facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Titular da Faculdade de Educação (FE), professor Roberto Leher é condecorado com medalha Pedro Ernesto, principal comenda da cidade. Evento foi organizado em parceria com a Adufrj-SSind e o DCE

Iniciativa foi de Renato Cinco (PSOL), vereador e ex-aluno da UFRJ 

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14090181Salão Pedro Calmon recebeu grande público para a cerimônia. Foto: Marco Fernandes - 28/08/2014Em clima de reconhecimento e camaradagem, o professor Roberto Leher, da Faculdade de Educação da UFRJ, recebeu das mãos do vereador Renato Cinco o diploma e a medalha Pedro Ernesto em cerimônia realizada no Salão Pedro Calmon, do campus da Praia Vermelha, no último dia 28. Trata-se da principal comenda oferecida pela Câmara dos Vereadores, explicou Cinco. “Para nós, o sentido desta homenagem está na valorização das lutas pelas causas populares”, disse. A reverência foi aprovada no Parlamento em 6 de maio.

O vereador participava do movimento estudantil na época em que Roberto ocupava o posto de presidente da Adufrj-SSind (e, depois, do Andes-SN). Daquela época, Cinco falou sobre os sessenta dias de ocupação da reitoria da UFRJ durante a imposição do candidato a reitor menos votado nas eleições internas, José Henrique Vilhena, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. “Roberto foi peça-chave em um dos momentos de maior crise política da universidade”. Cinco citou ainda a trajetória de Leher “sempre nas lutas em defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade”. Desde a campanha pelos 10% do PIB já para educação pública, a constituição de Fóruns como o em defesa da escola pública até o mais recente Encontro Nacional de Educação: “Quando a gente homenageia o Roberto Leher, evidente que a gente está homenageando a pessoa, o professor, amigo e companheiro, mas não só”, disse Cinco.

Palavras do homenageado

“Obviamente, o que importa não é a medalha ao professor Roberto Leher”, retribuiu o homenageado da noite: “O que importa fundamentalmente é que esta condecoração a um militante é uma homenagem a todos aqueles que estão lutando e construindo uma perspectiva para educação pública que supere a disjunção entre quem pensa e quem executa, quem manda e quem obedece, reconhecendo que todos que têm um rosto humano são intelectuais”.

“E essa perspectiva de educação tem sido duramente buscada nas greves, nas mobilizações, nas monografias, nos artigos, nas teses, enfim todo trabalho feito”, afirmou Roberto. “E que está sendo duramente atacada, não de uma maneira dispersa ou diluída. Mas por uma ação deliberada”, completou.

“Muitas vezes parece soar anacrônico quando dizemos que educação tem que ser pensada nas relações sociais, que ela tem que ser pensada na perspectiva de luta de classes”, disse ainda o Titular. “Esse é o sentido da nossa militância: estar junto das lutas produzindo conhecimento, falando sobre o que esta acontecendo. É uma muito modesta contribuição que estamos dando, mas ela é imprescindível”, concluiu.

 

Depoimentos reverenciam professor

Prestaram homenagens ao professor, ainda, representantes de entidades ligadas à luta pela Educação:

“Roberto está entre os poucos que nós, da luta pela educação básica, sempre pudemos contar, sempre empenhado em nos alimentar para luta em defesa da democracia e da autonomia pedagógica. Parabéns, Leher!”

Ivanete Silva. (Sepe-RJ)

 

“Produzir um entendimento complexo da realidade, trabalhando academicamente e na luta ao mesmo tempo. Mais do que ninguém, o Roberto representa essa forma de militância. Com rigor acadêmico, ele trabalha os mais diferentes aspectos da realidade concreta. Ele leva isso para luta. Ao mesmo tempo, recolhe os elementos da luta para reflexão acadêmica. Esse é o tipo de ação que cada vez se torna mais necessária para que avancemos em uma estratégia que saia da defensiva e parta para a conquista de uma educação pública e popular de fato”

Cláudio Ribeiro. (Adufrj-SSind)

 

“Roberto é, para nós, representante e ao mesmo tempo instrumento da luta contra esses projetos mirabolantes baseados na meritocracia que vemos hoje, onde estudantes viram competidores. Ele nos ajuda a compreender que não basta universalizar uma escola do capital; esta não nos serve. O que precisamos é de uma educação como prática da liberdade”.

