com mais nove pessoas). Atualmente, vive no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio, junto de mais duas amigas brasileiras, uma das quais conseguiu a mãe como fiadora. “Sempre me disseram que o Rio de Janeiro era caro, só não imaginei que fosse tanto”, completa.

8/10 (terça-feira)

Auditório da Escola de Serviço Social, campus da Praia Vermelha

Pauta: 1 – Informes; e 2 - Gestão dos Hospitais Universitários.

Lembramos que as reuniões do Conselho de Representantes são abertas a todos os professores sindicalizados.

O dono da máscara

Eduardo Paes faz aquele gênero boa-praça, garoto da zona sul que bebe chope no subúrbio, desfila na Portela, discute futebol, perfil de sujeito que se deu bem na vida mas que, digamos, não rejeita relações mais horizontais. Por trás dessa imagem pública se manifestam as entranhas de um conservadorismo sombrio que expele ódio e preconceito de classe. O massacre em curso dos professores municipais rasga a máscara do prefeitinho de alianças obscuras com setores ativos das elites, entre os quais, a família Marinho, da TV Globo e da Fundação Roberto Marinho – instituição que, segundo o vereador Renato Cinco, recebe arcas de dinheiro desviado da educação pública.

 

Questão

Quando a Prefeitura Universitária irá retomar os estacionamentos nas cercanias do CCS?

 

No olho do furacão

A convulsão política na área da saúde na UFRJ tem outra agenda explosiva.

A sucessão na direção do Hospital do Fundão já incendeia os bastidores.

A instituição tem que iniciar dezembro com novo diretor.

 

LIVROS  

O geógrafo e ambientalista Elmo Amador está lançando os livros Baía de Guanabara e Bacia da Baía de Guanabara. 

Elmo foi professor e diretor do Instituto de Geociências da UFRJ. Entre 1993 e 1995, foi diretor da Adufrj-SSind.

O lançamento, no dia 16 de outubro, está sendo organizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro: às 17h30 no auditório da entidade – Rua Buenos Aires, nº 40, no 5º andar.

Secchin: uma vida em letras, organizado por Maria Lucia Guimarães de Faria e Godofredo de Oliveira Neto, expõe a obra do professor e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Secchin. O livro será lançado pela Editora UFRJ nesta quarta-feira,  9, às 18h, no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da universidade. Na mesma ocasião, o imortal receberá o título de emérito da UFRJ, em sessão solene do Consuni.


High-tech     

Um robô foi instalado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do IPPMG para auxiliar os médicos no tratamento das crianças.

A máquina tem vários programas e dois técnicos foram chamados para treinar o pessoal para o seu uso.


Contrassenso     

Ao mesmo tempo, o instituto acaba de fechar mais uma enfermaria.

Com a palavra, a direção.

 

Bilionários

13100772Foto: InternetNo ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes Brasil, barões das corporações familiares da mídia privada no país se destacam.

Isso revela que o reacionarismo expresso no conteúdo dos veículos de comunicação cumpre a sua centralidade estratégica no campo ideológico. 

Mas também tem a sua funcionalidade ao propiciar muito dinheiro ao setor da burguesia que domina o negócio.

A  revista publicou a relação de 124 super-ricos brasileiros. Nessa lista dos afortunados deste país de desigualdades profundas, logo na terceira, quarta e quinta posições surgem, respectativamente, Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho.

No 14º lugar aparece Giancarlo Civita & família. Trata-se da família dona da empresa que, entre outras revistas, publica a Veja.

Osvaldo Maciel e Edmundo Fernandes vão ganhar placas na sede do Sindicato

Os professores Osvaldo de Oliveira Maciel e Edmundo Fernandes Dias serão homenageados durante o VII Encontro Intersetorial do Andes-SN, que acontece em Brasília, de 25 a 27 de outubro. No dia 26, será feito o descerramento das placas que darão o nome dos docentes ao Centro de Documento e à sala de reuniões da entidade, conforme decidido em encontros anteriores do Sindicato Nacional.

Segundo circular enviada às Seções Sindicais, a diretoria do Andes-SN optou por prestar a deferência durante o VII Intersetorial, uma vez que a atividade reunirá um grande número de docentes.

História

Osvaldo de Oliveira Maciel foi o primeiro presidente do Andes-SN, em 1982, além de ter sido um dos fundadores da Associação dos Professores da Universidade Federal de Santa Catarina, da qual também ocupou a presidência. Maciel faleceu em 12 de dezembro de 2005.

