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Capital no século XXI

14091572APiketty. Olho nas fortunas. Foto: InternetChega às livrarias brasileiras nos próximos dias, resultado de estudo lastreado em exaustivas pesquisas, o Capital no Século XXI. A obra, com mais de mil páginas, tem provocado inquietação na direita empedernida por que expõe a abissal concentração de rendas no mundo. Nos próximos anos, se nada for feito, a distribuição da renda extremamente desigual alcançará um índice insuportável, defende o texto: o 1% mais rico será dono de 70% da riqueza. Hoje, em escala mundial, o 1% mais rico já possuiu 50% do capital, e as classes populares, os 50% mais pobres, não possuem praticamente nada. 

Não se trata de retórica revolucionária. O autor do livro é o economista francês Thomas Piketty. Embora seja filho de pais trotskistas, veteranos dos levantes de Maio de 1968, em Paris (nasceu em 1971), Piketty não é marxista  e suas posições políticas são próximas do Partido Socialista Francês, que defende o capitalismo. É um doutor em economia que cursou na prestigiosa École Normale Supérieure. Tem como objeto de investigação a distribuição de riqueza ao longo da história moderna.  

Em 2006, Piketty fundou a Escola de Economia de Paris. Por meio de articulação de dezenas de outros economistas de países diversos, inclusive da América do Sul, foi criada o website World Top Income Distribution, que coleta e publica todas as séries de dados sobre renda e patrimônio em mais de 20 países. Nem todos os países permitem acesso aos dados necessários para se formar o quadro das grandes fortunas e a dimensão das desigualdades. A Receita Federal do Brasil, por exemplo, tem negado informações para a pesquisa. 

Tensão social e Estados mais repressivos são apontados pelo livro de Piketty e pelo pessoal da WTID como algumas das consequências da concentração de rendas e distribuição desigual de riqueza no mundo.

 
Descompasso
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Angela Rocha, entre 1982 e 2014 a UFRJ cresceu cinco vezes. 
Mas a infraestrutura administrativa não acompanhou esse crescimento.

“Vila estudantil”
É tão significativa a presença de estudantes da UFRJ alugando quartos na Vila Residencial que o Superintendente Geral de Políticas Estudantis chamou-a de “Vila Estudantil”, durante apresentação no CEG do dia 10.

Mobilidade
No dia 22 de setembro, a Prefeitura Universitária da UFRJ vai realizar uma audiência pública com toda a comunidade da UFRJ para discutir formas de melhorar a mobilidade nos campi da universidade. Será no Horto Universitário, a partir das 11h, Fundão.

Curso
Estão abertas as inscrições para a segunda edição do curso de extensão “Mídia, Violência e Direitos Humanos”, no Nepp-DH. Dirigido a comunicadores populares, líderes comunitários, moradores de comunidades e demais interessados. De 1º a 29 de outubro, todas as quartas-feiras, das 14h às 17h, no auditório anexo do CFCH, Praia Vermelha.
 
Aloísio Teixeira
No próximo dia 29, no Instituto de Economia, haverá a primeira defesa de dissertação associado a um projeto de Organização e Difusão da Produção Intelectual do professor Aloísio Teixeira (ex-reitor, falecido em 2012). Allan Mesentier, ex-conselheiro discente do Consuni, é o autor do trabalho.

CPPD
Está aberto o processo eleitoral para a Comissão Permanente de Pessoal Docente. Até 22 de setembro, ocorrem as inscrições. As eleições estão marcadas para os dias 20 a 22 de outubro.

Vai de escada
Quem quis subir andares no prédio da reitoria na quinta-feira (de verão no inverno) enfrentou uma fila que ultrapassava o saguão do prédio.
Apenas dois elevadores estavam funcionando.

“Quem vem com tudo não cansa” assume Centro Acadêmico da Educação Física

A Chapa 4 “Quem vem com tudo não cansa” ganhou as eleições para a direção do Centro Acadêmico de Educação Física. O grupo – que denuncia o autoritarismo na direção da EEFD – obteve 316 votos contra os 213 dados à chapa 3, “Aliança Renovar”.

Integrante da chapa vencedora, Pedro Santos disse que a democracia foi respeitada: “Foi uma vitória do diálogo estudantil.”

Seguindo as regras, a nova direção foi empossada, por mais um ano, imediatamente após a contagem de votos às 23h da noite de 10 de setembro.

Processo tranquilo

Maurício Mileo, ex-coordenador do DCE e convidado a compor a comissão eleitoral, ressaltou que o processo transcorreu de forma tranquila, ao longo dos dois dias de votação (9 e 10). Ele também elogiou a participação estudantil no pleito, o que considera uma marca da EEFD: “Foi um bom comparecimento”, afirmou.

MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO

A Diretoria do ANDES-SN manifesta sua indignação e repúdio à ação de cinquenta e quatro reitores de universidades federais que, em solenidade no Palácio da Alvorada, no dia 11 de setembro de 2014, declararam apoio à reeleição de Dilma Rousseff (ver http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1514465-reitores-de-universidades-publicas-declaram-apoio-a-reeleicao-de-dilma.shtml)

Esses reitores, neste ato, demonstram que abriram mão de representar as instituições que dirigem, função que exige o respeito à autonomia universitária consagrada na Constituição Federal, para serem cabos eleitorais de candidatura à Presidência da República. Isto é uma ação antirrepublicana e antiética.