Tadeu Lemos (DCE Mário Prata)

 

“Roberto, cuja práxis acadêmica todos reconhecemos e nos espelhamos, é um formulador e militante social fundamental para o enfrentamento dos  desafios colocados pela aprovação deste atual Plano Nacional de Educação. É peça fundamental na articulação dos movimentos em torno da pauta de educação com papel destacado na realização do Encontro Nacional de Educação”. 

Luis Acosta (Regional Rio do Andes-SN)

 

“Roberto tem lugar no mundo: o lado dele é o da classe trabalhadora. Suas lutas não são as miúdas de uma categoria ou outra, mas os grandes embates do Rio de Janeiro, do Brasil e da América Latina. Roberto é um educador, organizador e militante. É um intelectual orgânico, como define Gramsci, que pensa e sente para combater o cosmopolitismo e hegemonia das classes dominantes hoje. Está nele a ousadia de enfrentar a complexidade dos problemas sem desanimar.”

Virgínia Fontes (UFF e Fiocruz)

 

“A luta política é também pedagógica, porque não adianta nada falar para a gente mesmo. O Roberto hoje é uma das maiores sínteses e símbolo dessa luta pedagógica. Todo seu trabalho é voltado para aqueles que não estão na universidade, o que é uma belíssima contradição.”

Marcelo Freixo (deputado estadual)

Como organizar a luta dos docentes em instituições que se espalham em vários polos ou campi?

Andes-SN vai discutir o assunto em seminário especial

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14090141Plenária do Conad de Aracaju organiza próximas lutas do Sindicato. Foto: Silvana Sá - 24/08/2014Nove Textos de Resolução (TR) foram aprovados durante plenária sobre “Avaliação e Atualização dos Planos de Lutas: Educação, Direitos e Organização dos Trabalhadores”, durante o 59º Conad. Diversos debates foram travados, um deles sobre os desafios organizacionais do Sindicato Nacional diante das mudanças provocadas nos locais de trabalho pela expansão das universidades, via implantação de múltiplos campi. 

Seá realizado, nos dias 31 de outubro, 1º e 2 de novembro, um Seminário Nacional sobre a estrutura organizativa do Andes-SN, nos termos definidos pelo 33º Congresso (realizado em São Luís – MA). Os textos preparatórios do seminário comporão um caderno de textos. A data-limite para envio de contribuições é 9 de outubro. 

Haverá, ainda, nos dias 14, 15 e 16 de novembro o Seminário Nacional sobre os Povos Indígenas.

Endividamento dos trabalhadores

Outra definição do 59º Conad foi a deflagração de uma campanha nacional de divulgação do endividamento dos trabalhadores, inclusive dos professores das IES. Os participantes denunciaram na plenária a utilização de dados do Siape dos professores por financiadoras de crédito (conforme matéria já veiculada no Jornal da Adufrj). A campanha deverá também fazer essa denúncia.

Saúde e previdência

O 59º Conad manteve a bandeira de denúncia e ações contra as tentativas de implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nas universidades. O Sindicato Nacional, a partir de contribuições das seções sindicais, vai elaborar material de divulgação dos impactos negativos da adesão à Ebserh. Além de apresentar estratégias para barrar a empresa.

Outra resolução do Conselho do Andes-SN foi a intensificação da luta contra a fundação de previdência complementar dos servidores públicos (Funpresp) nas IES. A luta em defesa da aposentadoria integral e paritária e pela aprovação da PEC 555/2006 (pelo fim da contribuição previdenciária de aposentados) e do PL 4434 (reajuste de aposentadorias e pensões) completam a lista de ações em defesa dos aposentados. 