Edmundo Fernandes Dias também teve participação ativa na criação e construção do Andes-SN, tendo ocupado, por diversas vezes, cargos na diretoria da entidade: 3º Vice-presidente (1992-1994); Secretário-Geral (1994-1996 e 2000-2002); 3º Secretário (2004-2006), destacando-se com suas contribuições corajosas na construção de um movimento sindical independente e de classe, comprometido exclusivamente com os trabalhadores. Edmundo faleceu no dia 3 de maio deste ano. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

Arbitrariedades praticadas pelos diversos governos provocam a unidade de movimentos sindicais, estudantis e populares, em ato na Uerj. Ação brutal da PM contra os professores grevistas é a mais criticada

Evento ocorreu no último dia 2

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

No último dia 2, mais de 500 pessoas lotaram um auditório da Uerj no “Ato contra as violências do Estado” promovido por diversos movimentos sociais e sindicais. Representantes do Andes-SN e de suas Seções do Rio de Janeiro prestigiaram o evento (diretores e militantes da Adufrj-SSind marcaram presença). Os professores municipais, mais recentemente atingidos pela repressão policial, foram aclamados como heróis. Bombeiros, que também travaram um duro embate contra o governo estadual, em 2011, se somaram à atividade no 5º andar da universidade. 

A atividade político-cultural começou no hall dos elevadores do 1º andar, conhecido como Hall do Queijo. Lá, os participantes confeccionaram cartazes contra as diversas formas de violência policial. As inscrições “Onde está Amarildo?” e “Educação em luto” eram as mais comuns.

“Cabral, bandido, cadê o Amarildo?”  

Ao som do batuque dos blocos “Nada” e “Canjerê”, este da Maré, os manifestantes subiram as escadarias do prédio da Uerj com palavras de ordem. Dentre elas: “Cabral, bandido, cadê o Amarildo?”. Segundo informações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de 2007 até agora, desapareceram 35 mil pessoas só no Rio de Janeiro. 

Em linhas gerais, todos os discursos mostraram solidariedade aos professores da rede municipal. Também cobraram a desmilitarização da PM e de outros organismos de segurança, como a Guarda Municipal do Rio; além de fortes críticas às Unidades de Polícia Pacificadora, na cidade.

O 1º vice-presidente do Andes-SN, Luiz Henrique Schuch, enfatizou a importância daquele encontro: “Este ato é importante não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o país. É uma demonstração de força e de que não nos calaremos diante da covardia do Estado”.

Ele fez uma saudação aos docentes municipais: “A Educação parou para ensinar. É uma derrota para este governo ter que colocar o policiamento ostensivo na rua contra os professores. Eles (governantes) agem de maneira dissimulada. Escondem-se atrás da máscara de bons moços. Cabral e Paes não querem que sua fotografia seja a do caveirão, como vem ocorrendo”. 

Mauro Iasi, presidente da Adufrj-SSind, representou o PCB no ato. Ele criticou duramente a existência de um Estado que serve ao capital: “Talvez a maior de todas as violências do Estado seja o Estado. Dez por cento da população detêm 73% das riquezas do país”. Além de Mauro, também manifestaram-se representantes do PSOL e do PSTU.

O evento foi organizado pela CSP-Conlutas, Andes-SN, Aduff-SSind, Adufrj-SSind, Asduerj, MST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Sintuff, Sintufrj Vermelho, AduniRio, Sepe, Rede de Desenvolvimento da Maré, Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre, Grupo Tortura Nunca Mais-RJ, Favela Não se Cala, mandato do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), mandato do vereador Renato Cinco (PSOL) e pelo CRESS-RJ.

 

Escola de Música foi atingida

No dia 1º de outubro, quando os professores da rede municipal de ensino foram atacados pela PM, acontecia a XX Bienal de Música Contemporânea da Funarte, na Escola de Música da UFRJ, nas imediações da Câmara Municipal. O prédio funciona na Rua do Passeio. Um grupo de professores buscou refúgio na Unidade, mas a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo, inclusive na entrada do prédio.

Segundo mensagem divulgada pelo professor Leonardo Fuks, as pessoas que acompanhavam o concerto passaram mal pelos efeitos dos gases. O evento precisou ser interrompido por 40 minutos. “Devemos nos lembrar de que uma grande parte dos licenciados egressos de nossa Escola de Música são professores de Música dos sistemas de ensino municipal e estadual”, diz um trecho do texto, que pede “firme ação da UFRJ” e a tomada de “todas as medidas cabíveis” contra a ação da PM.

 

Faculdade de Educação, CAp-UFRJ, IFCS e IH repudiam ação policial

13100751Em vez de diálogo, os professores da rede municipal foram recebidos com balas de borracha e gás lacrimogêneo, no dia 1º. Foto: Tomaz Silva/ABr - 1º/10/2013A Faculdade de Educação da UFRJ divulgou moção de repúdio contra o que classificou como “covardia, autoritarismo e completo desrespeito à dignidade profissional e humana”, no episódio que marcou o dia 1º de outubro. 

