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Marcha a Brasília contra a PEC 55


Caravanas de várias partes do país irão ocupar Brasília no dia 29 de novembro, data prevista para a votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 no Senado.

O objetivo da manifestação é intensificar a ofensiva para barrar a mudança constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos.

A marcha à capital federal #OCUPABRASILIA é organizada pelo Andes e por diversas entidades dos movimentos sindical e estudantil.

Na UFRJ, a Adufrj participa da organização da caravana da comunidade universitária, em conjunto com as representações dos demais segmentos. 

A Seção Sindical disponibilizará ônibus e diárias aos docentes interessados em ir a Brasília. 

Professores devem entrar em contato até quarta-feira, dia 23, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para planejamento da contratação do transporte.

Dança para todos

Projeto de extensão congrega alunos e pacientes

Elisa Monteiro
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Fotos: Claudia Ferreira 

“Leonídia: ela é doida?” não é um espetáculo qualquer. A atividade faz parte do Projeto ParaTodos, de extensão, que integra dança e saúde. “O ator principal tem 10% de visão. Mas quem assiste dificilmente percebe”, conta Marta Bonimond, diretora da peça e professora da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ.

 “Terapia não é foco”, explica ela. Mas é uma consequência natural do trabalho, que mesclando teoria e prática, promove aumento da sociabilidade e condicionamento físico. O projeto conta com a participação de bolsistas de diferentes áreas da universidade, como Dança, Música, Psicologia, Pedagogia e Comunicação. E, totalmente aberto, atrai um público especial. Os princípios da luta antimanicomial permeiam a iniciativa.

“A localização da Praia Vermelha é estratégica”, avalia Marta. “É ponto de convergência de hospitais como o Pinel (Instituto Philippe), o Rocha Maia (Hospital Municipal), o IPUB (Instituto de Psiquiatria da UFRJ), o (Instituto de Neurologia) Deolindo Couto e o Instituto Benjamin Constant”. Pela concepção do projeto, contudo, não há distinção entre pacientes ou não. “Para nós, são todos alunos”, reforça.

De cara, a peça estreou 100% adaptada ao púbico cego. O Benjamin Constant foi palco da primeira encenação, em 2014. “Foi uma coisa incrível realmente. A atriz tocava nas pessoas”, conta Bonimond.  “Um dos pontos altos foi a cena que discutia a questão dos remédios. Usamos aquelas balas Tic Tac (caixinha de balas barulhentas) para ajudar na sensibilização das pessoas”.MG 6585Professora Marta Bonimond

Sem alarde, o projeto encorpou, ainda em 2014, quando abandonou a sonorização via CDs para ganhar uma trilha sonora própria composta e executada ao vivo pelo bolsista Hector da Costa Coutinho, da Música. “Foi um salto grande”, avalia a diretora. Um segundo passo importante foi a participação no Festival Interuniversitário de Cultura, em 2015.

A conquista de um edital para converter o espetáculo em longa-metragem “de baixíssimo orçamento”, ressalta Marta, marca o momento atual. “Não queríamos simplesmente reproduzir a encenação. Apostamos em fazer mesmo um filme”. Parte da gravação foi filmada na própria EEFD; outra, no Parque das Ruínas, em Santa Teresa. A expectativa é finalizar edição e montagem no início de 2017 a tempo de inscrever o trabalho em outros editais de cultura.

As parcerias internacionais atravessam essa história. Stina Stjern, do grupo norueguês Sund Folk College, assina a direção do novo roteiro adaptado para película, junto a Marta Bonimond. A nova obra é composta de improvisação dos alunos da Dança com os 18 músicos estrangeiros. “Eles têm uma visão muito próxima à nossa de que a dança não é só para movimentos e corpos perfeitos. Essa visão do corpo virtuoso do balé romântico é uma coisa muito antiga”, afirma Marta.

Como tudo começou

O projeto ganhou densidade a partir de 2014 quando um dos alunos, Marcelino José, paciente do IPUB, acrescentou à discussão do clássico “História da Loucura”, de Michel Foucault, a sugestão de leitura da biografia sobre Leonídia Fraga (1844-1927), de Myriam Fraga (o sobrenome é coincidência). “Leonídia, a Musa Infeliz do Poeta Castro Alves” fala sobre o drama da namorada de infância de Castro Alves, que tem um surto e é internada como louca depois da morte do poeta: ela se considerava noiva dele. Quando ela morre, a relação é comprovada pela descoberta de cartas e poemas trocados entre os dois.

MG 6472Músicos noruegueses participam do projeto“Ela guardava tudo em uma trouxinha e baú, que levou para o hospital quando foi internada. O Hospício São João de Deus, em Salvador, ironicamente, funcionava em uma antiga casa de Castro Alves. Foi o segundo hospício do Brasil, o primeiro foi esse que hoje é da UFRJ (o Palácio Universitário)”, sublinha Marcelino José. Na peça, ele é o responsável pela narração da biografia adaptada.

Em busca de reconhecimento

O projeto ParaTodos ainda enfrenta as dificuldades para manter a logística mínima necessária. Desalojado das salas que ocupava na Praia Vermelha por causa da reforma do Palácio, o grupo passou a atuar no gramado do campo de futebol. Mas, desde a Olimpíada, até o espaço improvisado em torno de uma árvore ficou comprometido por interdições.