Brasília, 12 de setembro de 2014

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Vida de Professor,
por Diego Novaes

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Audiência pública, neste dia 16, tem por objetivo saber o que se espera do hospital universitário

Eduardo Côrtes antecipa alguns projetos

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14091531Côrtes: “O hospital precisa de obras em todas as áreas”. Foto: ELisa Monteiro - 13/11/2013Nesta terça-feira, dia 16, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) vai promover uma audiência pública, no Quinhentão (subsolo do bloco K do CCS), a partir das 9h. O diretor do HUCFF, professor Eduardo Côrtes, explica que o objetivo é que a comunidade acadêmica e também a sociedade se manifestem sobre os problemas vividos pelo hospital. “Esta é a primeira vez que uma audiência está sendo realizada na UFRJ e também no país com o objetivo de ouvir da sociedade o que ela quer de um hospital universitário como o nosso”. Entre os convidados estarão: o Ministério Público, parlamentares, entidades nacionais como Andes-SN e Fasubra, a Adufrj-SSind, o Sintufrj, pacientes do HUCFF e toda a comunidade universitária.

O Jornal da Adufrj ouviu o diretor do hospital sobre alguns assuntos que serão abordados durante a audiência pública. Confira, a seguir, os principais temas.

Ebserh

Perguntado se a direção do HUCFF sofre pressão do governo federal para aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Eduardo Côrtes foi categórico: “O governo pode desenvolver políticas, mas a Constituição garante à universidade autonomia para decidir sobre essas políticas. Para acatar ou para propor novas políticas. Acredito que o caminho bom para o país é que cada universidade desenvolva formas de administrar seus próprios hospitais. A Ebserh é uma empresa nova e tem muitos problemas. Quando me perguntam em Brasília sobre a adesão, eu respondo que o assunto foi retirado da pauta da universidade”.

Pessoal

Hoje, segundo números divulgados pelo diretor Eduardo Côrtes, o HUCFF possui 646 extraquadros, 250 terceirizados e 2.216 servidores RJU “com idade média bem alta”. “O governo não quer abrir novos concursos e há dificuldade em chamar novos concursados”. Ele citou um dado preocupante entre os RJUs: de janeiro a agosto foram apresentados 1.656 pedidos de licença médica com quatro dias ou mais de dispensa. “Dá uma média de 200 pedidos por mês. Vamos criar um protocolo para avaliar essas situações”. 

Dívidas

Eduardo Côrtes afirmou que, desde que assumiu a direção do HU, foram pagos R$ 7 milhões em dívidas deixadas pela gestão anterior (do professor José Marcus Eulálio). “Em oito meses, são pouco mais de R$ 7 milhões. Este é um esforço muito grande. São pagamentos realizados a partir de saneamento financeiro. São recursos próprios. Envolve muita negociação para conseguirmos gerar uma economia nesse montante que nos permita pagar dívidas do hospital”.

Viabilidade do HUCFF

O diretor afirmou que, se as dívidas não estivessem sendo pagas, o HU deixaria de funcionar. “Quando assumimos, havia dívidas em áreas estratégicas: com fornecedores de comida, manutenção da rede elétrica, manutenção dos gases, como oxigênio, manutenção de hemodiálise, manutenção de ar-condicionado para o centro cirúrgico. Já havia ações na justiça para descontinuar o fornecimento para o hospital. O HU iria mesmo parar”.

Queixas dos pacientes

Segundo o professor Côrtes, na Ouvidoria do HUCFF a principal queixa apresentada por pacientes é quanto ao desabastecimento de medicamentos. “Por falta de gente e por desorganização, enfrentamos grandes problemas. Houve um desaparecimento dos procedimentos administrativos do hospital. Estamos trabalhando para recuperar esses dispositivos, como por exemplo, registrar no almoxarifado a data de validade dos medicamentos. Fizemos um levantamento e descobrimos R$ 520 mil em produtos vencidos no almoxarifado”.

Cicatriz da antiga “perna seca”

O diretor afirmou que já está em licitação a obra do “contraventamento”, ou seja, o fechamento da parte aberta resultante da implosão da antiga ‘perna seca’. “A estimativa é de que esta obra custe R$ 3 milhões. É uma parede de concreto que precisa ser erguida ali”. Também está em licitação obra de reforma do telhado e para implantação de rede de água quente no HU. 

Plano de recuperação física

Ainda no campo das obras que precisam ser realizadas, o diretor informou que estão em licitação: obra para a enfermaria, reforma da farmácia do HU, reforma da cozinha. Está, também, em andamento o projeto para a recuperação das instalações elétricas do prédio e obras de reforma do teto da entrada do ambulatório. As obras para criação de enfermarias no nono andar já estão em fase de aquisição de materiais. “Esta obra criará cerca de 40 novos leitos. O hospital precisa de obras em todas as áreas. No caso do ambulatório, o reboco está caindo. Aquela área sempre foi abandonada. Na verdade, o hospital inteiro ficou por muitos anos abandonado. Não se abrem novos leitos de enfermaria, por exemplo, há 16 anos”.

Emergência

Um dos problemas que mais atingem a população que precisa de atendimento no HUCFF é a emergência fechada. O atual diretor do hospital ainda não conseguiu reabrir o setor, mas afirma estar preocupado com isso. De acordo com Côrtes, falta pessoal: “É uma situação inaceitável pensar que um hospital do porte do nosso, situado numa cidade como o Rio de Janeiro, está fechado. Estamos tentando, junto à PR-4 (pró-reitoria de Pessoal), chamar concursados para reativar a emergência”.

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