A Unidade forma diversos profissionais de educação, muitos que já atuam nas redes municipal e estadual do Rio. De acordo com a nota, “os atos de agressão gratuita cometidos pela corporação policial são a expressão da forma como as duas esferas (estadual e municipal) tratam seus profissionais”.

As direções do IFCS e do Instituto de História também se manifestaram sobre o assunto. Marco Aurélio Santana, diretor do IFCS, observou que docentes da rede municipal, “muitos nossos alunos e ex-alunos” buscaram abrigo no prédio do Largo de São Francisco, diante da repressão da PM: “Impressionou, uma vez mais, a truculenta ação policial contra professoras e professores, muitos dos quais brutalmente atacados. Esta, certamente, não é a melhor maneira de se lidar com tema tão candente para nossa sociedade. Transformou-se questão social em questão de polícia. Uma postura que precisa ser sonora e veementemente repudiada”, diz um trecho da nota.

A diretoria do Instituto de História condenou a discussão e aprovação de um plano de carreira para o magistério municipal sem a participação da categoria. E também não perdoou os ataques aos professores: “O Instituto de História (IH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, instituição que forma muitos dos professores de História que trabalham na rede pública do Município do Rio de Janeiro, repudia com veemência a proibição dos professores ocuparem as galerias da Câmara Municipal para acompanhar a votação do Plano de Carreira para o Magistério, além da brutal e desmedida repressão sofrida pelos docentes nos arredores da Câmara Municipal que se espalhou, ontem à noite , pelo centro da cidade do Rio de Janeiro”.

Os professores do Colégio de Aplicação da UFRJ solidarizaram-se com a greve dos colegas das redes municipal e estadual e repudiaram a violência do Estado: “Nós, professores do Colégio de Aplicação da UFRJ, atuamos em conjunto com a Faculdade de Educação e diversos Institutos da UFRJ para a formação de professores. A cada ano acolhemos jovens ávidos pelo saber e comprometidos com a educação como instrumento fundamental para as melhorias sociais e econômicas dos brasileiros. Na qualidade de copartícipes da formação inicial e continuada de professores e como professores da educação básica, vimos, por meio desta, manifestar nosso total repúdio às recentes ações violentas, injustificadas e injustificáveis, perpetradas por policiais contra os professores manifestantes, a mando do Presidente da Câmara de Vereadores, do Governador e do Prefeito do Rio de Janeiro”.

As notas completas das Unidades podem ser encontradas na página eletrônica (www.adufrj.org.br)  e nas redes sociais da Seção Sindical.

 

“Sem hipocrisia”

13100753Atividades culturais também passaram a mensagem política contra as violências do Estado, no ato do último dia 2. Foto: Marco Fernandes - 02/10/2013Grupos de hip-hop compostos por jovens artistas alertaram para a massacrante realidade vivida pelos moradores de favela. Suas músicas relataram agressões de policiais contra a população negra e pobre. 

Na música “Papai Noel de Favelado”, o rapper PH Lima, de São Gonçalo, conta que, na noite de Natal, o caveirão entrou na comunidade e os policiais, com sacos nas mãos, colocaram jovens no veículo blindado para serem torturados e executados. “No alto um besourão / Lá embaixo mais cinco blindados / Mais de 50 mortes foi o número total / Que foram batizadas de presente de Natal”, diz um trecho da canção.

O grupo O Levante, de hip-hop, e o rapper Fiel, do Santa Marta, também levaram a expressão da rebeldia, nas suas letras, para o ato. Fiel, conhecido nos movimentos sociais por ter feito uma cartilha sobre abordagem policial assim que a UPP foi instalada em sua comunidade, em 2008, observou que foi preso por causa disso. “Fui arrastado pelas ruas do morro, porque eles não admitiam que alguém pudesse questionar o Estado”, disse.

Ao fim das apresentações, os participantes do ato saudaram os artistas populares e, aos gritos, repetiram as palavras de ordem dos moradores da Maré, no ato que fechou a Avenida Brasil, em julho, quando dez pessoas foram assassinadas pela PM: “Sem hipocrisia, essa polícia mata pobre todo dia”.

 

Encerramento na Aldeia Maracanã

O encerramento do evento não poderia ser em local mais apropriado: aconteceu na Aldeia Maracanã, nas proximidades da Uerj. Os indígenas que lá residem lutaram com todas as suas forças contra o governo do estado para impedir a demolição do prédio.  

Topo