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Minuta em debate na Comissão de Legislação e Normas do Consuni causou indignação na última sessão do colegiado. Reitoria diz que conteúdo do documento ainda é preliminar

Progressão ficaria ainda mais difícil

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14031122Cláudio Ribeiro Presidente da Adufrj-SSind. Foto: Silvana Sá - 27/02/2014A problemática proposta interna de regulamentação da lei das carreiras docentes (leia matéria nas páginas 2 e 3 desta edição) provocou revolta na última sessão do Conselho Universitário, em 27 de fevereiro. Um dos primeiros a se manifestar contra as normas, da forma como elas começaram a circular em meio eletrônico pela UFRJ, foi o professor Roberto Leher, representante dos Titulares do CFCH: “A Lei 12.772 foi amplamente rejeitada na universidade. Sabíamos que essa carreira (imposta pelo governo) traria muitos problemas. Agora ela está sendo regulamentada sem debate na UFRJ”.

O texto buscaria, entre outros itens, regulamentar a flexibilização da Dedicação Exclusiva: “Este não é um assunto administrativo corriqueiro. É algo estrutural. Temos manifestação do MEC de que a DE já cumpriu seu papel histórico, mas há a CGU (Controladoria-Geral da União) questionando e responsabilizando professores pelo não cumprimento da DE. Isso precisa ser objeto de reflexão coletiva da universidade”, completou Leher.

A conselheira Maria Malta (representante dos Adjuntos do CCJE) complementou a intervenção de Leher: “Se não houver debate, teremos a carreira desvinculada do projeto de universidade que defendemos”. Ela destacou que a minuta cria mais barreiras para a progressão do que as atualmente existentes na lei do governo: “Esse debate vai definir a universidade na qual eu vou trabalhar nos próximos 20 anos”.

14031121Roberto Leher Representante dos Titulares do CFCH. Foto: Marco Fernandes - 08/08/2013O presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro, também criticou a falta de discussão sobre a minuta: “A pressa não pode significar o aprofundamento da precarização do nosso trabalho. É preciso reforçar o caráter público da nossa universidade”. Cláudio atacou a minuta por “invisibilizar a área de Extensão”. 

O dirigente da Seção Sindical ainda informou o conselho sobre as principais deliberações do Congresso do Andes, com destaque para a defesa da educação pública e a luta contra o PNE do governo.

Reitor contemporiza

O reitor Carlos Levi esclareceu que a minuta foi criada para dar “ampla divulgação” ao tema, de forma que houvesse tempo para acréscimos e observações das Unidades. Após esse processo, a minuta, com todas as sugestões seria encaminhada ao plenário do Consuni para discussão e deliberação. Levi disse, ainda, que houve uma “precipitação” (na divulgação) e que a versão do documento é ainda preliminar: “Não é absolutamente o que se pretende trabalhar como minuta para discussão”.


UFRJ homenageou Médici

No ano em que a ditadura civil-militar faz 50 anos, o professor Felipe Acker, representante dos Associados no Consuni, chamou atenção para um fato que não faz bem à memória da UFRJ. Em 31 de agosto de 1972, o Conselho Universitário concedeu o título de Doutor Honoris Causa ao general Garrastazu Médici, quando o militar ocupava o Palácio do Planalto como ditador. A homenagem está registrada no Boletim nº 37 da universidade. Segundo a publicação, a indicação para o título foi apresentada no colegiado pelo então reitor Jair Menezes, e o Consuni aprovou-a por aclamação. 

Garrastazu Médici governou o país entre 1969 e 1974, um dos períodos mais duros da ditadura. Sob seu governo, a violação de direitos se intensificou, os porões do regime agiam com desembaraço e a tortura foi consolidada como instrumento da repressão.

Por conta do aniversário do regime que prendeu, torturou, baniu e assassinou durante duas décadas, crescem manifestações que buscam retirar homenagens em nomes de ruas, escolas e pontes a ex-ditadores. No Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública para retirar o nome de “Presidente Costa e Silva” da ponte Rio-Niterói. Os procuradores argumentam que o objetivo não é apagar as lembranças de um período de violência, mas fomentar a proteção aos direitos humanos.

Na Bahia, depois de um movimento organizado por estudantes do ensino médio, o nome do Colégio Estadual Emílio Médici, em Salvador, foi trocado por Colégio Estadual Carlos Marighella, conterrâneo dos alunos.

A Adufrj-SSind vai solicitar imediatamente ao Consuni a cassação do título concedido ao Ditador e irá solicitar à Comissão da Verdade da UFRJ o levantamento de todos os títulos honoris causa concedidos pela Universidade, no período entre 1964 e 1988, para que sejam tomadas as providências de resgate da memória dos perseguidos e a retirada de condecorações em casos semelhantes a este.

 

Pediu demissão

Antônio José Barbosa já não responde mais pela Superintendência Geral de Políticas Estudantis.


Contramão

Como já foi noticiado aqui neste Painel Adufrj, o link de datas históricas que faz parte do conteúdo do site da UFRJ, inexplicavelmente, continua reverenciando a ditadura com informações que enaltecem feitos de ditadores.

Não há referência ao 24 de setembro de 1966, o dia no qual a polícia invadiu a Faculdade de Medicina da UFRJ que funcionava num prédio na Praia Vermelha.


