Cerimônia está marcada para o dia 28, às 18h30, no Pedro Calmon
O mandato do Vereador Renato Cinco (PSOL) convida para cerimônia de entrega da Medalha Pedro Ernesto ao professor Roberto Leher, Titular da Faculdade de Educação da UFRJ. O evento acontecerá no dia 28/08 às 18h30 no Auditório Pedro Calmon, Praia Vermelha, UFRJ.
Na ocasião, haverá um debate com a professora Titular da História da UFF Virgínia Fontes, a pedagoga do Município de Caxias e da rede estadual Ivanete Silva, o presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro (professor da FAU/UFRJ) e um representante do DCE Mário Prata (Tadeu Lemos).
Comprometido com a luta por uma Educação Pública, Gratuita, Laica, Democrática e de Qualidade, Leher é um dos principais articuladores do Fedep (Fórum em Defesa da Escola Pública). Coordenou variados projetos que norteiam o debate na área da educação, como o Observatório Social da América Latina do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais.
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Êxito político
Em artigo publicado no jornal eletrônico Correio da Cidadania, Roberto Leher situa a dimensão política do Encontro Nacional de Educação (ENE) que levou à Tijuca quase três mil pessoas de várias partes do país. Na opinião do professor da Faculdade de Educação da UFRJ, esta reunião “foi o encontro que proporcionou maior unidade da esquerda nos últimos anos, em especial após a I Conferência da Classe Trabalhadora, em junho de 2010, quando não foi possível unificar a Conlutas e a Intersindical e elevar o padrão organizativo dos trabalhadores”. Leher observa que, no que se refere à educação, o ENE “foi o maior encontro desde os congressos nacionais de Educação, realizados entre 1996 e 2005”. O professor diz também que este encontro realizado durante três dias no início de agosto “foi também maior e mais representativo do que a Plenária “Vamos Barrar Essa Reforma”, basicamente convocada pelas entidades estudantis e o Andes-SN, em setembro de 2004, para combater as políticas de expansão da educação superior em curso, notadamente por meio da compra de vagas pelo Estado no setor privado-mercantil”.
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O Setor Cultural da Faculdade de Letras convida para a Aula Inaugural
O Setor Cultural da Faculdade de Letras convida para a Aula Inaugural "Licenciatura em Letras - pensando a formação de professores da UFRJ", com Marcelo Correa e Castro, ex-decano do CFCH. A atividade acontecerá no dia 27/08 (quarta-feira), às 10h, no auditório G-2 da Faculdade de Letras/UFRJ.
Na análise de conjuntura, participantes do evento avaliam criminalização dos movimentos sociais organizados
Ataques à educação pública vêm crescendo
Silvana Sá. Enviada especial a Aracaju (SE)
Os participantes do 59º Conad debateram, no fim da tarde do dia 21 de agosto, a conjuntura política atual. E o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, lembrou que a análise de conjuntura está diretamente relacionada à centralidade da luta do Sindicato Nacional para os próximos meses, aprovada no último Congresso da categoria. Ou seja, além de expressar a intransigente defesa da educação pública com financiamento público, o movimento docente deve se voltar para a desmercantilização da área e para melhorias das condições de trabalho e salário dos professores. Além de buscar o fortalecimento da CSP-Conlutas.
A crescente criminalização dos movimentos, com destaque para perseguições e proibições de utilização de espaços públicos para atividades relacionadas à defesa da educação pública, foi citada por Rizzo. O exemplo mais recente ocorreu durante os preparativos do Encontro Nacional de Educação (ENE), de 8 a 10 de agosto, no Rio: na véspera de sua realização, os governos municipal e estadual proibiram a utilização de escolas como espaços de discussão dos grupos de trabalho do evento. As autoridades também voltaram atrás em acordos para ceder locais de acampamento aos participantes de outras cidades. “O que está posto é um processo de mercantilização da educação, de garantia do lucro das grandes corporações em contrapartida à retirada de direitos. É isso que enfrentamos e qualquer tentativa de barrar esse processo será atacada”, afirmou Rizzo.
Resposta mais ágil aos ataques contra Educação
Cláudio Ribeiro, presidente da Adufrj-SSind, sublinhou que é preciso aproveitar o bom momento das discussões unificadas sobre educação, construídas pelos encontros estaduais e o ENE, para dar respostas mais ágeis aos processos mercantilizantes do setor. Ele classificou como “brutal” o ataque perpetrado pelo governo aos movimentos que defendem a educação pública, especialmente com a aprovação do Plano Nacional de Educação. “A educação já se tornou mercadoria e uma mercadoria fundamental para a reprodução do capital. A empresa que tem o 17º capital da Bovespa é do setor educacional. É preciso redefinir e reforçar o que defendemos como público”.
Cristina Miranda, também da delegação da Adufrj-SSind, destacou a sofrida derrota com a aprovação do PNE do governo, que reconfigurou o sentido de educação pública. “A despeito de todo o debate que fizemos em defesa dos 10% do PIB para a educação pública, o artigo quinto do PNE ressignifica o caráter do que é público, abrangendo o conjunto das parcerias público-privadas e os incentivos do Estado ao setor privado: Prouni, FIES, Pronatec, Ciência sem Fronteiras, creches beneficentes, Sistema S. Tudo isso passa por uma reconceituação e entra no rol do que é público. Nosso Sindicato deve discutir centralmente sobre isso”.
Greve da USP recebe destaque
A criminalização da greve da Universidade de São Paulo (USP) também mereceu destaque em diversas intervenções. Há meses, os editoriais dos jornais de maior circulação de São Paulo e também do Rio iniciaram uma campanha sistemática de ataques à universidade. Pelas avaliações feitas no Conad de Aracaju, a ameaça é muito mais abrangente, pois atinge em cheio todas as universidades públicas.
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