Precarização 

A preocupação em torno do acentuado e crescente processo de precarização do trabalho nas universidades, com atenção para a defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados, ficou demonstrada durante os debates nos grupos mistos do Conad. E se expressaram em forma de textos de resolução sobre o tema. Assim, ficou previsto que as seções sindicais organizarão, para o próximo período, debates nas universidades sobre a terceirização e sobre a precarização do trabalho, inclusive com cobranças diretas aos reitores e as entidades nacionais como Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem).

 

Delegados denunciam descaso do reitor da USP

O 59º Conad do Andes-SN, além de ser um espaço de atualização dos debates e lutas entre os docentes de todo o país, também serviu para apresentar posições do Sindicato Nacional sobre diversos temas da sociedade, por meio da aprovação de moções. 

O apoio à mobilização dos rodoviários de Recife e Região Metropolitana; à luta pela redução da tarifa de energia elétrica no estado do Pará; e à comunidade acadêmica das universidades estaduais de São Paulo foram aprovados pelos delegados presentes ao Conad em Aracaju.

Também foi destacado no Conad o repúdio: ao não cumprimento do acordo de greve com os docentes das universidades estaduais cearenses por parte do governo local; às violentas desocupações de áreas retomadas por indígenas no estado da Bahia; ao descaso com o qual o governo estadual baiano lida com o orçamento das universidades estaduais da Bahia; e à falta de negociação do reitor da Universidade de São Paulo (USP) com os trabalhadores em greve. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)


Alterada a metodologia do Congresso da categoria

Para tentar dar mais objetividade às discussões e aprofundar politicamente os temas nos congressos do Sindicato Nacional, os delegados do 59º Conad alteraram a metodologia destes encontros do Andes-SN. Houve mudança  no temário do Congresso, com a junção dos assuntos Conjuntura e Centralidade da luta e também Políticas Sociais e Plano Geral de lutas, mantendo em separado a plenária do Plano de Lutas dos Setores e questões organizativas e financeiras. Dessa forma ,as plenárias foram reduzidas de seis para quatro.

Foi recomendado também que a diretoria, ao elaborar o cronograma do encontro, busque garantir espaço para a realização de reuniões organizativas dos grupos de trabalho do Sindicato Nacional. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

Após evento de Aracaju (SE), nova diretoria do Andes-SN já enviou ao Ministério da Educação pedido oficial de reabertura das negociações com os docentes das instituições federais de ensino superior

Próxima reunião do Setor das IFES ocorre no fim de setembro

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

IMG 0374O novo presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, assina a carta dirigida à Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC para solicitar uma audiência de retomada das negociações. foto: Silvana Sá - 21/08/2014O 59º Conselho do Andes-SN (Conad), realizado em Aracaju (SE), de 21 a 24 de agosto, aprovou uma agenda de mobilizações para o movimento docente, nos próximos meses. E, ainda na quarta-feira, dia 27, o Sindicato Nacional informou às seções sindicais já ter protocolado o pedido de reabertura de negociações com o Ministério da Educação, conforme deliberação do Conad.

Conceitos de reestruturação da carreira docente, como percentuais definidos para cada uma das titulações, estavam sendo discutidos até maio, quando o MEC interrompeu unilateralmente as conversas. Agora, a diretoria recém-empossada do Andes-SN (conforme noticiado na edição anterior do Jornal da Adufrj) tenta retomar o diálogo.

Os delegados presentes a esta edição do Conad deliberaram que as seções sindicais enviem para o Andes-SN, até o dia 19 de setembro, informações em relação à discussão dos critérios internos de cada IFE sobre progressão e progressão docentes, tanto para Magistério Superior (MS), quanto para Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT). O plenário identificou especial preocupação com processos relativos à classe de Titular e ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), da EBTT. A próxima reunião do setor das IFES vai ocorrer em 27 e 28 de setembro.


Com muito atraso, colegiado aprova Política Cultural, Artística e de Difusão Científico-Cultural da instituição

Projeto aguardava ser votado há mais de um ano

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14090151Consuni deliberou sobre terreno da UFRJ localizado em Itaguaí: área será alienada. Foto: Silvana Sá - 28/04/2014No final de 2012, o Fórum de Ciência e Cultura promoveu o seminário “Você faz cultura” — instância para formular um projeto de Política Cultural, Artística e de Difusão Científico-Cultural para a UFRJ. O documento foi encaminhado ao Conselho Universitário em fevereiro de 2013 e só agora, mais de um ano depois, chegou à apreciação do plenário. Na sessão de 28 de agosto, o texto foi aprovado por unanimidade. 