Novos números

Os telefones das unidades do campus da Praia Vermelha mudam a partir do dia 22 de março. 

O atual prefixo 3873 será substituído pelo novo: 3938.

A migração atinge a ECO, a FACC, o IE, a ESS e o IP.

A troca resulta da contratação de uma outra operadora (a Embratel) para servir à universidade. 


Concurso

O Consuni de 27 fevereiro aprovou o edital para concurso de professores efetivos da Escola de Educação Infantil. 

Até hoje essa escola ainda funciona com professores temporários.

 

Casa da Ciência

14031172Crianças podem se divertir, enquanto aprendem. Foto: Samuel Tosta - 13/02/2014Até 30 de março a exposição “Nós do Mundo” poderá ser visitada na Casa da Ciência. As imagens expostas com criatividade procuram traduzir com arte a preocupação com as emissões mundiais de CO2 que, de acordo com Mônica Atalla, uma das responsáveis pela mostra. A exposição é estruturada também para o público infantil, com livros e jogos.

Exposição “Nós do Mundo”

Entrada franca.

Até 30 de março

Terça a sexta

9h às 20h

Sábados, domingos e feriados

10h às 20h

Escolas e grupos podem fazer agendamento de visitas pelo (21) 2542-7494

Cada da Ciência – Lauro Muller, 3, Botafogo, ao lado do ex-Canecão.

 

Abuso sexual

Três estudantes sofreram abuso sexual na Praia Vermelha, segundo denuncia do DCE Mário Prata. 

Dois casos ocorreram no ponto de ônibus, próximo à entrada do Pinel. Um outro caso no restaurante Caldeirão. 

Por meio de carta, o diretório reclama providências à reitoria: “Lembrando que segurança nos campi não significa ampliar o efetivo policial, ou a segurança terceirizada armada”, diz a carta dos estudantes.

Arte para a reflexão

Docentes da EBA-UFRJ emprestaram seu talento para ilustrar novo painel da Adufrj-SSind

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O mais novo outdoor da Adufrj-SSind na lateral do ex-Canecão faz uma referência ao Dia Internacional da Mulher. Porém, de forma bem diferente do caráter festivo e comercial que a data ganhou atualmente. “No 8 de março, nem tudo são flores. Queremos respeito o ano inteiro! A cada quatro minutos uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil” é o texto em destaque. O painel, que ficará exposto por todo este mês, foi uma criação do Coletivo de Mulheres da UFRJ, do DCE Mário Prata e da Seção Sindical.


Ao lado da mensagem, há a imagem de uma mulher (seu rosto não aparece) com uma postura defensiva. Ela foi resultado da adaptação de dois trabalhos anteriores (que podem ser vistos nesta página) dos professores Martha Werneck e Licius Bossolan, da Escola de Belas Artes, convidados a ilustrar o painel.

Licius explicou que a opção por utilizar a mulher sem a face coletiviza a obra: “Não queremos falar apenas de uma mulher ou de um segmento”, diz. Martha complementa: “São várias, todas as mulheres em apenas uma. A perna semi-aberta significa a mulher na defensiva. Não precisávamos da mensagem pronta, porque não se trata de propaganda, mas de pintura. A pintura leva o espectador a uma necessidade de pensar, de refletir sobre o assunto”.

Processo de criação

14031162Autoria: Martha Werneck Título: autorretrato com paisagem e Hospital Universitário ao fundo Técnica: óleo sobre painel de madeira Dimensão: 160x80cm Ano: 2014“Tivemos liberdade autoral para decidir as imagens que poderiam ser usadas. O conteúdo escrito nos foi dado e escolhemos que pinturas tinham condições de compor a mensagem final. Nós trabalhamos com a representação da mulher e ter nosso trabalho associado a uma pauta política, num espaço como aquele painel, é muito gratificante! Estamos muito felizes”, disse Martha, que é professora do curso de Pintura.


O fato de serem professores e ex-alunos da EBA enriquece ainda mais o significado do trabalho. O curso de 
Pintura data de 1886, mas não deixa de ser atual. “O curso vai se reformulando a partir das necessidades do seu tempo. É um curso autoral, para que cada pessoa desenvolva seu estilo, sua linguagem pessoal”, destaca Licius.


Autora de ilustrações infantis
Martha Werneck, além de ser professora da EBA, é também ilustradora de livros infantis. Entre os títulos estão: O dono da Lua (texto de Ronize Aline e ilustração de Martha Werneck); Frederico (texto de Helenice Ferreira e ilustração de Martha Werneck); e A menina do castelinho de joias (texto de André Takida e ilustração de Martha Werneck).

Nos anos recentes, não se tem notícia de categoria que tenha arrancado acordo tão vitorioso: os garis conquistaram um reajuste no salário-base de 37% – que passa dos atuais R$ 802,57 para R$ 1.100 – e mais 40% de aumento no adicional de insalubridade. A onda laranja enfrentou o cerco infame de jornais e emissoras de rádio e TV, a repressão policial e o autoritarismo do prefeito Eduardo Paes (PMDB) que chegou a anunciar a demissão de 300 trabalhadores. Durante oito dias, a greve alterou a rotina da cidade e os garis deixaram a sua marca na história deste carnaval.

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