A assessoria de imprensa da reitoria informou que algumas áreas do campinho da Praia Vermelha continuam interditadas, mesmo após os Jogos, por conta da “transferência de módulos no interior do campus”. O objetivo é preparar as salas que serão utilizadas em 2017/1.

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A esquerda no divã
 

Texto e foto: Jan Niklas Jenker
Estudante da ECO-UFRJ e estagiário da Adufrj 


"É urgente repensar os paradigmas da esquerda", analisou a presidente da Adufrj, Tatiana Roque, sobre a atual conjuntura política do país, em debate realizado no Teatro Oi Casagrande, dia 16. Última etapa do ciclo "Novembro de 2016: impressões ao calor da hora", o evento contou ainda com a participação do rapper Flávio Renegado, do economista e professor da UFRJ João Sicsú e do ativista Pablo Capilé (Mídia Ninja). Diante da ascensão do conservadorismo, os palestrantes apresentaram leituras sobre o papel dos setores progressistas.

Presidente do Instituto Casa Grande, Saturnino Braga destacou a importância de espaços de diálogo como aquele: “Discussão política é essencial para qualquer democracia. Há poucos fóruns, lugares de debate político, no Brasil”.

Marcelo Barbosa, diretor-executivo do ICG e mediador do debate, reforçou: “Neste momento deprimente que estamos vivendo, devemos buscar caminhos no debate político”.

O conteúdo de todo o ciclo será organizado em livro, com previsão de lançamento para 2017.

Confira algumas frases dos debatedores:

- Flávio Renegado: “A esquerda virou uma militância de ar-condicionado e perdeu as ruas. A direita não dormiu, está mais racista, mais homofóbica e mais violenta. O primeiro passo para reconfigurar a esquerda é aprender com o que a molecada das ocupações está fazendo”.

- Tatiana Roque: “Mudaram relações de trabalho, da família, o que gerou uma reação do conservadorismo. É urgente repensar os paradigmas da esquerda. É um momento de renovação radical e criação de um projeto para se contrapor ao neoliberalismo”.

- João Sicsú: “A ideia disseminada de que o Estado está quebrado e agora precisamos nos sacrificar para corrigir erros anteriores é um equívoco. Para melhorar as contas, precisamos voltar a crescer, não cortar”.

- Pablo Capilé: “A esquerda brasileira é formada por duas leituras: a antiga ‘disputa de classe’ e a contemporânea ‘disputa de imaginário’. Ambas não se entendem. Cultura e comunicação devem estar no centro desse debate”.


Prejuízo milionário

 

UFRGS teria perdido R$ 580 milhões se PEC do teto de gastos estivesse em vigor desde 2006

                 

A reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul divulgou, na última sexta-feira (4), um estudo de impacto financeiro da Proposta de Emenda Constitucional que limita os gastos públicos. O documento aponta que a PEC 241, aprovada na Câmara e em tramitação no Senado (como PEC 55), “tende a criar problemas substanciais de financiamento para custeio e capital”. De 2006 a 2015, se a PEC já estivesse em vigor, a UFRGS teria perdido R$ 580,3 milhões em relação ao orçamento executado, no período.
 

A reitoria argumenta que “fazer ajuste com uma medida rígida como a embutida na PEC 241” pode comprometer a “preservação das condições de excelência acadêmica já alcançadas pela universidade”.


O levantamento feito pela administração da UFRGS segue o exemplo de outras instituições. A Universidade Federal de Minas Gerais também realizou a simulação de impacto retroativo da PEC para o mesmo período, de 2006 a 2015. A instituição mineira teria perdido R$ 774,8 milhões.

Já na Universidade Federal Fluminense, o prejuízo seria de R$ 810 milhões.



CINELÂNDIA CONTRA A PEC


Exposição de trabalhos, oficinas, experimentos, aulas públicas e outras ações. Tudo isso acontecendo ao ar livre. Mostrar a importância do conhecimento produzido na universidade e, ao mesmo tempo, buscar apoio da população contra a medida que irá sufocar os investimentos em Educação são as motivações do “UFRJ na Praça” marcado para sexta, 25, na Cinelândia. Esta será a forma de adesão dos professores da universidade ao Dia de Paralisação com mobilização, aprovado na assembleia de 8 de novembro, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55.

A ideia é reunir professores, estudantes e funcionários nas atividades. A Adufrj convida os docentes interessados em expor seus programas de pesquisa, oficinas e experiências a entrar em contato pelo e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. apresentando sugestões e propostas para o dia 25.

 

A Adufrj vai providenciar a infraestrutura de apoio necessária ao evento. 

 

Pressão nos senadores


Enviada pelo governo ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre, a PEC 55 (antiga PEC 241) já foi aprovada pela Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.


Por se tratar de uma emenda à Constituição, para receber a sanção presidencial, a PEC precisa contar com o apoio de, pelo menos, três quintos dos senadores (49 dos 81) nas duas votações, previstas para 29 de novembro e 13 de dezembro.

Visite a página Brasil 2036, lançada pela Adufrj, e utilize as ferramentas virtuais para botar pressão nos senadores: http://brasil2036.org.br/                                           

 

 

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