Com a deliberação, o Fórum ganha o reconhecimento institucional para desenvolver a política cultural da universidade. A proposta é extensa e prevê uma série de ações em áreas como: acervo e museus, música, artes cênicas, folclore, comunicação. Dentre os projetos que constam do programa, está a implantação de uma TV universitária, de uma rádio universitária e de um Programa de Apoio e Promoção do Audiovisual da UFRJ. O documento completo pode ser acessado na página do FCC, no link: http://migre.me/ljHfT.

Demorou

Carlos Vainer, coordenador do FCC, destacou que esta é a primeira vez que o Consuni se debruça e discute uma política cultural para a universidade. Para ele, a UFRJ tem avançado na busca de uma política cultural integrada interna e externamente, mas reclamou da demora na apreciação da proposta. “Pressionamos a presidência do colegiado para que a proposta viesse ao Consuni. O seminário foi encerrado no fim de 2012, portanto há um ano e meio”.

Vainer salientou também o amplo debate que envolveu a construção da proposta. Foram realizados quatro seminários e, depois, mais duas plenárias. “A proposta ficou em consulta pública por três meses antes de ser levada à plenária final e recebeu mais de 250 propostas de emendas. Isto é para sentirmos a vitalidade desta universidade, não apenas como ambiente de pesquisas e centro de ensino, mas enquanto agente cultural”.

Luiza Foltran, conselheira da bancada estudantil, reconheceu o esforço do Fórum de Ciência e Cultura na realização do seminário “Você faz Cultura”. Ela também lamentou a demora do Consuni em examinar o projeto.

Ex-Canecão passará por debate

Luiza relembrou a ocupação do ex-Canecão pelos estudantes em 2012 e a importância daquele espaço na difusão cultural da universidade. 

Na proposta aprovada pelo Consuni, ainda haverá muita discussão a respeito daquele imóvel: “Promover amplo debate acerca das formas de ocupação, uso e gestão dos espaços, em particular da casa de espetáculos da Avenida Venceslau Brás, 213” é um dos últimos trechos do documento.

 

Leher é homenageado

A ouvidora-geral da UFRJ, Cristina Riche; o reitor Carlos Levi, o vice-reitor Antônio Ledo e a decana do CFCH, Lilia Pougy, homenagearam, durante o Conselho Universitário, o professor Roberto Leher (representante dos Titulares do CFCH). Ele receberia, naquele mesmo dia, à noite, a Medalha Pedro Ernesto. O Consuni aprovou uma moção de louvor ao docente. A medalha é a principal comenda do Rio de Janeiro e é destinada a cidadãos de reconhecida importância para a cidade (leia a cobertura na página 8).

 

Terreno da UFRJ em Itaguaí

Também foi objeto de deliberação do Consuni do dia 28 um terreno de 149 mil m2 que a UFRJ possui, desde a década de 1950, em Itaguaí (RJ). Ele foi ocupado irregularmente por uma comunidade. A Pró-reitoria de Gestão e Governança (PR-6), ao fazer o levantamento, descobriu que poucos lotes ainda estão vazios e que o local já tem, inclusive, rede de água e esgoto. O Consuni decidiu alienar o terreno. O reitor Carlos Levi firmou compromisso de que o dinheiro a ser arrecadado com a venda será destinado a políticas de permanência estudantil.

A avaliação feita pela Comissão de Desenvolvimento do colegiado é que, diante de demandas severas por habitação, seria muito custoso para a universidade e para as famílias que lá residem dar entrada em uma reintegração de posse. Além disso, a comissão indicou em seu parecer que o local é cercado de antenas e torres de alta tensão que representam risco e impossibilitam a instalação de prédios ou projetos universitários.

Topo